Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Nós, os humanos

Nesta obra, Gikovate apresenta uma visão tridimensional do homem, em suas peculiaridades biológicas, psicológicas e sociais. O autor estuda as relações entre amor, sexualidade, vaidade e vícios, mostrando como a razão interfere nos processos sentimentais. Ao final, faz uma proposta de integração, na tentativa de eliminar (ou atenuar) as tensões derivadas do conflito entre a individualidade e os anseios de integração.
Como seres sociais, os humanos constroem regras de convivência que são transmitidas de uma geração para outra. Assim, interferem na cultura e também recebem sua influência. Em seu novo livro Nós, os humanos (152 p., R$ 33,90), da MG Editores, o psiquiatra Flávio Gikovate fala sobre a complexa trama social em que as pessoas vivem atualmente. Partindo do pressuposto de que elas são demasiadamente influenciadas pelas normas e regras da sociedade, mostra como isso as torna cada vez mais frustradas – tanto individualmente como nas relações amorosas.
Investigando as conexões
Investigando as conexões entre amor, sexo, vaidade e vícios, Gikovate demonstra, com grande otimismo, que o antídoto para tanto sofrimento está no uso da razão e na capacidade de investir conscientemente na individualidade: “Meu objetivo é esclarecer um pouco melhor a trajetória intelectual que venho percorrendo com base na extensa experiência clínica que acumulei. Pretendo também resgatar uma atitude otimista em relação à nossa condição”, revela o autor.

O livro reúne seis ensaios – o primeiro deles inédito e os outros publicados na antiga edição de Uma nova visão do amor – abordando as relações entre a razão e as pressões biopsicossociais a que as pessoas se submetem. “Eles complementam minha forma de pensar acerca da condição humana”, afirma o psiquiatra.

O primeiro ensaio, “Corpo, alma e sociedade”, trata das potencialidades do cérebro. O autor mostra que as pessoas estão presas a valores e regras sociais que as impedem de ter uma vida plena.

O último, “Do que somos capazes”, oferece uma visão otimista do futuro, desde que as pessoas invistam em sua individualidade para ter uma vida social e amorosa satisfatória. O autor trata também das dualidades instintivas: “Vejo a dualidade como derivada de um impulso para a vida e outro, antivida, que vem da nostalgia da harmonia uterina. Essa nostalgia é utópica e tola e pode ser combatida”, afirma.

Os outros quatro ensaios falam das relações entre o amor e o sexo, a vaidade, os vícios e a razão. “Amor e sexo” explica que esses dois componentes não estão sempre interligados, como reza o senso comum. Em “Amor e vaidade”, ele demonstra que um dos ingredientes mais
destrutivos envolvidos na relação amorosa é a vaidade, mesmo que não seja percebida pelos parceiros. “Amor e vícios” reafirma a ideia do autor de que o amor romântico funciona da mesma forma que as substâncias que provocam dependência. “Amor e razão”, por sua vez, sustenta o ponto de vista de que o amor pleno é aquele mais próximo da amizade, sem vínculos doentios entre as pessoas.

A obra complementa as considerações do psiquiatra a respeito do amor, do sexo e do funcionamento da razão feitas a partir de 1980 nos livros A liberdade possível, Uma nova visão do amor e Libertação sexual, entre outros.

O autor

Flávio Gikovate é médico psiquiatra formado pela USP em 1966. Trabalha com psicoterapia breve, tendo atendido mais de oito mil pacientes. É conferencista e autor consagrado, com várias obras publicadas – inclusive no exterior –, que somam mais de 600 mil livros vendidos.

Título: Nós, os humanos
Autor: Flávio Gikovate
Editora: MG Editores
Preço: R$ 33,90
Páginas: 152
ISBN: 978-85-7255-060-4
Atendimento ao consumidor: (11) 3865-9890
Site: www.mgeditores.com.br

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