Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

segunda-feira, 24 de março de 2014

Declaração de Imposto da Felicidade



Quanto ar puro você respirou no ano passado?

Quantas vezes mergulhou seu corpo em um mar tranquilo, deixando-se boiar e sentindo o balanço das águas?

Quantas vezes entrou em um bloco ou cordão de pessoas, saindo pulando sem se importar com a qualidade da música ou se a banda desafinasse?

Quantas horas realizou seu trabalho com imenso prazer despreocupado com o valor do salário ou horas consumidas?

Quantas vezes se alegrou por fazer algo de bom para outra pessoa sem esperar nada em troca?


Quantas vezes deixou o sumo de uma fruta escorrer alegre pelo rosto sem se importar com a roupa?

Quantas vezes andou descalço na chuva sem temer doenças ou resfriados?

Quantas vezes jogou conversa fora sem querer demonstrar inteligência ou exibir seus títulos?

Quantas vezes cedeu um lugar na condução para alguém mais jovem que você (uma criança ou um ser nascente na barriga de uma grávida, por exemplo)?

Quantas vezes deixou de ser mero crítico para construir alguma coisa?

Quantas vezes pegou o troco e sem conferir enfiou no bolso por acreditar na honestidade do próximo?

Quantas vezes pensou e exprimiu que o adversário pode estar certo e também fazer coisas boas?

Quantos leões você matou por dia na luta pela sobrevivência?

Quantas vezes chutou uma bola despreocupado se ela entraria em gol?

Quantas vezes assistiu televisão, filmes, ouviu rádio, etc, indiferente sobre o que julga ser qualidade ou não?

Quantas vezes deixou de lado seu olhar crítico de juiz e apenas olhou os acontecimentos sem fazer julgamentos?

Quantas vezes disse "muito obrigado" ou "por favor" a alguém?

Quantas vezes riu de si mesmo sem dar importância a um aborrecimento passageiro?

Quantas vezes cantou embaixo do chuveiro?

Quantas vezes declarou a sua eterna felicidade independente de sua renda financeira pelo simples e milagroso fato de estar vivo?

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