Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

sábado, 29 de setembro de 2018

O BRASIL É GRANDE

BOLSONARO, HADDAD
OU QUALQUER OUTRO.
NÃO É O FIM DO MUNDO

"Toda noite — tem auroras, 
Raios — toda a escuridão. 
Moços, creiamos, não tarda 
A aurora da redenção..."
(Castro Alves - O Século)


BOLSONARO, HADDAD
OU QUALQUER OUTRO. O Brasil vai escolher agora em outubro um novo presidente da República. O clima é dos mais acirrados e muitos colocam o resultado do pleito como sendo o da redenção do país ou o rumo ao caos, entrevendo até mesmo uma possível ditadura à direita ou à esquerda. Acreditam na volta a um passado remoto com uma ditadura castradora limitando a liberdade de cada um ou algo como o Estado venezuelano marcado por uma interminável luta interna com graves consequências para a população.
Exageros à parte, em seus apenas 500 anos de existência, o Brasil pouco conheceu de Democracia. O autoritarismo, infelizmente, faz parte do DNA de muitos. Somos jovens e velhos marcados pelo autoritarismo no falar e também, muitas vezes, no agir. Não sabemos dialogar. O debate para nós é degolar o adversário com palavrões ou até mesmo fake news. Adotamos a máxima fascista do "para os amigos tudo. Para os inimigos colocamos até defeitos mesmo que não existam".
É um erro achar que o destino do país está marcado por essa ou outras eleições. O Brasil resistiu a derrubada do Império por uma quartelada; resistiu ao Estado Novo de Vargas marcado por perseguições política, censura à imprensa e torturas em porões (vide caso Olga Benário e outros). Passamos pela ditadura militar de 1964, esgotada por si só, para no fim voltarmos a tentar a democracia mesmo que, em primeiro momento, relativa e no momento atual, alegórica e quase cômica.
Países somem do mapa, quando não há mais jeito. Outros são massacrados e como fênix ressurgem das cinzas para um destino melhor. Foi assim com o Japão destroçado pela guerra e por extermínio em massa alvo de duas bombas atômicas. Foi assim com a Alemanha vitimada pela aventura nazista de Hitler. Foi assim com a América do Norte com uma brutal guerra civil.
Rumo à direita ou à esquerda, o Brasil necessita muito mais de nomes e partidos de consolidar a democracia. Com mais de 30 partidos políticos ela torna-se inviável com a entronização do "toma lá dá cá".
Muitos são os países que fizeram o dever de casa, apostando em maciços investimentos em educação e cultura. Aqui se perpetua a política de alienação de grande parcela do povo, em especial as crianças e jovens.
Conseguimos a façanha de juntar o pior do Capitalismo com o pior do Socialismo.
O uso do cachimbo torna a boca torta. O autoritarismo tem sido a marca do Brasil.
É preciso dar uma oportunidade a um povo criativo a quem tem sido dado os piores fardos.
Como desejava o "poeta dos escravos", que o Brasil consiga no pleito de outubro encontrar sua verdadeira redenção. (Mauricio Figueiredo)

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