Beware of Darkness: quando o maluco não é beleza
Esperei um pouco a poeira assentar para me arricar a comentar o triste episódio da chacina escolar em Realengo. Li e procurei entender algumas explicações de especialistas, entre psicólogos, educadores, futurólogos e bisbilhoteiros, fazendo eu próprio parte dessa última categoria. Não entendo nada de psicologia e sequer de educação com profundidade, mas, bem ou mal acho que entendo um pouco de crianças, pois além de minhas filhas e netas, convivo e convivi com os novos que estão chegando e agora chamados de geração Y, seja lá o que isso realmente signifique.
Usei o título em inglês (parte dele), com uma letra de George Harrison, um dos quatro rapazes de Liverpool, conhecidos também como Beatles, por ela sempre ter me despertado a atenção. Mr. Harrisson enfatiza na letra o cuidado que devemos ter com as coisas em redor e fala de uma certa deusa Maya que nos leva, muitas vezes, para o campo da ilusão. E ele é preciso quando recomenda: "vigie agora, se cuide. Cuidado com os pensamentos que ficam remoendo dentro da sua cabeça. O desepero te rodeia no morrer da noite".
E a linda, bela e incisiva canção (a interpretação do ex-Beatle no Concerto de Bangladesh, é exemplar) vai martelando em sua cabeça, sempre pontilhada pela recomendação do cuidado com as trevas ou com a escuridão (Beware of Darkness). E Harrison frisa "cuidado com as trevas. Ela pode te atingir. Ela pode te ferir, te entristecer e não é pra isso que você está aqui".
E em uma dica que serve para nossos filhos e amigos, nos alerta "vigie agora... se cuide. Cuidado com os trapaceiros de passos sorrateiros, dançando pelas calçadas, enquando cada sofredor inconsciente vaga desorientado".
E o velho Beatles é precioso quando alerta: "vigie agora, se cuide. Cuidado com os líderes gananciosos, que o levam para onde você não devei ir..." Mas, antes faz menção aos "devassos decadentes pingando ao seu redor, a dor que gruda na ponta de seus dedos". E mais uma vez enfatiza: "cuidado com as trevas" (Beware of Darkness).
Já o maluco beleza é cantado em prosa e verso por Raul Seixas. É o indivíduo pacífico e presente em todo o espaço social, com o objetivo de tornar a própria vida mais alegre, menos rígida e aborrecida como por vezes nos leva o "politicamente correto". E ele, na composição com Cláudio Roberto, assinalava: "Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal, e fazer tudo igual... Eu do meu lado aprendendo a ser louco, maluco total, na loucura real..., controlando a minha maluquez, misturada com minha lucidez..."
É justamente esse equilíbrio que se faz necessário no ambiente social. Sintomaticamente, o Beatle John Lennon acabou sendo assassinado por um fã desequilibrado mental, na porta do edifício Dakota, em Nova York, onde residia e o próprio Harrison teve sua casa invadida por um outro indivíduo desequilibrado, chegando a ser esfaqueado. Isso mostra os perigos dessa vida e que o importante é que consigamos sempre nos proteger diante das trevas, sabendo perceber quando o maluco não é beleza.
E no mais, que Deus proteja nossas crianças.
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Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
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OLÁ MAURICIO.
ResponderExcluirSOU SEU MAIS NOVO SEGUIDOR.
QUANTO AO CASO DA ESCOLA, EU DUVIDO QUE O RAPAZ TIVESSE ENTRADO SE AO INVÉS DE UMA INSTITUIÇÃO ESCOLAR, FOSSE UMA AGÊNCIA BANCÁRIA.
DUVIDO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
MAS, A EDUCAÇÃO E O CAPITAL SÃO BEM DIFRENTES NO BRASIL, NÃO ACHA?
VIDAS PERDIDAS, ATÉ PODE...E ACONTECE A CADA MINUTO, ENTRE NÓS .
AGORA NENHUM CENTAVO DO CLIENTE DE BANCO.
JAMAIS.
DEVERIA SER EQUITATIVO, O TRATAMENTO, OU O SER HUMANO VALE MENOS QUE UMA NOTA DE CEM REAIS?
E PARA AMENIZAR O CLIMA, ESTOU LHE CONVIDANDO PARA CONHECER MEU BLOG DE HUMOR:
“HUMOR EM TEXTO”.
A CRÔNICA DESTA SEMANA É:
“DADINHA, DADIVOSA”
OH, EXEMPLO DE MULHER! (RS).
É DE HUMOR ...E DE GRAÇA
UM ABRAÇÃO CARIOCA.