Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

sábado, 2 de junho de 2018

O general Mourão

A Pátria

"Olha com fé e orgulho,
a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum
país como este!"
(Olavo Bilac)

Em 1964, o general Olímpio Mourão Filho, o general Mourão, ordenou na madrugada do 31 de março para 1º de abril, que as tropas da 4ª Divisão de Infantaria, sediada em Juiz de Fora, Minas Gerais, (a mais carioca das cidades mineiras) marchassem em direção à Cidade Maravilhosa, desencadeando o Movimento Militar (revolução redentora para uns e ditadura para outros).
Muitas coisas contribuíram para a deposição do presidente João Goulart, vice de Janio Quadros, que renunciou à Presidência em 25 de agosto de 1961, Dia do Soldado, com apenas sete meses de governo. Janio foi eleito com expressivo número de votos, representando à direita e empunhando a bandeira de combate à corrupção. Já o vice Goulart era da esquerda (Na ocasião, podia-se eleger um presidente e votar em um vice de outro partido.)
Nas alegações dos militares na época, justificando a deflagração do movimento, a quebra da hierarquia militar, segundo eles, estimulada pelo presidente Jango, entre outros pontos, desencadeou a "revolução" e colocava-se na conta também um certo clamor popular, especialmente da classe média.
No quadro confuso da atualidade, presencia-se na rede social um soldado uniformizado dando pitaco sobre a situação política do país e defendendo a greve dos caminhoneiros. Algo que soa estranho. Em 64 esse papel coube a um cabo da Marinha, o cabo Anselmo, depois desmascarado como um agente provocador, ou seja, colocado para por mais lenha na fogueira.
Em 2018, um outro general Mourão, Antonio Hamilton Mourão, em palestra promovida pela maçonaria, em Brasília, defendeu a intervenção militar caso as instituições não resolvam os problemas políticos. O recado foi dado, mas o então secretário de economia e finanças do Exército acabou transferido para a reserva do Exército.
Agora, o general Mourão apresenta-se como possível candidato à Presidência da República por um partido pequeno.
Terá oportunidade de em campanha apresentar seus projetos para o país. 
Melhor que seja assim: o Brasil merece trilhar o caminho da democracia, mesmo que a atual ainda seja incipiente, fruto da ação dos traidores da pátria. (Mauricio Figueiredo)


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