Ninho de sonho e de luz
O Rio de Janeiro vem assistindo, nos últimos dias, uma guerra que vem trazendo pânico a grande parte da população. Ela é resultado direto dos vários anos de abandono do Poder Público da população mais sofrida, de menor renda e de capacidade política e social da cidade.
As áreas de favelas onde se concentra a maioria dos negros da cidade e dos brancos pobres, além de nordestinos que procuram melhor sorte em uma cidade grande, sempre foram negligenciadas pelas autoridades.
Favela é nome originado de Canudos, povoado construído em um morro com essa denominação e sonho megalomaníaco de Antonio Conselheiro, que desafiou o governo federal e em contrapartida teve praticamente toda a sua população de homens, mulheres e crianças dizimadas.
O crescimento da marginalidade nos morros e favelas do Rio foi assistido de forma complacente pelos governantes. O tráfico de drogas, como ocorrem, mundialmente, é fonte de renda e enriquecimento de muitos, sendo os “soldadinhos de chumbo” das facções criminosas apenas uma ponta de uma grande rede.
Devolver a população ordeira e trabalhadora das comunidades o direito de ir e vir é dever do Estado democrático. Mas, é também muito mais do que isso. É dever dar a cada morador o verdadeiro sentido de cidadania, com direito a escola de qualidade, saúde de qualidade, policiamento de qualidade e vida de qualidade.
Só então teremos a Cidade Maravilhosa descrita pelo poeta André Filho: “Que Deus te cubra de felicidades. Ninho de sonho e de luz”.
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