Pelé é Pelé e Garrincha é Garrincha e estão fora de comparações. Contudo, a história do futebol brasileiro tem sido traçada pelo diferencial chamado craque. Tanto nos clubes, como na Seleção Brasileira eles fazem a diferença. É possível ser campeão com um número reduzido de craques, abrindo-se mão do talento. Evidente que sim. Mas, sabemos que com o craque as coisas ficam mais fáceis. Podemos até perder com eles, embora as vitórias acabem sendo mais fáceis quando se tem o talento.
Perdemos muitas Copas por teimosia de treinadores. Ao se formar uma Seleção é preciso contar com alternativas, com variações e com contrastes. Quando as peças são muito idênticas e previsíveis, é mais fácil para os adversários. Às vezes, o melhor caminho são feitos com pernas tornas e com um baixinho inteligente.
É como na sala de aula. O professor pode preferir os alunos mais comportados. Aqueles que sempre fazem o dever de casa e anotam atentamente tudo o que é dito (magister dixit). No entanto, não se pode deixar de lado aqueles alunos irrequietos, até mesmo bagunceiros, transpirando energia para todo o lado. Os alunos questionadores e que procuram pensar com a própria cabeça (mesmo que na maioria das vezes de forma errada). Entre eles, estão muito talentos e jóias raras a espera de melhor lapidação. Técnicos e professores devem estar preparados para saber trabalhar com os seus craques, sem menosprezo aos certinhos. Afinal de contas, perna de pau também ganha jogo.
Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
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