O BRASIL
MERECE O MELHOR
(Recado do Repórter - Mauricio Figueiredo)
O presidente eleito Jair Bolsonaro fez algumas andanças pelo mundo. Ficou muito impressionado com Israel, verificando que um país extremamente pequeno possui infindáveis recursos tecnológicos e com sabedoria conseguiu domar a feracidade do deserto. Ele compara com o Brasil, um país rico em recursos naturais, mas que tem grande parcela de seu povo em grave estado de miséria.
Bolsonaro e Haddad, na troca de gentilezas, chegam a conclusão de que o Brasil merece o melhor. O candidato derrotado do PT informa que vai se retirar para a vida acadêmica, o que não implica em abandonar o jogo político.
Construir uma oposição questionadora quando necessário é apostar em um Brasil melhor, na construção de uma democracia sólida.
É dito que os extremos se atraem. Extrema direita e extrema esquerda contribuem para um Brasil dividido e em risco de uma guerra fratricida que não cabe mais no mundo moderno.
Terceiro colocado no jogo político, Ciro Gomes (PDT) também pretende ser o grande nome da oposição e atuar de forma madura e com os olhos, desde já, voltados para o pleito de 2022, prometendo se desgarrar totalmente do PT, pelo qual se considera traído.
Outros nomes estão em cena: Marina Silva (Rede) terá a tarefa de reconstruir seu partido e sua própria imagem. Foi ministra do Meio Ambiente e parece ter, para o eleitorado, parado no tempo só voltando plenamente a cena na época das eleições. Espera-se dela voos mais substanciais, ocupando um cargo executivo na qual suas ideias tornem-se mais visíveis. Até o prefeito de Colatina, Menegueli, no Espírito Santo parece ganhar mais projeção que Marina e outros.
Meirelles entra no jogo apenas como um nome a ser lembrado, caso haja necessidade pelos que apreciam seu modelo econômico. O jovem Boulos e seu partido PSOL, caso queiram ir mais adiante no jogo eleitoral, terão de deixar de lado certas bandeiras distanciadas da massa de eleitores e colocar de maneira mais objetiva um projeto real de transformação do país. Esse é o caso do jovem cabo Daciolo, que deverá optar pela construção de uma imagem mais sólida, tendo em vista sua expressiva votação (foi o sexto colocado) ou seguir como um simples político folclórico.
O PSDB tucano não está morto. Ganhar em São Paulo, com Dória, não é pouca coisa. É ter nas mãos o coração e o pulmão brasileiro. O partido terá de refazer sua estratégia totalmente equivocada com Geraldo Alckmin. Perde força no Congresso, mas ainda resiste no plano nacional.
Qualquer que seja a estratégia dos partidos, as eleições de 2018 deixam claro que a maioria dos brasileiros está fechada com os que colocam o Brasil em primeiro lugar.
Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
terça-feira, 30 de outubro de 2018
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
A derrota de Haddad
RADICALISMO, DOENÇA
INFANTIL DA ESQUERDA
No ensaio "Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo", de maio de 1920, Lênin ataca membros da Terceira Internacional, acusando-os de desvio ideológico à esquerda.
A esquerda brasileira acaba de ser derrotada nas urnas, mostrando o desencanto de parcela acentuada do povo com as suas principais bandeiras.
Poderia se dizer que a esquerda foi derrotada pela corrupção e pelo clima geral de insegurança que campeia de Norte a Sul do país, dois pontos que o presidente eleito Jair Messias Bolsonaro soube colocar como prioridade em seus discursos, atraindo fortemente o eleitorado.
Abraçada a bandeiras atraentes para um público juvenil, mas distanciada do chamado "povão", o candidato do PT, Fernando Haddad, tentou nos minutos finais da prorrogação virar o jogo, utilizando de armas que não seduzem mais a massa, como a presença marcante de artistas afinados com um certo intelectualismo universitário. Quando procurou colocar o hip hop na trilha musical, tudo desafinou ainda mais com um discurso crítico do Mano Brown.
A própria esquerda cavou sua sepultura ao utilizar um radicalismo hostil a segmentos respeitados da sociedade. Em nome de um feminismo controvertido e de uma defesa inábil das minorias, agrediu-se as igrejas e isso ao eleitor comum soou de forma falsa, quando presenciou Haddad e Manuela, comungando durante uma missa e em outros atos religiosos.
O "ajoelhar tem de rezar" passou para o eleitorado uma imagem de falsidade e apelação.
Tentou-se dar ao público a imagem do candidato adversário como um ser grotesco e radical, mas a esquerda acabou usando a mesma arma com que acusava Bolsonário: violência, intolerância e agressividade na tentativa de convencimento do eleitor.
A ideia de que se rouba no Brasil desde o tempo de Cabral (o descobridor) sempre esteve no imaginário popular. O "rouba mais faz", de Ademar de Barros; o presidente bossa nova de JK com compra de porta aviões e a construção de Brasília; e tantos outros, incluindo o silêncio sobre os gastos do período militar (Transamazônica, Ponte Rio-Niterói, Usinas Nucleares, etc) são alguns entre múltiplos exemplos.
A novidade do PT foi enfatizada por um de seus líderes maiores, José Dirceu: "somos o partido que não rouba e não deixa roubar".
Com a explosão do lava-jato, entre outros escândalos, ficou marcado na cabeça de muitos a ideia de um partido traidor do povão.
Durante os debates e propaganda eleitoral, a corrupção associada ao Partido dos Trabalhadores foi marcante.
No segundo turno, o candidato Fernando Haddad passou a ter uma pesada cruz para carregar nos ombros.
A meninada nas ruas e nas escolas contribuiu, em muito, para aumentar o distanciamento do povão. Intolerância contra professores e colegas que ousaram nadar contra a maré deu a ideia de disputa entre moedas da mesma face.
O esperado apoio de Ciro Gomes não ocorreu, bem como de outros da chamada esquerda ou centro. A esquerda partida dá a entender que para 2022 terá de ser na base de cada um por si.
Haddad tentará capitalizar a expressiva votação de 45 milhões de brasileiros, mas consciente de que muita dessa gente vem de outras fontes. Fez um discurso de derrotado para a plateia juvenil, mas depois de colocar a cabeça no travesseiro verificou que é preciso se afastar do radicalismo. Democraticamente, enviou cumprimento ao presidente eleito.
Depois de uma facada no estômago, o próprio Bolsonaro vem ganhando consciência de que o Brasil fruto das urnas exige que se pegue leve nos discursos e nas ações.
Quem optar pela doença infantil do radicalismo ficará falando sozinho ou quem sabe lotando plateias revolucionárias no melhor dos shows de rock anglo-americano, aumentando ainda mais o muro de distanciamento do povo. (Mauricio Figueiredo)
INFANTIL DA ESQUERDA
No ensaio "Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo", de maio de 1920, Lênin ataca membros da Terceira Internacional, acusando-os de desvio ideológico à esquerda.
A esquerda brasileira acaba de ser derrotada nas urnas, mostrando o desencanto de parcela acentuada do povo com as suas principais bandeiras.
Poderia se dizer que a esquerda foi derrotada pela corrupção e pelo clima geral de insegurança que campeia de Norte a Sul do país, dois pontos que o presidente eleito Jair Messias Bolsonaro soube colocar como prioridade em seus discursos, atraindo fortemente o eleitorado.
Abraçada a bandeiras atraentes para um público juvenil, mas distanciada do chamado "povão", o candidato do PT, Fernando Haddad, tentou nos minutos finais da prorrogação virar o jogo, utilizando de armas que não seduzem mais a massa, como a presença marcante de artistas afinados com um certo intelectualismo universitário. Quando procurou colocar o hip hop na trilha musical, tudo desafinou ainda mais com um discurso crítico do Mano Brown.
A própria esquerda cavou sua sepultura ao utilizar um radicalismo hostil a segmentos respeitados da sociedade. Em nome de um feminismo controvertido e de uma defesa inábil das minorias, agrediu-se as igrejas e isso ao eleitor comum soou de forma falsa, quando presenciou Haddad e Manuela, comungando durante uma missa e em outros atos religiosos.
O "ajoelhar tem de rezar" passou para o eleitorado uma imagem de falsidade e apelação.
Tentou-se dar ao público a imagem do candidato adversário como um ser grotesco e radical, mas a esquerda acabou usando a mesma arma com que acusava Bolsonário: violência, intolerância e agressividade na tentativa de convencimento do eleitor.
A ideia de que se rouba no Brasil desde o tempo de Cabral (o descobridor) sempre esteve no imaginário popular. O "rouba mais faz", de Ademar de Barros; o presidente bossa nova de JK com compra de porta aviões e a construção de Brasília; e tantos outros, incluindo o silêncio sobre os gastos do período militar (Transamazônica, Ponte Rio-Niterói, Usinas Nucleares, etc) são alguns entre múltiplos exemplos.
A novidade do PT foi enfatizada por um de seus líderes maiores, José Dirceu: "somos o partido que não rouba e não deixa roubar".
Com a explosão do lava-jato, entre outros escândalos, ficou marcado na cabeça de muitos a ideia de um partido traidor do povão.
Durante os debates e propaganda eleitoral, a corrupção associada ao Partido dos Trabalhadores foi marcante.
No segundo turno, o candidato Fernando Haddad passou a ter uma pesada cruz para carregar nos ombros.
A meninada nas ruas e nas escolas contribuiu, em muito, para aumentar o distanciamento do povão. Intolerância contra professores e colegas que ousaram nadar contra a maré deu a ideia de disputa entre moedas da mesma face.
O esperado apoio de Ciro Gomes não ocorreu, bem como de outros da chamada esquerda ou centro. A esquerda partida dá a entender que para 2022 terá de ser na base de cada um por si.
Haddad tentará capitalizar a expressiva votação de 45 milhões de brasileiros, mas consciente de que muita dessa gente vem de outras fontes. Fez um discurso de derrotado para a plateia juvenil, mas depois de colocar a cabeça no travesseiro verificou que é preciso se afastar do radicalismo. Democraticamente, enviou cumprimento ao presidente eleito.
Depois de uma facada no estômago, o próprio Bolsonaro vem ganhando consciência de que o Brasil fruto das urnas exige que se pegue leve nos discursos e nas ações.
Quem optar pela doença infantil do radicalismo ficará falando sozinho ou quem sabe lotando plateias revolucionárias no melhor dos shows de rock anglo-americano, aumentando ainda mais o muro de distanciamento do povo. (Mauricio Figueiredo)
terça-feira, 16 de outubro de 2018
Ódios aplacados
"Amanhã
Mesmo que uns não queiram
Será de outros que esperam
Ver o dia raiar
Amanhã
Ódios aplacados
Temores abrandados
Será pleno
Será pleno"
(Guilherme Arantes)
Mauricio Figueiredo - O recado do repórter
Aproxima-se o desfecho do segundo turno das eleições. As mentiras perpetuadas pelo Fake News deixam de atingir a maioria das pessoas. O discurso do ódio aos poucos vai perdendo espaço. É natural que isso ocorra. Um cabo exótico colocou Deus no meio do debate e com isso fez com que muitos joelhos se ajoelhassem de forma humilde. O Brasil do Tim Maia em que prostituta se apaixona por cafetão e pobre vota na direita, decepcionado com o discurso de parcela da esquerda, ganha corpo. O síndico poderia incluir em seu discurso, comunistas comungando na missa e cristãos partindo para cima com o cajado de Moisés.
Ó Glória! O Brasil que surgirá em janeiro de 2019 não será mais o mesmo. Um Congresso renovado, ainda longe do ideal, mas dentro da máxima chinesa de que a História não dá saltos, mostra que o povo brasileiro está de saco cheio de políticos e partidos rançosos serviçais de um demônio que impede o país de ir rumo a um destino melhor para o seu povo.
O holocausto da corrupção que ceifa vidas diante da falta de educação, saúde, habitação e tudo o mais que o brasileiro tem direito, cada vez fica mais claro aos olhos do eleitorado.
O Brasil não está definitivamente à beira de um Estado fascista ou de um socialismo Bolivariano. Pelo contrário, o povo brasileiro e as instituições que começam a ser fortalecidas deixam claro que não estão dispostas a suportar bandidos de estimação. Não precisamos de heróis. Eles já destruíram por demais o sonho dos brasileiros.
Precisamos seguir a lição de outros povos, como o alemão destruído pelas duas guerras mundiais, o japonês arrasado por duas bombas atômicas e tanto outros.
O Brasil merece um novo amanhã, como preconiza o poeta. É preciso dar uma chance à Paz como pregam muitos. Para isso, não há lugar para temores de esquerda e nem de direita.
O Ódio Não!
(Mauricio Figueiredo)
Mesmo que uns não queiram
Será de outros que esperam
Ver o dia raiar
Amanhã
Ódios aplacados
Temores abrandados
Será pleno
Será pleno"
(Guilherme Arantes)
Mauricio Figueiredo - O recado do repórter
Aproxima-se o desfecho do segundo turno das eleições. As mentiras perpetuadas pelo Fake News deixam de atingir a maioria das pessoas. O discurso do ódio aos poucos vai perdendo espaço. É natural que isso ocorra. Um cabo exótico colocou Deus no meio do debate e com isso fez com que muitos joelhos se ajoelhassem de forma humilde. O Brasil do Tim Maia em que prostituta se apaixona por cafetão e pobre vota na direita, decepcionado com o discurso de parcela da esquerda, ganha corpo. O síndico poderia incluir em seu discurso, comunistas comungando na missa e cristãos partindo para cima com o cajado de Moisés.
Ó Glória! O Brasil que surgirá em janeiro de 2019 não será mais o mesmo. Um Congresso renovado, ainda longe do ideal, mas dentro da máxima chinesa de que a História não dá saltos, mostra que o povo brasileiro está de saco cheio de políticos e partidos rançosos serviçais de um demônio que impede o país de ir rumo a um destino melhor para o seu povo.
O holocausto da corrupção que ceifa vidas diante da falta de educação, saúde, habitação e tudo o mais que o brasileiro tem direito, cada vez fica mais claro aos olhos do eleitorado.
O Brasil não está definitivamente à beira de um Estado fascista ou de um socialismo Bolivariano. Pelo contrário, o povo brasileiro e as instituições que começam a ser fortalecidas deixam claro que não estão dispostas a suportar bandidos de estimação. Não precisamos de heróis. Eles já destruíram por demais o sonho dos brasileiros.
Precisamos seguir a lição de outros povos, como o alemão destruído pelas duas guerras mundiais, o japonês arrasado por duas bombas atômicas e tanto outros.
O Brasil merece um novo amanhã, como preconiza o poeta. É preciso dar uma chance à Paz como pregam muitos. Para isso, não há lugar para temores de esquerda e nem de direita.
O Ódio Não!
(Mauricio Figueiredo)
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
Fascismo
QUE RAIO DE NEGÓCIO
É ESSE PALAVRÃO?
O ÓDIO À DEMOCRACIA
Os palavrões estão perdendo força. Principalmente nos meios políticos, no qual o politicamente correto torna incoerente alusões a mãe de algum adversário ou à sua opção sexual. Por isso, diante da onda Bolsonaro virou moda trazer à tona o xingamento "fascista".
De verdade, o brasileiro - regra geral - à esquerda ou à direita no auge das discussões deixa apenas transparecer o seu autoritarismo, algo entranhado em nossa alma desde o período escravagista, no qual muitos se fizeram superior aos ditos inferiores e prevalecendo ao longo de nossa História, na qual a prática democrática é algo quase incomum.
No Brasil moderno tivemos a ditadura Vargas, principalmente depois do Estado Novo em 1937, com o seu flerte ao nazi-fascismo e a militar de 1964, com o endurecimento a partir de 1968 com o Ato Insconstitucional número 5, o famigerado AI 5, com a supressão das liberdades democráticas ainda vigentes.
Somos (com raras exceções, com eu incluído) autoritários por natureza. É assim em muitos trabalhos com os chefes se dirigindo a seus subordinados; com os moradores de condomínios com os porteiros e empregados. Esse autoritarismo não é um atributo da direita ou da esquerda. Ele é fruto da própria raiz de formação da sociedade brasileira.
Bolsonaro tem discurso autoritário diante de muitas questões. Mas, por exemplo, um líder de esquerda como Lula também pode ser autoritário diante das mulheres de seus partidos ou em alusão ao preconceito sexual diante de uma cidade como Pelotas, no Rio Grande do Sul.
Esse autoritarismo, no entanto, felizmente, ainda está longe de nos fazer um Estado fascista, embora isso seja tão possível como o surgimento de uma república bolivarista no país.
É difícil ainda hoje uma caracterização precisa do Fascismo criado por Mussolini.
Uma de suas principais características, no entanto, é o total desprezo às chamadas instituições democráticas que não se rendem ao jogo do fascismo. Mussolini ridicularizava instituições como o poder político constituído, a oposição, o regime jurídico, etc, em nome da Pátria e da Família e de uma religiosidade que servisse ao Estado Fascista.
O autoritarismo de direita pode, realmente, levar um país ao caminho do fascismo, tanto como o autoritarismo de esquerda pode levar a uma ditadura no estilo stalinista.
Dependendo do olhar de cada um, este pode ser um texto de um fascista ou de um democrata.
Mas não importa: "Deus nos livre do mal, amém!" (Mauricio Figueiredo)
É ESSE PALAVRÃO?
O ÓDIO À DEMOCRACIA
Os palavrões estão perdendo força. Principalmente nos meios políticos, no qual o politicamente correto torna incoerente alusões a mãe de algum adversário ou à sua opção sexual. Por isso, diante da onda Bolsonaro virou moda trazer à tona o xingamento "fascista".
De verdade, o brasileiro - regra geral - à esquerda ou à direita no auge das discussões deixa apenas transparecer o seu autoritarismo, algo entranhado em nossa alma desde o período escravagista, no qual muitos se fizeram superior aos ditos inferiores e prevalecendo ao longo de nossa História, na qual a prática democrática é algo quase incomum.
No Brasil moderno tivemos a ditadura Vargas, principalmente depois do Estado Novo em 1937, com o seu flerte ao nazi-fascismo e a militar de 1964, com o endurecimento a partir de 1968 com o Ato Insconstitucional número 5, o famigerado AI 5, com a supressão das liberdades democráticas ainda vigentes.
Somos (com raras exceções, com eu incluído) autoritários por natureza. É assim em muitos trabalhos com os chefes se dirigindo a seus subordinados; com os moradores de condomínios com os porteiros e empregados. Esse autoritarismo não é um atributo da direita ou da esquerda. Ele é fruto da própria raiz de formação da sociedade brasileira.
Bolsonaro tem discurso autoritário diante de muitas questões. Mas, por exemplo, um líder de esquerda como Lula também pode ser autoritário diante das mulheres de seus partidos ou em alusão ao preconceito sexual diante de uma cidade como Pelotas, no Rio Grande do Sul.
Esse autoritarismo, no entanto, felizmente, ainda está longe de nos fazer um Estado fascista, embora isso seja tão possível como o surgimento de uma república bolivarista no país.
É difícil ainda hoje uma caracterização precisa do Fascismo criado por Mussolini.
Uma de suas principais características, no entanto, é o total desprezo às chamadas instituições democráticas que não se rendem ao jogo do fascismo. Mussolini ridicularizava instituições como o poder político constituído, a oposição, o regime jurídico, etc, em nome da Pátria e da Família e de uma religiosidade que servisse ao Estado Fascista.
O autoritarismo de direita pode, realmente, levar um país ao caminho do fascismo, tanto como o autoritarismo de esquerda pode levar a uma ditadura no estilo stalinista.
Dependendo do olhar de cada um, este pode ser um texto de um fascista ou de um democrata.
Mas não importa: "Deus nos livre do mal, amém!" (Mauricio Figueiredo)
segunda-feira, 8 de outubro de 2018
Bolsonaro só perde para ele mesmo
À ESPERA DE UM MILAGRE
(Mauricio Figueiredo)
Filhinhos. Queridas filhas, primos, primas e netos. Amigos e amigas. O jogo democrático é assim mesmo. Quando se perde é preciso se preparar melhor e verificar onde se errou.
A maioria de meus amigos é de esquerda. Muitos frequentaram universidades e acreditam piamente no credo ideológico que seguem. Muitos não acreditam que o Muro de Berlim caiu em 1989. Muitos não admitem que a União Soviética se esfacelou e que a China Comunista é um dos estados mais capitalista do mundo atual.
Eu velho cansado de guerra tenho hoje outras bandeiras. Olho o mundo com outros olhos.
Muitos não enxergam que a vitória de Bolsonaro no primeiro turno foi acachapante. Ele venceu, praticamente, em todos os estados da federação. Haddad só ganhou no Pará, Maranhão, Piauí, Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O Ceará ficou com Ciro Gomes.
Quando se fala em capitais, a vitória do candidato da direita ainda foi maior. Haddad só levou São Luís, Teresina e Salvador e pode herdar Fortaleza de Ciro Gomes.
Mesmo que haja transferência total dos votos de Ciro Gomes, Marina Silva, Alckmin e outros para Haddad (o que é improvável em larga escala), Haddad não atinge os votos de Bolsonaro no primeiro turno.
Em colégios eleitorais fortissimos como os do Sudeste e Sul, o candidato da direita esmagou os adversários.
É hora da esquerda fazer o seu mea culpa ou então seguir o Cabo Daciolo: subir o monte a espera de um milagre. (Mauricio Figueiredo)
(Mauricio Figueiredo)
Filhinhos. Queridas filhas, primos, primas e netos. Amigos e amigas. O jogo democrático é assim mesmo. Quando se perde é preciso se preparar melhor e verificar onde se errou.
A maioria de meus amigos é de esquerda. Muitos frequentaram universidades e acreditam piamente no credo ideológico que seguem. Muitos não acreditam que o Muro de Berlim caiu em 1989. Muitos não admitem que a União Soviética se esfacelou e que a China Comunista é um dos estados mais capitalista do mundo atual.
Eu velho cansado de guerra tenho hoje outras bandeiras. Olho o mundo com outros olhos.
Muitos não enxergam que a vitória de Bolsonaro no primeiro turno foi acachapante. Ele venceu, praticamente, em todos os estados da federação. Haddad só ganhou no Pará, Maranhão, Piauí, Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O Ceará ficou com Ciro Gomes.
Quando se fala em capitais, a vitória do candidato da direita ainda foi maior. Haddad só levou São Luís, Teresina e Salvador e pode herdar Fortaleza de Ciro Gomes.
Mesmo que haja transferência total dos votos de Ciro Gomes, Marina Silva, Alckmin e outros para Haddad (o que é improvável em larga escala), Haddad não atinge os votos de Bolsonaro no primeiro turno.
Em colégios eleitorais fortissimos como os do Sudeste e Sul, o candidato da direita esmagou os adversários.
É hora da esquerda fazer o seu mea culpa ou então seguir o Cabo Daciolo: subir o monte a espera de um milagre. (Mauricio Figueiredo)
Direita Volver
A ESQUERDA DISTANTE DO POVO
Jair Bolsonaro pegou uma bandeira que aflige todos os segmentos da sociedade, dos mais pobres aos afortunados: a insegurança. A inglória luta contra o tráfico, o medo generalizado de se andar pelas ruas das cidades, tanto as grandes como as pequenas e colocou a questão em primeiro plano. Adotou a tática chinesa de que "não importa a cor do gato e sim que ele mate o rato". Com isso, amealhou uma expressiva votação no primeiro turno e está com imensa possibilidade de ser o próximo presidente da República.
A esquerda e o centro, com seus múltiplos candidatos, perdeu-se na apresentação de várias questões (muitas em verdade importantes, mas outras tantas sem grande apelo a massa de eleitores).
Não ficou claro ao eleitor comum, o que a esquerda poderia fazer para tirar o Brasil do caos.
Bolsonaro e também outros recebeu o Sim da chamada "maioria silenciosa" que passa ao largo dos pesquisadores. O exemplo disso foi o candidato Wilson ter recebido esmagadora votação no Rio de Janeiro, deixando o preferido na pesquisa - Eduardo Paes - comendo poeira.
A esquerda com o seu ranço intelectual distanciou-se do povão. As acusações ao candidato adversário soam como brincadeiras de garotada concorrendo em uma disputa ao grêmio estudantil. Termos como Fascista, homofóbico, racista, etc, não significam nada para o eleitor comum. Eles possuem coisas mais urgentes em seu ideário, como colocar um dinheiro no bolso e chegar ao fim do mês com algum trocado para a comida.
A geleia geral da política brasileira, com seus 35 partidos políticos, fez com que o povão mandasse um retumbante Não a muitos caciques da política brasileira.
Para o eleitor comum, não há diferença em votar no excêntrico palhaço Tiririca e outros nomes manjados com velhas promessas e velhas práticas eleitoreiras.
É altamente significante que o cabo Daciolo tenha saído na frente de nomes como Marina Silva, Álvaro Dias, Henrique Meirelles e até mesmo de Guilherme Boulos e seu discurso mais à esquerda.
Não basta a esquerda declarar "Adeus às Armas", é preciso colocar algo mas substancial na mesa do eleitor. (Mauricio Figueiredo)
Jair Bolsonaro pegou uma bandeira que aflige todos os segmentos da sociedade, dos mais pobres aos afortunados: a insegurança. A inglória luta contra o tráfico, o medo generalizado de se andar pelas ruas das cidades, tanto as grandes como as pequenas e colocou a questão em primeiro plano. Adotou a tática chinesa de que "não importa a cor do gato e sim que ele mate o rato". Com isso, amealhou uma expressiva votação no primeiro turno e está com imensa possibilidade de ser o próximo presidente da República.
A esquerda e o centro, com seus múltiplos candidatos, perdeu-se na apresentação de várias questões (muitas em verdade importantes, mas outras tantas sem grande apelo a massa de eleitores).
Não ficou claro ao eleitor comum, o que a esquerda poderia fazer para tirar o Brasil do caos.
Bolsonaro e também outros recebeu o Sim da chamada "maioria silenciosa" que passa ao largo dos pesquisadores. O exemplo disso foi o candidato Wilson ter recebido esmagadora votação no Rio de Janeiro, deixando o preferido na pesquisa - Eduardo Paes - comendo poeira.
A esquerda com o seu ranço intelectual distanciou-se do povão. As acusações ao candidato adversário soam como brincadeiras de garotada concorrendo em uma disputa ao grêmio estudantil. Termos como Fascista, homofóbico, racista, etc, não significam nada para o eleitor comum. Eles possuem coisas mais urgentes em seu ideário, como colocar um dinheiro no bolso e chegar ao fim do mês com algum trocado para a comida.
A geleia geral da política brasileira, com seus 35 partidos políticos, fez com que o povão mandasse um retumbante Não a muitos caciques da política brasileira.
Para o eleitor comum, não há diferença em votar no excêntrico palhaço Tiririca e outros nomes manjados com velhas promessas e velhas práticas eleitoreiras.
É altamente significante que o cabo Daciolo tenha saído na frente de nomes como Marina Silva, Álvaro Dias, Henrique Meirelles e até mesmo de Guilherme Boulos e seu discurso mais à esquerda.
Não basta a esquerda declarar "Adeus às Armas", é preciso colocar algo mas substancial na mesa do eleitor. (Mauricio Figueiredo)
Eleições 2018
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro esclarece que, em relação às filas nos locais de votação, tal situação, que tem sido verificada em diversos estados do país, deve-se a uma série de razões, entre as quais o fato de que, por se tratar de uma eleição que envolve a digitação dos números de seis candidatos, inclusive de duas vagas para senador, alguns eleitores têm dificuldades para votar, o que causa uma maior demora na votação. Da mesma forma, a identificação biométrica está sendo feita, em todo o estado, para os mais de 2,3 milhões de eleitores cadastrados pela Justiça Eleitoral, bem como para os mais de 4,6 milhões que tiveram seus dados do Detran-RJ aproveitados, o que também pode gerar uma demora maior do que a habitual.
O TRE-RJ reforça que o aproveitamento dos dados do Detran-RJ, embora no momento da votação possa gerar alguma demora, será positivo para o eleitor, que, tendo sua biometria validada, poderá ser dispensado pelo TSE de comparecimento posterior ao cartório eleitoral para realizar o cadastramento. Além disso, deve-se destacar que o TRE-RJ orienta os mesários de que nenhum eleitor poderá ser impedido de votar por não ter suas digitais reconhecidas. Nesse caso, o mesário deve liberar o acesso à urna do eleitor que se identificou com um documento oficial com foto e esteja apto a votar naquela seção.
Quanto a relatos de “fraudes” nas urnas, de candidatos que “não aparecem” quando os seus números são digitados pelo eleitor, o TRE-RJ esclarece que se trata de informação falsa. É comum o eleitor se confundir no momento da digitação dos números, o que leva a esse tipo de questionamento equivocado. Há casos em que o eleitor vota no primeiro cargo de senador e se esquece de que há outro candidato a ser escolhido para o mesmo cargo, confundindo com os cargos subsequentes de governador e presidente.
Além disso, o grande aumento, nestas eleições, da circulação de mensagens em aplicativos e redes sociais gera insatisfação em muitos eleitores devido a informações inverídicas. Por exemplo, um vídeo que vem circulando com imagens de garis transportando urnas eletrônicas não representa qualquer irregularidade. Em razão de convênio firmado pelo TRE-RJ com a Comlurb, esses profissionais estão devidamente habilitados a desempenhar tal atividade, que é acompanhada por servidores da Justiça Eleitoral e policiais militares.
sexta-feira, 5 de outubro de 2018
A Dinâmica da História
(Mauricio Figueiredo)
A eleição de Bolsonaro não significa que o Brasil vá rumo a uma ditadura fascista de direita e tampouco a eleição de Haddad não implica no Brasil caminhar para uma ditadura de esquerda ao estilo bolivariano.
Já foi dito que a História só se repete como farsa.
O Brasil teve dois grandes movimentos políticos recentes que fugiram da ordem institucional. A Revolução de 30 que no clima da época flertou com o nazi-fascismo com o endurecimento do regime a partir de 1937, com todas as características ditatoriais (fim da liberdade de imprensa, tortura, etc) e o movimento militar de 1964, com o endurecimento do regime a partir de 1968, decretação do AI5 (fim da liberdade de imprensa, tortura, etc).
A situação brasileira atual (dentro da própria realidade mundial) é diferente. Há com a Constituição de 1988 um quadro institucional em vigor, apesar da democracia ser um processo a ser consolidado diariamente. Ao contrário de 1964 não há o clima mundial da chamada Guerra Fria de cunho ideológico.
Contudo, a História é dinâmica e ninguém tem bola de cristal para prever o futuro.
As eleições presidenciais vão ditar o rumo dos próximos 4 anos, mas ele não será fruto apenas da escolha do chefe do Executivo. O novo Congresso terá, talvez, um papel muito mais significativo, desde que haja uma real mudança de caras.
Bolsonaro, Haddad ou qualquer outro têm totais condições de fazer um ótimo, um bom, um razoável ou um péssimo governo.
Para o povão pouco muda, pois já está acostumado com péssimos governos.
No mais como diz o poeta: "Quem anda com Deus não tem medo de assombração". Não é o cabo candidato, mas o poeta e compositor Luiz Vieira (foto).
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