Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

A Dinâmica da História

SEM MEDO DE ASSOMBRAÇÃO
(Mauricio Figueiredo)

A eleição de Bolsonaro não significa que o Brasil vá rumo a uma ditadura fascista de direita e tampouco a eleição de Haddad não implica no Brasil caminhar para uma ditadura de esquerda ao estilo bolivariano.
Já foi dito que a História só se repete como farsa.
O Brasil teve dois grandes movimentos políticos recentes que fugiram da ordem institucional. A Revolução de 30 que no clima da época flertou com o nazi-fascismo com o endurecimento do regime a partir de 1937, com todas as características ditatoriais (fim da liberdade de imprensa, tortura, etc) e o movimento militar de 1964, com o endurecimento do regime a partir de 1968, decretação do AI5 (fim da liberdade de imprensa, tortura, etc).
A situação brasileira atual (dentro da própria realidade mundial) é diferente. Há com a Constituição de 1988 um quadro institucional em vigor, apesar da democracia ser um processo a ser consolidado diariamente. Ao contrário de 1964 não há o clima mundial da chamada Guerra Fria de cunho ideológico.
Contudo, a História é dinâmica e ninguém tem bola de cristal para prever o futuro.
As eleições presidenciais vão ditar o rumo dos próximos 4 anos, mas ele não será fruto apenas da escolha do chefe do Executivo. O novo Congresso terá, talvez, um papel muito mais significativo, desde que haja uma real mudança de caras.
Bolsonaro, Haddad ou qualquer outro têm totais condições de fazer um ótimo, um bom, um razoável ou um péssimo governo.
Para o povão pouco muda, pois já está acostumado com péssimos governos.
No mais como diz o poeta: "Quem anda com Deus não tem medo de assombração". Não é o cabo candidato, mas o poeta e compositor Luiz Vieira (foto).

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