Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Fascismo

QUE RAIO DE NEGÓCIO
É ESSE PALAVRÃO?
O ÓDIO À DEMOCRACIA

Os palavrões estão perdendo força. Principalmente nos meios políticos, no qual o politicamente correto torna incoerente alusões a mãe de algum adversário ou à sua opção sexual. Por isso, diante da onda Bolsonaro virou moda trazer à tona o xingamento "fascista".
De verdade, o brasileiro - regra geral - à esquerda ou à direita no auge das discussões deixa apenas transparecer o seu autoritarismo, algo entranhado em nossa alma desde o período escravagista, no qual muitos se fizeram superior aos ditos inferiores e prevalecendo ao longo de nossa História, na qual a prática democrática é algo quase incomum.
No Brasil moderno tivemos a ditadura Vargas, principalmente depois do Estado Novo em 1937, com o seu flerte ao nazi-fascismo e a militar de 1964, com o endurecimento a partir de 1968 com o Ato Insconstitucional número 5, o famigerado AI 5, com a supressão das liberdades democráticas ainda vigentes.
Somos (com raras exceções, com eu incluído) autoritários por natureza. É assim em muitos trabalhos com os chefes se dirigindo a seus subordinados; com os moradores de condomínios com os porteiros e empregados. Esse autoritarismo não é um atributo da direita ou da esquerda. Ele é fruto da própria raiz de formação da sociedade brasileira.
Bolsonaro tem discurso autoritário diante de muitas questões. Mas, por exemplo, um líder de esquerda como Lula também pode ser autoritário diante das mulheres de seus partidos ou em alusão ao preconceito sexual diante de uma cidade como Pelotas, no Rio Grande do Sul.
Esse autoritarismo, no entanto, felizmente, ainda está longe de nos fazer um Estado fascista, embora isso seja tão possível como o surgimento de uma república bolivarista no país.
É difícil ainda hoje uma caracterização precisa do Fascismo criado por Mussolini.
Uma de suas principais características, no entanto, é o total desprezo às chamadas instituições democráticas que não se rendem ao jogo do fascismo. Mussolini ridicularizava instituições como o poder político constituído, a oposição, o regime jurídico, etc, em nome da Pátria e da Família e de uma religiosidade que servisse ao Estado Fascista.
O autoritarismo de direita pode, realmente, levar um país ao caminho do fascismo, tanto como o autoritarismo de esquerda pode levar a uma ditadura no estilo stalinista.
Dependendo do olhar de cada um, este pode ser um texto de um fascista ou de um democrata.
Mas não importa: "Deus nos livre do mal, amém!" (Mauricio Figueiredo)

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