Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

A TERRA É CHATA


25 DE DEZEMBRO

Feliz Natal! Aí a dona aparece e diz que não tem nada de feliz Natal, pois Jesus não nasceu em dezembro e muito menos no dia 25.
Ela está certa. De verdade, o Natal já existia há mais de 7 mil anos antes de Cristo na Pérsia, quando o povão comemorava o deus Mitra – a divindade da luz – marcando o início do solstício de inverno. Outros povos também ao longo da história comemoravam a mudança climática.
Os romanos, vocês sabem, eram tidos como macacos de imitação. Roubavam e cultuavam os deuses de todos os povos, inclusive o deus Mitra, com uma grande festança regada a muito vinho e comilança. O comércio prosperava com a troca de presentes e muitas milongas mais.
Hora, tudo na vida passa e até os passageiros mudam. Aquela seita nanica que muitos esnobavam foi ganhando adeptos com o passar do tempo e finalmente até os reis se curvaram a ela. Com o Cristianismo virando a religião oficial do Império muita coisa passou a ser adequada aos novos tempos.
O 25 de dezembro era o dia da festança geral. Mas, agora, o Deus da Luz era Jesus (e que o seja para o todo sempre pelo menos para os que como eu acreditam nisso).
Amados filhinhos é assim que Caminha a Humanidade. Até os anos 60 as praias do Rio, em especial Copacabana, era tomada pelo culto de Iemanjá. Agora, o que predomina são as queimas de fogos, os shows apoteóticos como foram os dos Stones, entre outros.
Aparece uma amiga dizendo que o Natal é apenas uma festa comercial. Sim, mas que mal a nisso. Bendito comércio que gera milhares de empregos em um país com mais de 15 milhões de desempregados. Benditos empregos temporários, benditos empregos escravos de quem só quer uns trocados para matar a fome.
O mal, amiga Lucia, não está no comércio, mas na venda de quinquilharias na porta do Templo. Mas, não apenas as bugigangas materiais e sim, principalmente, as espirituais que impregnam as mentes das pessoas com lições de vida erradas.
O Jesus do 25 de dezembro nasceu em uma manjedoura sendo festejado por reis com ouro, incenso e mirra (que só em adulto fui saber o que era). Ele pregou o amor, a paz e a alegria. Nada errado em nos presentearmos. Nada errado em darmos carona a um tal de Papai Noel. Nada errado de nos reunirmos com quem gostamos e elevarmos nossas mentes aos que partiram e aos que estão distantes.
Em um mundo de tanto trabalho árduo. Uma vida tão dura para muitos que o 25 de dezembro do Natal seja pelo menos um momento de Luz em uma terra que os amantes das trevas tornam cada vez mais chata.
A terra é chata para as que não a querem cheia de Luz.
Mauricio Figueiredo – Aprendiz de Lucas

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