Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

sábado, 16 de abril de 2011

Vergonha na cara

   Adeus às armas

                                                             No futuro quando se fizer uma análise isenta e precisa da História do Brasil, principalmente, a época mais atual, os estudiosos descobrirão a facilidade com que o país — seus políticos e governantes — resolviam ou tentavam resolver as coisas com uma simples canetada. Somos o país das leis que "pegam" e as das que "não pegam". Somos o país do "famoso jeitinho", que muitas vezes é a maneira sutil de falarmos da propina dada ao guarda de trânsito, ao funcionário público, entre outras más ações, vistas por muitos como coisa natural.

                                                             Agora diante da tragédia registrada em uma escola de Realengo, zona norte do Rio, aparecem os salvadores da pátria. Propostas de vendas de portões blindados, de guarda 24 horas, de parafernálias eletrônicas e por aí vai. O presidente do Senado, José Sarney, aproveitando os holofotes trouxe para pauta a questão da venda de armas, querendo convocar um novo plebiscito ou referendo popular. Apesar, de a população já ter se manifestado sobre o assunto.

                                                             O que está em causa não é o armamento ou desarmamento, mas sim a impunidade em relação aos que utilizam armas de forma ilegais. Qualquer bandido de quinta categoria é pego, frequentemente, com armas exclusivas da Forças Armadas, inclusive granadas, e, o assunto, em vez de ser tratado como crime contra a segurança nacional, é, visto apenas como um fato rotineiro.

                                                            O problema do Brasil não são as leis, mas a falta de vergonha na cara. E nesse aspecto, a classe política tem sido o principal exemplo, comprometendo o próprio processo democrático.   www.agenciareporterdigital.com.br

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