O PÃO E CIRCO
DO POVO ABANDONADO
"É o carro enguiçado
é a lama é a lama"
(Tom Jobim)
O crescimento vertiginoso das cidades brasileiras é um fato marcante de boa parte do século XX, perdurando até os dias atuais. O Rio cantado em verso de Carlos Drummond de Andrade, com seus 2 milhões de habitantes, há muito ficou para trás. No entorno da cidade flutua uma população que se aproxima dos 10 milhões e muito mais pode-se dizer em relação a São Paulo.
O brasileiro abandonou o campo, ou melhor, foi expulso, em busca de melhores condições de vida. As cidades não foram preparadas para esse crescimento bruto. Regra geral, calcula-se que no Brasil haja um déficit de quase 15 milhões de moradias, levando-se em conta as chamadas sub-moradias, com construções irregulares em locais de risco e também as, por si só, inadequadas para abrigar uma família média e o que fará com grade número de pessoas.
A população pobre brasileira é vítima do descaso de vários governos, independente, do matiz ideológico. Investir fortemente em moradias, com o adequado saneamento, rede de esgoto, luz e água encanada é algo que não rende dividendos eleitorais.
De forma geral, os governantes optam por obras de fachada, na qual procuram atrair os votos de um eleitorado despolitizado e sem o adequado desenvolvimento do pensamento crítico. O voto brasileiro é um instrumento de toma lá dá cá. O exemplo claro disso são as pessoas que a cada pleito se amontoam em praças e ruas balançando bandeiras de políticos que mal conhecem em troca de alguns trocados, em flagrante compra de votos mal-disfarçada.
No passado, nos morros mal vestidos de lugares como o Rio, o voto era conquistado com a inauguração de uma bica de água em favor da população carente. Agora, no vale-tudo há o sistema de bolsas até um encaixe irregular em algum órgão em detrimento de pessoal concursado para o preenchimento da vaga.
Nessa prática em que as obras de fachada dão a tônica, hospitais, escolas e investimentos em qualidade de vida (parques, áreas de lazer, conservação do mobiliário público, atenção à ecologia, etc) são deixados de lado, com a população vivendo verdadeira via crucis em busca de atendimento.
A camada asfáltica priorizada com o automóvel particular gera grande impermeabilização das vias, com sacrifício de árvore e espaços de lazer para o povo, em especial as crianças. As praias, rios, lagoas e demais belezas naturais são alvo da degradação geral.
Como na Roma antiga, o Turismo é pautado pelo pão e circo. Há um desprezo total pelos bens culturais. A cultura de massa com sua indigência estética, educativa e lúdica dá lugar a um império do prazer pelo prazer que aproxima as pessoas do mundo animal. Esse quadro desolador explica o crescimento da violência e o apogeu do mundo das drogas, no qual se busca a fuga de uma realidade amarga para a maioria.
Que o Brasil pode e tem condições de ser diferente não resta dúvida. No entanto, a política papai-com-mamãe eternizada em seus mais de 30 partidos políticos, demonstra que a farsa ideológica em que muitos se afundam em gasto de energia representa o eterno gigante adormecido, que beneficia e enriquece a tão poucos, ao meio do lamaçal que envolve a todos. (Mauricio Figueiredo - Agência Repórter Digital)
Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
segunda-feira, 2 de março de 2020
quinta-feira, 19 de dezembro de 2019
LIVERPOOL X FLAMENGO
Let it Be (Deixa estar) x Let it Bleed (Deixa sangrar)
A grande
vantagem do Liverpool em relação ao Flamengo na disputa do Mundial, 21 de
dezembro, é o poderio financeiro. Contudo, se levarmos a máxima de João
Saldanha de que se dinheiro ganhasse campeonato, o time do Banco do Brasil
venceria sempre, isso não conta muito.
Outro fator
importante é que na Premier League, da Inglaterra, o Liverpool tem sempre
morrido na praia nos últimos anos, a contar de 2000, sendo sua última conquista
registrada em 1990. Ou seja, uma equipe acostumada à derrota. Até mesmo o
modesto Leicester, com um orçamento pífio, surpreendeu os poderosos e foi
campeão em 2016.
O Liverpool
utiliza a estratégia da Raposa e as Uvas da história de Esopo. Se perder o
Mundial para o Flamengo dirá que o título não tem importância, pois está focado
no campeonato inglês. Se ganhar então festejará um título inédito em seu
currículo, colocando toda a arrogância na mesa.
Contra o
Monterrey do México utilizou essa estratégia. Escalou pretensiosamente uma
equipe sem quatro titulares, achando que resolveria a parada facilmente. Acabou
correndo risco de perder a partida e teve de largar a pose e colocar as
estrelas em campo, juntando-se ao maestro Salas isolado no meio de atletas comuns.
É evidente
que o campeonato inglês é importante. Mas é preciso levar em conta
circunstâncias diferenciadas. Além do poder econômico, facilitando contratações
e tudo o mais, a Ilha chamada Inglaterra com seus 130 mil kilômetros quadrados
cabe inteira dentro do Estado de São Paulo. Com isso, ao contrário do
campeonato Brasileiro, os deslocamentos das equipes ocorrem de maneira
confortável, sem contar as condições de aeroportos, hotéis e estradas.
Já o
Brasileirão, com seus 38 times, é uma verdadeira maratona de jogos e sacrifício
em gramados e estádios nem sempre preparados para a exibição de um bom futebol.
Trata-se de uma competição bem mais competitiva.
Este ano, o
Flamengo surpreendeu ao aliar a montagem de uma equipe qualificada com um
técnico experiente e com visão moderna de futebol. Ou seja, Jorge Jesus juntou
a competitividade do futebol europeu com o talento e criatividade inegável do
futebol brasileiro.
Futebol como
bem definiu Luiz Mendes é uma caixinha de surpresas: o embate entre o primo
pobre da América do Sul e o ricaço inglês é de resultado imprevisível.
Tudo pode
acontecer. O Liverpool enfiar uma goleada ou vencer de forma modesta ou na
prorrogação ou nos pênaltis. O mesmo pode ocorrer com o Flamengo, golear o
adversário, vencer modestamente ou na prorrogação ou nos pênaltis.
O inglês se
vencer comemorará de forma blasé e focará na Premier League, enquanto o
Flamengo transformará boa parte do Brasil em verdadeiro carnaval. O Liverpool
canta o seu clássico Beatles – Let it Be (Deixa Estar) – o Flamengo responde no
estilo Stones – Let it Bleed (Deixa Sangrar).
Mauricio
Figueiredo – Agência Repórter Digital
quarta-feira, 18 de dezembro de 2019
A TERRA É CHATA
25 DE
DEZEMBRO
Feliz Natal!
Aí a dona aparece e diz que não tem nada de feliz Natal, pois Jesus não nasceu
em dezembro e muito menos no dia 25.
Ela está
certa. De verdade, o Natal já existia há mais de 7 mil anos antes de Cristo na
Pérsia, quando o povão comemorava o deus Mitra – a divindade da luz – marcando o
início do solstício de inverno. Outros povos também ao longo da história
comemoravam a mudança climática.
Os romanos,
vocês sabem, eram tidos como macacos de imitação. Roubavam e cultuavam os
deuses de todos os povos, inclusive o deus Mitra, com uma grande festança
regada a muito vinho e comilança. O comércio prosperava com a troca de
presentes e muitas milongas mais.
Hora, tudo
na vida passa e até os passageiros mudam. Aquela seita nanica que muitos
esnobavam foi ganhando adeptos com o passar do tempo e finalmente até os reis
se curvaram a ela. Com o Cristianismo virando a religião oficial do Império
muita coisa passou a ser adequada aos novos tempos.
O 25 de
dezembro era o dia da festança geral. Mas, agora, o Deus da Luz era Jesus (e
que o seja para o todo sempre pelo menos para os que como eu acreditam nisso).
Amados
filhinhos é assim que Caminha a Humanidade. Até os anos 60 as praias do Rio, em
especial Copacabana, era tomada pelo culto de Iemanjá. Agora, o que predomina
são as queimas de fogos, os shows apoteóticos como foram os dos Stones, entre
outros.
Aparece uma
amiga dizendo que o Natal é apenas uma festa comercial. Sim, mas que mal a
nisso. Bendito comércio que gera milhares de empregos em um país com mais de 15
milhões de desempregados. Benditos empregos temporários, benditos empregos
escravos de quem só quer uns trocados para matar a fome.
O mal, amiga
Lucia, não está no comércio, mas na venda de quinquilharias na porta do Templo.
Mas, não apenas as bugigangas materiais e sim, principalmente, as espirituais
que impregnam as mentes das pessoas com lições de vida erradas.
O Jesus do
25 de dezembro nasceu em uma manjedoura sendo festejado por reis com ouro,
incenso e mirra (que só em adulto fui saber o que era). Ele pregou o amor, a
paz e a alegria. Nada errado em nos presentearmos. Nada errado em darmos carona
a um tal de Papai Noel. Nada errado de nos reunirmos com quem gostamos e elevarmos
nossas mentes aos que partiram e aos que estão distantes.
Em um mundo
de tanto trabalho árduo. Uma vida tão dura para muitos que o 25 de dezembro do
Natal seja pelo menos um momento de Luz em uma terra que os amantes das trevas
tornam cada vez mais chata.
A terra é
chata para as que não a querem cheia de Luz.
Mauricio
Figueiredo – Aprendiz de Lucas
quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
Porta Estreita
TUDO É LÍCITO
MAS NEM TUDO
ME CONVÉM
Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada me domine
1 Coríntios 6:12
Ao longo da História muitas manifestações artísticas surgem com atos considerados ofensivos a determinados grupos religiosos. Há casos como o do jornal satírico francês Charles Hebdo alvo de ataque terrorista em 7 de janeiro de 2015, em Paris, resultando em 10 mortos e cinco feridos, resultante de publicações consideradas ofensivas ao Islamismo.
No Brasil, vire e mexe, também ocorrem fatos geradores de polêmicas, insuflando o mundo religioso e de outro lado aqueles que defendem a liberdade de expressão a todo custo. É o Cristo coberto de Joâozinho Trinta em um desfile de carnaval; Rita Lee vestida de Nossa Senhora em um show do Rolling Stones, no Maracanã; Nossa Senhora em desfile carnavalesco em Salvador; charge de Jaguar no Pasquim, etc.
Agora volta à tona outra polêmica envolvendo o grupo humorístico Porta dos Fundos em filme sobre o Natal produzido pela Netflix.
A Netflix oferece centenas de filmes a seus assinantes. Muitos talvez passariam ao largo diante da oferta de mais um, sobretudo ao lado de vários outros em que o Natal é tratado de maneira mais adequada para a maioria do público.
Contudo, o objetivo do grupo de humor acaba sendo alcançado quando desperta a reação de grupos religiosos entre eles a de um bispo, chamando a atenção para o filme.
Erra-se como no passado em relação ao filme polêmico de Goddard "Je vous salue marie", com religiosos fazendo protestos na porta de cinemas, o que só serviu para aumentar o interesse de público para a obra do cineasta francês.
Despertar polêmica é a forma de ação de muitos artistas. Persistir na fé deve ser a forma de ação dos religiosos, não se deixando abalar pelas chamadas coisas do mundo. Mostrar-se ofendido,
no caso do Cristianismo, a resposta já foi dada há mais de 2 mil anos por Jesus, quando os fariseus lhe apresentam a moeda romana: "Dai a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus" ou em sua oração "perdoai as nossas ofensas como perdoamos aos que nos ofendem".
Todo mundo é livre para seguir pela Porta dos Fundos, bem sabemos que a Porta Estreita é mais difícil de ser seguida.
Mauricio Figueiredo - Ard-Gospel
MAS NEM TUDO
ME CONVÉM
Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada me domine
1 Coríntios 6:12
Ao longo da História muitas manifestações artísticas surgem com atos considerados ofensivos a determinados grupos religiosos. Há casos como o do jornal satírico francês Charles Hebdo alvo de ataque terrorista em 7 de janeiro de 2015, em Paris, resultando em 10 mortos e cinco feridos, resultante de publicações consideradas ofensivas ao Islamismo.
No Brasil, vire e mexe, também ocorrem fatos geradores de polêmicas, insuflando o mundo religioso e de outro lado aqueles que defendem a liberdade de expressão a todo custo. É o Cristo coberto de Joâozinho Trinta em um desfile de carnaval; Rita Lee vestida de Nossa Senhora em um show do Rolling Stones, no Maracanã; Nossa Senhora em desfile carnavalesco em Salvador; charge de Jaguar no Pasquim, etc.
Agora volta à tona outra polêmica envolvendo o grupo humorístico Porta dos Fundos em filme sobre o Natal produzido pela Netflix.
A Netflix oferece centenas de filmes a seus assinantes. Muitos talvez passariam ao largo diante da oferta de mais um, sobretudo ao lado de vários outros em que o Natal é tratado de maneira mais adequada para a maioria do público.
Contudo, o objetivo do grupo de humor acaba sendo alcançado quando desperta a reação de grupos religiosos entre eles a de um bispo, chamando a atenção para o filme.
Erra-se como no passado em relação ao filme polêmico de Goddard "Je vous salue marie", com religiosos fazendo protestos na porta de cinemas, o que só serviu para aumentar o interesse de público para a obra do cineasta francês.
Despertar polêmica é a forma de ação de muitos artistas. Persistir na fé deve ser a forma de ação dos religiosos, não se deixando abalar pelas chamadas coisas do mundo. Mostrar-se ofendido,
no caso do Cristianismo, a resposta já foi dada há mais de 2 mil anos por Jesus, quando os fariseus lhe apresentam a moeda romana: "Dai a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus" ou em sua oração "perdoai as nossas ofensas como perdoamos aos que nos ofendem".
Todo mundo é livre para seguir pela Porta dos Fundos, bem sabemos que a Porta Estreita é mais difícil de ser seguida.
Mauricio Figueiredo - Ard-Gospel
terça-feira, 10 de dezembro de 2019
CAJU
O caju é seguro
no caju ninguém morre
ninguém corre
ou sequer sussurra,
sonhando profundamente
a cada nova surra.
O caju é como
a peça de um ato
em que tudo morre
como uma fruta podre,
adormecendo na terra
a espera de uma nova vida.
Mauricio Figueiredo
no caju ninguém morre
ninguém corre
ou sequer sussurra,
sonhando profundamente
a cada nova surra.
O caju é como
a peça de um ato
em que tudo morre
como uma fruta podre,
adormecendo na terra
a espera de uma nova vida.
Mauricio Figueiredo
domingo, 1 de dezembro de 2019
Catolicismo
ESPECIALISTA EXPLICA
IMPORTÂNCIA DA CRISMA
A Paróquia São Sebastião, em
Araruama, região dos Lagos do Estado do Rio, encontra-se com inscrições abertas
para o Catecumenato Batismal na secretaria da Catequese Eucarística, sendo
necessária a cópia da identidade ou certidão de nascimento; e cópia do
comprovante de residência.
Com o objetivo de esclarecer
sobre a importância da Crisma, a Agência Repórter Digital entrevistou Luciane
de Castro Raposo, formadora da Dimensão Bíblico-Catequética da Paróquia São
Sebastião de Araruama.
Eis a entrevista:
Agência Repórter Digital - O que significa a Crisma?
Luciane de Castro Raposo – A
Crisma, ou Confirmação, é o Sacramento que produz a infusão dos dons do
Espírito Santo sobre o crismado. É também o sacramento que confere maturidade e
responsabilidade para que o cristão seja discípulo missionário do Senhor.
Agência Repórter Digital - O católico, caso queira, pode abrir mão da
Crisma, se atendo só ao batismo ou a primeira comunhão?
Luciane de Castro Raposo - Um
católico verdadeiramente católico sempre preferirá receber todos os sacramentos
possíveis. Deixar de receber a Crisma é dispensar os dons do Espírito Santo,
que tantas mudanças positivas pode proporcionar às nossas vidas. Sem a Crisma o
católico não está verdadeiramente iniciado na fé católica e permanece ainda
criança em sua prática de fé.
Agência Repórter Digital - Qual o tempo mínimo e máximo de preparação
para a Crisma?
Luciane de Castro Raposo – O
período mínimo que se deveria observar seria da Quaresma de um ano à Páscoa do
ano posterior. Mas no início da Era Cristã os novos cristãos eram preparados
por, pelo menos, três anos. São Paulo é um belo exemplo dessa preparação mais
longa e tão frutuosa. E olhe que São Paulo era versado nas escrituras do Antigo
Testamento, tendo estudado com Gamaliel.
Agência Repórter Digital - Se a pessoa se julga já preparada para a
Crisma, alegando possuir grande bagagem de ensinamentos cristãos e da doutrina
da Igreja, pode requerer para ser crismada de imediato?
Luciane de Castro Raposo – Se a
pessoa realmente possui tais conhecimentos e vivência, das duas uma: ou já está
crismada, pois teve o reconhecimento da necessidade desse sacramento logo que
chegou aos quinze anos; ou se reconhece sempre necessitado de conhecer e
aprofundar sua fé, com uma preparação de oração, comunhão e partilha. O cristão
católico maduro reconhece-se sempre necessitado de formação. É próprio de sua
identidade.
Agência Repórter Digital - Quais os requisitos necessários para fazer a
Crisma?
Luciane de Castro Raposo – No
Catecumenato Crismal é necessário ser batizado e ter as disposições de ânimo e
compromisso para participar de toda a formação. Empenhar-se na leitura da
Palavra, nas formações com assiduidade, cumprir a vivência pastoral (um estágio
em alguma pastoral da paróquia), não ter impedimento canônico nem estar
irregular na Igreja, como viver maritalmente sem estar casado no religioso.
Também se pede a idade mínima de 15 anos e compromisso pessoal.
Agência Repórter Digital - Como
funciona a Crisma na Paróquia São Sebastião? Dias, horário. É cobrada
assiduidade?
Luciane de Castro Raposo –
Assiduidade é o outro nome do cristão católico. Rsrsrsrs. Quem não tem
assiduidade com o Senhor, tem dificuldade em crescer na fé. Funciona às
quintas, após a missa das dezenove horas, e o número de faltas não justificadas
não pode exceder 3 seguidas ou cinco aleatórias.
Agência Repórter Digital - Ao fim do curso é feita alguma avaliação?
Como a pessoa pode se considerar ou considerada preparada para a Crisma?
Luciane de Castro Raposo – O
tempo inteiro há avaliação da pessoa, por si e pelos catequistas. Observa-se,
além da assiduidade, a participação nas palestras e atividades, a postura e as
respostas às indagações, conversas pessoais e expressões de maturidade, ou não.
A Crisma é um processo de amadurecimento, que, ao final, faz com que o
crismando não se sinta “pronto”, mas “decidido” pelo Senhor e o Seu Reino.
Agência Repórter Digital - Quais os materiais básicos para participar
da Crisma?
Luciane de Castro Raposo – O
Catecismo da Igreja Católica e a Bíblia Sagrada. O formulário de vivência
pastoral em dia e blocos de notas; além de celulares desligados. Quem não se
desconecta do virtual nem para rezar, não pode crescer na maturidade e graça do
Senhor.
Agência Repórter Digital - Como ocorre a escolha dos padrinhos? Quais
os requisitos e quanto são os padrinhos?
Luciane de Castro Raposo – A
escolha do padrinho ou madrinha deve ser feita bem antes da data de recebimento
do sacramento. O ideal é o futuro padrinho ou madrinha acompanhar todo o
processo de conversão/amadurecimento de seu afilhado. Interceder por ele e dar
todo o apoio e aconselhamento de que precisar.
Trata-se de um padrinho ou uma
madrinha, crismados na Igreja, sem impedimento canônico, com mais de dezesseis
anos, com maturidade e postura consciente, que seja atuante na Igreja e possua
bons relacionamentos com os outros, tanto dentro quanto fora da comunidade. Não
deve ser pai, mãe, filho ou filha, namorado ou namorada, marido ou esposa do
crismando. É uma relação de paternidade/maternidade espiritual muito diferente
das relações terrenas.
Agência Repórter Digital - Por que a Crisma e não o Crisma?
Luciane de Castro Raposo – O
Crisma é o óleo que nos unge no Batismo e nos confirma na Celebração do
Sacramento da Crisma. Ungidos pelo Senhor, somos chamados a assumir nossa
missão junto à Igreja e ao mundo.
Entrevista para a Agência Repórter Digital
terça-feira, 12 de novembro de 2019
Recado do Repórter - Mauricio Figueiredo
NADA SEI DE ETERNO
"Nada sei de eterno" foi talvez a primeira letra de música escrita por Aldir Blanc, um de nossos maiores letristas, casada com a música de Silvio Silva Junior. O compositor em depoimento disse que não tinha ideia que a canção conquistaria o segundo lugar no festival (era época dos famosos festivais da canção), rendendo aos autores viagem a Miami e mais ajuda de custas. Pela letra Aldir ganhou o troféu Upa Neguinho, uma canção de Edu Lobo. Parte do sucesso, ocorreu pelo fato de Taiguara ter escolhido a canção, por si só de interpretação complexa e fora dos padrões mais "festivos" dos festivais.
Aproveito o mote do "Nada sei de eterno" diante da nossa realidade atual. Ao contrário da sabedoria socrática do "eu só sei é que nada sei", colocamos em prática o sabermos de tudo. Palpitamos em política, economia, religião, ciência, futebol e tudo o mais com a maior desfaçatez e sem aceitarmos opiniões divergentes. Sabemos de tudo e não aceitamos quem pense ou viva de maneira diferente.
A nossa postura, de verdade, antes de ser participante passa a ser um tipo de alienação. Não estamos inseridos no mundo ou inseridos no contexto como foi moda no passado. Ao contrário disso, somos papagaios reproduzindo alguma declaração de algum deus da política, da economia, da filosofia, da religião, etc, que por vezes utilizamos como se fosse nosso próprio pensamento.
O nosso envolvimento partidário, religioso, clubista acaba nos cegando diante da própria realidade e nos impede de desenvolver um pensamento próprio. "Tudo que nosso mestre mandar - faremos todos", dizia a brincadeira da infância a qual levamos para o mundo adulto.
Talvez nos falte a humildade de cantar "Nada sei de eterno", talvez nos falte a sabedoria de afirmar que "nada sabemos". E o pior, quando nos colocamos como deuses tendo aprendido tão pouco da vida. Uma vida, muitas das vezes, construída em berço de ouro. Família classe média ou rica; boa escola; acesso a cultura; acesso a remédios, médicos e saúde razoáveis; a diversão e arte, etc. Esse mar de rosa em que nos desenvolvemos nos torna arrogantes e insensíveis a dor do mundo, a dor do próximo e à nossa própria ignorância que, ela sim, pode nos levar a um pouco de sabedoria.
Mauricio Figueiredo - Agência Repórter Digital
"Nada sei de eterno" foi talvez a primeira letra de música escrita por Aldir Blanc, um de nossos maiores letristas, casada com a música de Silvio Silva Junior. O compositor em depoimento disse que não tinha ideia que a canção conquistaria o segundo lugar no festival (era época dos famosos festivais da canção), rendendo aos autores viagem a Miami e mais ajuda de custas. Pela letra Aldir ganhou o troféu Upa Neguinho, uma canção de Edu Lobo. Parte do sucesso, ocorreu pelo fato de Taiguara ter escolhido a canção, por si só de interpretação complexa e fora dos padrões mais "festivos" dos festivais.
Aproveito o mote do "Nada sei de eterno" diante da nossa realidade atual. Ao contrário da sabedoria socrática do "eu só sei é que nada sei", colocamos em prática o sabermos de tudo. Palpitamos em política, economia, religião, ciência, futebol e tudo o mais com a maior desfaçatez e sem aceitarmos opiniões divergentes. Sabemos de tudo e não aceitamos quem pense ou viva de maneira diferente.
A nossa postura, de verdade, antes de ser participante passa a ser um tipo de alienação. Não estamos inseridos no mundo ou inseridos no contexto como foi moda no passado. Ao contrário disso, somos papagaios reproduzindo alguma declaração de algum deus da política, da economia, da filosofia, da religião, etc, que por vezes utilizamos como se fosse nosso próprio pensamento.
O nosso envolvimento partidário, religioso, clubista acaba nos cegando diante da própria realidade e nos impede de desenvolver um pensamento próprio. "Tudo que nosso mestre mandar - faremos todos", dizia a brincadeira da infância a qual levamos para o mundo adulto.
Talvez nos falte a humildade de cantar "Nada sei de eterno", talvez nos falte a sabedoria de afirmar que "nada sabemos". E o pior, quando nos colocamos como deuses tendo aprendido tão pouco da vida. Uma vida, muitas das vezes, construída em berço de ouro. Família classe média ou rica; boa escola; acesso a cultura; acesso a remédios, médicos e saúde razoáveis; a diversão e arte, etc. Esse mar de rosa em que nos desenvolvemos nos torna arrogantes e insensíveis a dor do mundo, a dor do próximo e à nossa própria ignorância que, ela sim, pode nos levar a um pouco de sabedoria.
Mauricio Figueiredo - Agência Repórter Digital
quarta-feira, 6 de novembro de 2019
DESCULPA
Recado do repórter – Mauricio Figueiredo
Não importa quem está com a razão. Queremos ser perdoados,
mas nos custa perdoar. Alegamos que não ofendemos ninguém; ou que esse é mesmo
o nosso jeito; que não temos papas na língua; somos sinceros e autênticos.
Não levamos em conta que a nossa brincadeira pode ter
ofendido o próximo, gerando mágoas, mesmo que ele não seja como nós e revide no
estilo bateu levou.
Por isso, ao pedir perdão pelas nossas ofensas também temos
de saber perdoar, verdadeiramente, aos que nos ofendem. E mais que isso. É
fácil nos curvar a quem achamos superior a nós. E não se trata apenas dos
poderosos mais distanciados, mas de patrões, autoridades de todos os tipos,
etc.
O erro é procurar nos colocar acima de todos os que
consideramos iguais e , dessa maneira, no
mesmo barco, enquanto tripudiamos dos que achamos estar afundando.
Muitas vezes, no barco da vida, nos achamos protegidos, agarrados
à bóia salvadora, sem perceber ser esse
o momento do nosso afogamento.
Desculpa: Perdoai a minha ofensa.
Agência Repórter Digital – página no Facebook
segunda-feira, 28 de outubro de 2019
O padroeiro do Flamengo
SANTO DO
DIA – SÃO JUDAS TADEU – 28 DE OUTUBRO
Conhecido
na tradição popular como o santo das causas impossíveis, há vida de São Judas
Tadeu, o santo que comemoramos neste 28 de outubro, é marcada por muitas
dúvidas, mas que não invalidam o carinho e dedicação de muitos de seus devotos.
Por
exemplo, Simão (não confundir com São Pedro, antes também assim denominado) e Judas aparecem juntos nas diversas listas
dos "doze". Na lista dos doze apóstolos, Tadeu figura em décimo
primeiro lugar em Lucas e em décimo em Marcos e Mateus.
Neste caso,
pelo fato de serem quase os últimos da lista faz com que alguns os identifiquem
com os trabalhadores contratados às cinco horas da tarde. (Mt 20,6).
Ainda, nos
atendo mais a São Judas Tadeu verifica-se que na Última Ceia foi o apóstolo que
perguntou a Jesus: "'Senhor, por
que te manifestarás a nós e não ao mundo?' Em resposta Jesus afirmou: “Se
alguém me ama, guardará minha palavra e o meu Pai o amará, e a ele viremos e
nele estabeleceremos morada. Quem não me ama não guarda minhas palavras; e a
palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que me enviou”.
São Judas Tadeu é um dos doze apóstolos de Jesus. Era filho de Cléofas (irmão de São José) e de Maria de Cléofas (irmã de Nossa Senhora). Assim, ele era primo de Jesus. Diziam que se parecia muito com o Mestre. São Judas era também irmão de São Tiago, chamado “O Menor”, e de São Simão. Ambos discípulos de Jesus. O nome Judas significa “Deus seja louvado”.
São Judas Tadeu é um dos doze apóstolos de Jesus. Era filho de Cléofas (irmão de São José) e de Maria de Cléofas (irmã de Nossa Senhora). Assim, ele era primo de Jesus. Diziam que se parecia muito com o Mestre. São Judas era também irmão de São Tiago, chamado “O Menor”, e de São Simão. Ambos discípulos de Jesus. O nome Judas significa “Deus seja louvado”.
Alguns estudiosos
chegam a cogitar na possibilidade de São Simão, ser o noivo do casamento em
Caná da Galiléia, onde Jesus operou seu primeiro milagre, transformando água em
vinho. São Judas teria presenciado o milagre e esta pode ter sido a causa de
ele ter se tornado discípulo de Jesus. Lucas também chama Judas de
"Zelote" - Lc 6,15. Alguns estudiosos afirmam que "zelote"
significa zeloso. Outros afirmam que ele poderia ser membro do movimento
revolucionário dos zelotes, que lutavam contra a dominação romana em Israel.
Ele é também o autor da menor carta do Novo Testamento: “A Carta de Judas”, na
qual chama a atenção da população em relação aos falsos profetas. Escritos
apócrifos apontam que são Judas Tadeu anunciou o Evangelho no Egito e com Simão
foram evangelizar também na Pérsia, sendo os dois martirizados, segundo
escritos do século VI. Vários estudiosos
das escrituras acreditam que São Judas foi decapitado por carrascos que usavam
como ferramenta o machado afiado. Esta era a pena capital mais usada pelos
persas na época. Muitos se converteram ao verem o testemunho destemido de São
Judas diante da morte. O corpo de São Judas está sepultado na Basílica
de São Pedro, no Vaticano. O Papa Paulo III escreveu uma bula concedendo
indulgência plenária para todos aqueles que rezarem em seu túmulo no dia 28 de
outubro, dia da sua festa.
sexta-feira, 25 de outubro de 2019
Flamengo
MISTER JORGE JESUS:
UM TÉCNICO DIFERENCIADO
Não é a primeira vez que um técnico estrangeiro se destaca no futebol brasileiro. O próprio Flamengo foi marcado, no passado, pelo brilhante trabalho do paraguaio Dom Fleitas Solich, o Feiticeiro, na conquista do segundo tricampeonato do clube em 1053-54-55. Também teve, com menos sucesso, o argentino Armando Renganeschi, 1965-67.
Na atualidade, no entanto, o trabalho do técnico português Jorge Jesus salta aos olhos de todos, pelo dinamismo e competência, conseguindo em tempo recorde fazer do Flamengo uma equipe diferenciada das demais no futebol brasileiro.
Trata-se de um técnico altamente experiente, com 17 anos comandando importantes equipes na Europa. Mister, como é carinhosamente chamado pelos jogadores e torcedores rubro-negros, caiu em solo pátrio cercado de um certo mistério e dose de xenofobismo por parte de alguns pouco afeitos ao que consideram invasão estrangeira em nosso mercado no qual a renovação do treinadores ocorre de maneira lenta.
Em seus primeiros passos no Flamengo causou estranheza quando escalou Rafinha no meio de campo. Mas, uma das vantagens do Mister é dar logo a volta por cima e à medida que conhece o elenco vir dispondo como um brilhante enxadrista melhor suas peças em campo.
Dizer que o Flamengo atual possui uma verdadeira seleção de craques é dizer pouco, pois há vários experientes técnicos que mesmo com os melhores jogadores à sua disposição acabam tropeçando, vide o próprio comandante da seleção Brasileira, Tite, que terminada a Copa do Mundo ainda não conseguiu armar uma equipe que realmente emocione o torcedor.
Ao contrário do que é comum, Jorge Jesus se caracteriza pela ousadia. É um técnico motivador e que em momento algum joga para garantir resultado. Não protege seu emprego com acumulo de cabeças de área como é muito comum em grandes equipes nacionais. Também não se refugia na retranca quando o time sai na frente do marcador.
Pelo contrário, no 5 a 0 contra o Grêmio pela Libertadores continuou cobrando dos jogadores empenho e a constante busca por mais gols.
Em um momento em que, como na seleção brasileira, aceita-se comodamente péssimos resultados diante de resultados pífios, a presença de Jorge Jesus parece ser uma luz a iluminar os gramados brasileiros, mostrando ser possível se jogar um futebol menos covarde e mais eficiente.
(Mauricio Figueiredo - Agência Repórter Digital)
UM TÉCNICO DIFERENCIADO
Não é a primeira vez que um técnico estrangeiro se destaca no futebol brasileiro. O próprio Flamengo foi marcado, no passado, pelo brilhante trabalho do paraguaio Dom Fleitas Solich, o Feiticeiro, na conquista do segundo tricampeonato do clube em 1053-54-55. Também teve, com menos sucesso, o argentino Armando Renganeschi, 1965-67.
Na atualidade, no entanto, o trabalho do técnico português Jorge Jesus salta aos olhos de todos, pelo dinamismo e competência, conseguindo em tempo recorde fazer do Flamengo uma equipe diferenciada das demais no futebol brasileiro.
Trata-se de um técnico altamente experiente, com 17 anos comandando importantes equipes na Europa. Mister, como é carinhosamente chamado pelos jogadores e torcedores rubro-negros, caiu em solo pátrio cercado de um certo mistério e dose de xenofobismo por parte de alguns pouco afeitos ao que consideram invasão estrangeira em nosso mercado no qual a renovação do treinadores ocorre de maneira lenta.
Em seus primeiros passos no Flamengo causou estranheza quando escalou Rafinha no meio de campo. Mas, uma das vantagens do Mister é dar logo a volta por cima e à medida que conhece o elenco vir dispondo como um brilhante enxadrista melhor suas peças em campo.
Dizer que o Flamengo atual possui uma verdadeira seleção de craques é dizer pouco, pois há vários experientes técnicos que mesmo com os melhores jogadores à sua disposição acabam tropeçando, vide o próprio comandante da seleção Brasileira, Tite, que terminada a Copa do Mundo ainda não conseguiu armar uma equipe que realmente emocione o torcedor.
Ao contrário do que é comum, Jorge Jesus se caracteriza pela ousadia. É um técnico motivador e que em momento algum joga para garantir resultado. Não protege seu emprego com acumulo de cabeças de área como é muito comum em grandes equipes nacionais. Também não se refugia na retranca quando o time sai na frente do marcador.
Pelo contrário, no 5 a 0 contra o Grêmio pela Libertadores continuou cobrando dos jogadores empenho e a constante busca por mais gols.
Em um momento em que, como na seleção brasileira, aceita-se comodamente péssimos resultados diante de resultados pífios, a presença de Jorge Jesus parece ser uma luz a iluminar os gramados brasileiros, mostrando ser possível se jogar um futebol menos covarde e mais eficiente.
(Mauricio Figueiredo - Agência Repórter Digital)
terça-feira, 1 de outubro de 2019
Rock in Lixo
Rock é lixo
disso todos sabemos.
Somos crianças mimadas
com criadas mal pagas,
recolhendo do chão
os nossos carros caros
e brinquedos.
Rock é lixo,
mas que pode virar luxo,
se tivermos coragem
de mudar a nossa dança,
aprendendo a catar do chão
todo nosso excremento.
Mauricio Figueiredo
disso todos sabemos.
Somos crianças mimadas
com criadas mal pagas,
recolhendo do chão
os nossos carros caros
e brinquedos.
Rock é lixo,
mas que pode virar luxo,
se tivermos coragem
de mudar a nossa dança,
aprendendo a catar do chão
todo nosso excremento.
Mauricio Figueiredo
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