Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Eleição de Trump

O DIA EM QUE A HILÁRIA CLINTON PAGOU O PATO (DONALD) - *Carlos Ney
O mundo pirou. Ninguém acredita que, nos States, elegeram um cara que é uma mistura de Bolsonaro com a Vanessa Graziotin? Pombas, depois de surpreenderem o mundo com Obama, o bom mocinho, decidem que, agora, querem viver perigosamente. Mas quem é o Trump? De longe, um cara que jamais foi levado muito a sério. E que, de perto, mostra que jamais levou a sério outro que não ele. De bom, eu vejo no cara apenas uma coisa: a Melania.A mulher capa de revista que ele, apesar de pregar o nacionalismo, importou. Politicamente, registre-se o fato de que os colarinhos azuis não querem mais o destino selado pelos colarinhos brancos. Porque é assim que se dividem as classes sociais. Quem manda e quem obedece. As pesquisas não perceberam essa tendência. Os políticos americanos, distanciados das ruas de todas as periferias americanas, ignoraram essa nova realidade. O discurso que ganhou o pleito, acho eu, foi o da mudança. O do emprego. Nacionalização das políticas de governo, contra a globalização que gerou a busca pela mão de obra mais barata (miserável), onde quer que ela fosse encontrada. Está em risco o México, que preenchia a quase totalidade das cotas dos empregos que nenhum americano queria. Nos tempos em que emprego havia. Está em risco a economia dos países que dependiam do dinheiro americano, em troca da licença para que ali fossem instaladas suas bases. O mundo, no geral, pagará, em menor ou maior grau, pela instabilidade econômica que o fato novo traz com ele. E nós, que nem sequer estamos entre os cem nas listas de amigos e de inimigos? Acho que, também nesse caso, o que é bom para os Estados Unidos não é bom para o Brasil.
*Carlos Ney é jornalista e escritor

Nenhum comentário:

Postar um comentário