Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

O perdão do ator e o falso testemunho




O ator Vinícius Romão de Souza, de 26 anos, foi injustamente acusado de ter cometido um furto por uma copeira. Ele na saída de seu trabalho, como gerente de uma loja em um shopping, foi abordado por um policial e levado para a delegacia, na qual a mulher que tivera sua bolsa roubada com alguns pertences, depois de uma certa dúvida e da insistência policial o apontou como sendo o ladrão.

Levado para um presídio, ele lá ficou preso por 16 dias até, por ação de seus amigos, ter conseguido o mandato de soltura, com a copeira admitido seu equívoco. Chamou a atenção o fato do ator da Globo ser negro, mostrando o quanto o preconceito e racismo está presente na sociedade brasileira.

Ao ser solto, Vinícius Romão, em um ato de grandeza, tão pouco comum em nosso mundo marcado pelo ódio e pela vingança, aceitou o pedido de perdão da mulher, alegando que ela estava nervosa com o assalto e acabou cometendo o equívoco. Da mesma maneira, ele agradeceu aos amigos, afirmando que "eu tinha certeza que os meus amigos estavam fazendo de tudo. Eles sabem da minha índole e isso me dava força."

E, por fim, uma declaração que cala fundo a todos que lutam por um mundo mais justo e no qual as pessoas tenham o direito legítimo de defesa e a cor da pele não seja, por si, base para qualquer tipo de incriminação. Romão disse que nos 16 dias de prisão ilegal pelo Estado ficou amontoado em uma cela com outros presos, em péssimas condições, tendo recebido por ironia um uniforme com os dizeres "ressocialização", mas sem o direito sequer a leitura de um simples livro.

Aprovação Automática para Vinícius Romão de Souza e sua lição de vida.

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