Não se trata de culpar os governantes atuais. Há culpa é generalizada. Ela é resultado de uma visão de país na qual as verdadeiras prioridades são colocadas em segundo plano. Cria-se a mentalidade da aparência em detrimento da realidade. Camufla-se o endividamento com os problemas internos da casa, como a goteira no telhado, a descarga do banheiro avariada, o colchão de mola mofado, o resfriado crônico do caçula cuidado com chá de limão e prioriza-se a TV de 32 polegadas, a geladeira triplex, o carro do ano comprado em suaves 60 prestações, o celular com mil e umas inutilidades, o Ipod melhor que o do vizinho, o uísque escocês em detrimento do remédio passado pelo médico e por aí vai.
Nossos governantes têm o mesmo espírito de alguns segmentos da classe média que vive de aparência. Somado a isso, uma classe C e D sem escolarização, sem cultura, sem acesso aos meios de comunicação e sem garantia de cidadania, surge um campo fértil para o populismo.
É por isso, que a limpeza do estádio de futebol tem de ser colocada em primeiro plano. O jogo não pode parar. A praça que conduz ao estádio precisa ser olhada com atenção total a fim de não prejudicar o espetáculo de agora, de amanhã e de sempre.
As pessoas constroem suas casas em área de risco e fica-se por isso mesmo. Deus é grande!
Quando o morro do lixão desmorona, dando vez a tragédia anunciada, surge o aparato da defesa dos mortos, a fim de que todos tenham a dignidade no atendimento que não tiveram em vida.
Vida de gado – povo feliz.
Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
quinta-feira, 8 de abril de 2010
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