O País do Carnaval na volta às aulas
O que diferencia países desenvolvidos, adiantados socialmente, culturalmente e politicamente dos demais, no que se refere a oferta de oportunidades e melhoria da qualidade de vida de seu povo, é a valorização que os governantes dão à Educação. No Brasil, isso é notório, com a pouca importância dada a escola, principalmente, nas classes iniciais. Fazer com que as crianças evoluam não é prioritário, pois não rende dividendos eleitorais.
O que diferencia países desenvolvidos, adiantados socialmente, culturalmente e politicamente dos demais, no que se refere a oferta de oportunidades e melhoria da qualidade de vida de seu povo, é a valorização que os governantes dão à Educação. No Brasil, isso é notório, com a pouca importância dada a escola, principalmente, nas classes iniciais. Fazer com que as crianças evoluam não é prioritário, pois não rende dividendos eleitorais.
Investe-se pesado em obras de fachada, como a construção de prédios faraônicos, além da falta de punição maior pelas roubalheiras e assaltos aos cofres públicos. Muitas escolas, como ocorre com os hospitais, funcionam em prédios, de péssima qualidade e inadequados ao processo de ensino. Os responsáveis pela educação dos pequeninos e adolescentes são profissionais mal formados, mal pagos, desmotivados e desvalorizados salarialmente.
O professor, em um estado, como o Rio de Janeiro, tem o seu salário inicial similar a de um empregado doméstico, sem que este último possui pouco ou nenhum ano de escolarização e habilitação profissional especializada. Mas, isso se repete nos demais estados, fazendo com que o Brasil figure nas últimas colocações, no ranking mundial, em termos de qualidade do ensino.
A Educação brasileira é exaltada em discursos. No Império, Dom Pedro II afirmava que se não fosse imperador seria mestre-escola. Getúlio Vargas, líder da Revolução de 30, que criou o Brasil moderno, dizia que "Educação é matéria de salvação nacional". Atualmente, diversos políticos e autoridades, em geral, enaltecem a importância da Educação, durante o período eleitoral. Mas isso fica só no discurso. É raro uma autoridade "perder tempo", saudando os estudantes na "Volta às aulas". Nem mesmo governadores, prefeitos e tantos outros.
Por isso, o discurso da "Volta às Aulas", do presidente norte-americano, Barack Obama, em um domingo de outubro de 2009, incentivando crianças e jovens de seu país a levarem os estudos com seriedade é dos mais oportunos.
Talvez dos nossos políticos, o esperado sejam mensagens, orientando à população para o período momesco, que se aproxima, no que, Jorge Amado denominou "O País do Carnaval".
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