Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

quarta-feira, 18 de março de 2015

Clube Militar diz que Brasil não terá bolivarianismo

No dia 31 de março, o Clube Militar, com sede na Avenida Rio Branco, no Centro do Rio, realizará um almoço no qual seus membros festejarão o que a entidade intitula como 51º aniversário da Revolução Democrática de 1964.

Presidido pelo general de Divisão Gilberto Rodrigues Pimentel, o Clube surgiu inicialmente como Clube Naval, sendo transformado em Clube Militar em 26 de junho de 1887.

Em seu resumo, a entidade menciona como realizações a participação nas Campanhas Abolicionista e Republicana, a instituição do Serviço Militar Obrigatório o Monopólio Estatal do Petróleo e as homenagens à FEB em seu regresso.

Como participações recentes coloca a Crise Energética, a Participação do Brasil no Continente Antártico, a Ocupação Racional dos Espaços Vazios Nacionais, além de outros temas.

Por isso, é natural que no momento em que no país são realizadas manifestações de ruas de apoio ou de rejeição ao atual governo Dilma Rousseff, a tomada de posição do Clube Militar passa a ser material de análise da atual conjuntura nacional no que se refere ao aspecto militar e o grau de influência que o Clube possa ter em relação aos militares da ativa.

Com relação às manifestações do domingo 15 de março, o Clube Militar classificou como "O Dia em que o Brasil mudou", e em nota, vai além ao assinalar que os atuais governantes "não podem pensar, impunemente, em nos transformar em uma ditadura similar a da Venezuela, nem mesmo num sofrido Equador ou Bolívia que já trilham o caminho abominável do que chamam de bolivarianismo".

A entidade enfatiza que "o Brasil, diferentemente desses nossos vizinhos, tem Forças Armadas avessas à execução de políticas partidárias e ideologias em seu âmago, dedicando-se, exclusivamente aos interesses nacionais".

Eis a nota do Clube Militar:

O DIA EM QUE O BRASIL MUDOU!
15 de março de 2015! Um domingo iluminado pelo fervor cívico poucas vezes assistido neste País!
Milhões de brasileiros sentiram a necessidade de sair às ruas num impulso misto de patriotismo e sentimento de indignação com a situação político-econômica a que se veem submetidos. Foram mostrar o repúdio a toda a gama de coisas erradas que o governo tem perpetrado, até mesmo com desfaçatez, ignorando a população e prosseguindo na busca de seu projeto de poder.
E toda essa demonstração de insatisfação serviu para mudar alguma coisa?
Sim, pois, no mínimo, sinaliza aos seguidores do Foro de São Paulo, hoje dirigindo o Brasil, que não podem pensar, impunemente, em nos transformar em uma ditadura similar a da Venezuela, nem mesmo num sofrido Equador ou Bolívia que já trilham o caminho abominável do que chamam de bolivarianismo. Que não se olvide, também, que o Brasil, diferentemente desses nossos vizinhos, tem Forças Armadas avessas à execução de políticas partidárias e ideologias em seu âmago, dedicando-se, exclusivamente aos interesses nacionais.
Simples assim? Obviamente que não. Havemos de ter, a partir de agora, uma onipresente vigilância quanto ao que o governo pretende nos impor e quanto às medidas a serem implementadas por ele, prometendo buscar soluções para os problemas que nos afligem, diga-se de passagem, gerados por ele próprio em sua sanha despótica.
Toda a moral brasileira tem que ser revista e em todos os níveis.
Logicamente, a cúpula governante, a elite da Nação, tem que dar o exemplo e se corrigir. Não basta mais dizer, em discursos recorrentes, que vai combater a corrupção, se, na verdade, está praticando esse câncer social na busca de seus interesses.
O Brasil mudou ontem! Entendam bem: mudou para sempre e para melhor!
Só depende de nós!
Avante brasileiros!
Parabéns, meu povo!

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