"Na hora do voto, os políticos
devem mentir até para as suas mães"
(Machiavel)
Conta-se, em tom de anedota, que um famoso político brasileiro, com o objetivo de contagiar a plateia, mencionou uma frase e atribuiu a autoria a uma grande personalidade mundial. Posteriormente, ao ser criticado pelo fato de que o personagem famoso jamais dissera tal coisa, não titubeou e declarou: "Se não disse, deveria ter dito".
Já em política, nos dias atuais, nada melhor do que a autenticidade. Saindo do óbvio, a presidente Dilma Rousseff, em discurso durante o Fórum Social Temático (FST) de Porto Alegre mencionou um trecho da canção "Grândola, Vila Morena" para caraterizar o novo modelo de desenvolvimento na América do Sul. Mencionar Portugal, tão ligado a nós em termos cultural, linguístico e afetivos foi um gesto inteligente, em um momento no qual a sociedade brasileira costuma estar tão excessivamente arraigada aos padrões culturais advindos dos Estados Unidos.
Ao citar uma passagem da canção "Grândola, Vila Morena", de Zeca Afonso, e o 25 de Abril em Portugal, quando defendeu um modelo de desenvolvimento mais "progressista" e "democrático", a presidente da República saiu da dicotomia estéril e improdutiva dos exemplos Estados Unidos-Cuba, em substituição à antiga União Soviética, esfacelada com a queda do Muro de Berlim, em 1989. "Na América do Sul, como diz aquela canção da Revolução dos Cravos, da Revolução Portuguesa, "O povo é quem mais ordena'", declarou em seu discurso.
De acordo com Dilma Rousseff, na maioria das nações latino-americanas está em curso um novo modelo de desenvolvimento, que oferece respostas mais efetivas aos desequilíbrios internacionais."Nossos países hoje não sacrificam mais sua soberania frente às pressões de potências, grupos financeiros ou agências de classificação de riscos". Ela considerou ainda que "grande parte do mundo desenvolvido" está a enfrentar a crise com "medidas fiscais regressivas", que provocam consequências sociais e ambientais "nefastas". Intuitivamente, Dilma Rousseff demonstrou que existe muita coisa entre o Céu e o Inferno, conforme destacava Shakespeare.
Mas por falar em Shakespeare, a grande mancada veio da França, quando François Hollande, candidato socialista às presidenciais, citou Shakespeare e o presidente Sarkozy citou Blaise Pascal.
Acontece que mesmo os adeptos socialistas de François Hollande, consideram-no um "casca grossa", em termos de formação cultural e ficaram abismados quando ele estufou o peito e disse: "Eles fracassaram porque não começaram pelo sonho", atribuindo o dito a Shakespeare.
A reação dos seguidores da candidatura Sarkozy foi imediata. Colocaram na boca do presidente-candidato, também pouco afeito as coisas culturais, a doce frase: "O homem tem tudo organizado para que ele esqueça que vai morrer", atribuindo-a a Pascal.
Como mentira tem perna curta, descobriu-se que a frase dita pelo socialista foi extraída do livro "The Vision of Elena Silves", mas o Shakespeare, não é o famoso do "Ser ou não ser: eis a questão", mas do jornalista da BBC Nicholas Shakespeare que escreveu a obra em 1989.
Quanto a declaração de Sarkozy, o jornal Libération, com base em especialistas, garante que ela não consta de qualquer obra de Pascal.
"Na hora do voto, os políticos devem mentir até para as suas mães", como disse Machiavel no "O Príncipe".
Se ele nunca disse isso, deveria ter dito.
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Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Não vamos dar sorte ao azar
É comum conhecermos muitas pessoas que costumeiramente falam da falta de condições dos locais em que trabalham. Relatam acontecimentos como elevadores que enguiçam frequentemente, deixando várias pessoas presas durante alguns minutos, mas que parece uma eternidade; comentam sobre rachaduras ou má conservação de seus prédios; vazamento de gás; insalubridade, etc.
Por isso, quando ocorreu a explosão de um restaurante na Praça Tiradentes, no Centro do Rio, acreditava-se que haveria maior atenção em relação ao fato.
Prédios caindo na cidade, infelizmente, não é novidade. A memória das pessoas às vezes é curta e logo tendemos a esquecer episódios como o da tragédia do Edifício Palace II, na Barra da Tijuca, ocorrido em um domingo de carnaval, em 1998, construído pelo empresário e ex-deputado federal Sérgio Naya, que desabou devido ao comprometimento de seus pilares de sustentação.
A cidade registra muitos episódios em que a falta de fiscalização pelo Poder Público resulta em acidentes graves. Os três prédios que ruíram no Centro do Rio na quarta-feira, 25 de janeiro, representam mais uma lição entre muitos que não são aprendidas pelas autoridades competentes.
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Prefeito ovacionado
No aniversário de 458 anos de São Paulo (25 de janeiro), o prefeito Gilberto Kassab (PSD) foi literalmente “ovacionado” por cerca de 200 populares que cercaram seu carro, quando ele saía da Catedral da Sé, no coração da cidade. O automóvel foi apedrejado, com os manifestantes atirando ovos, pedaços de paus, pedras e até lixeiras no veículo.
Nada se justifica a violência, mas há casos em que a população acaba perdendo a paciência com a classe política.
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Via Candelária
No caos formado no trânsito do Rio, com a tragédia da queda de três edifícios, muitos motoristas de vans passaram a fazer o término da viagem na Candelária, deixando de trafegar pela Avenida Rio Branco e imediações. As pessoas que se aventuraram a ir para o trabalho tiveram de fazer uma boa caminhada.
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Mengão nas alturas
O Flamengo foi derrotado na altitude de 4 mil metros e temperatura de quase zero graus em Potosí, na Bolívia. O adversário venceu por 2 a 1. Agora o Mengão terá de dar o troco na partida de volta. Para isso, bastará vencer os bolivianos por um a zero, no mínimo.
Vagner Love chega em clima de festa nesta quinta e será apresentado aos torcedores oficialmente na sexta-feira.
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Concurso do INSS
Quase um milhão de pessoas (916.210 candidatos) irão participar do concurso do INSS, no qual são oferecidas 1.500 vagas para técnicos (904.459 inscritos) e 375 vagas para médicos (11.760 inscritos).
A turma deverá meter “a cara nos livros”, pois a prova está prevista para 12 de fevereiro.
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SILÊNCIO NA GÁVEA –
Provocação do tricolor Márcio Bandeira: “ Super Mengão perde pra time de mineradores da bonita cidade do noroeste boliviano !!! Que coisa feia hein !!!! Rs..."
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Marinha na Feira do Livro
“260 anos do povoamento açoriano no RS” é o tema da 39ª edição da Feira do Livro da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), uma homenagem aos imigrantes açorianos que chegaram ao Rio Grande do Sul em 1752. A Marinha do Brasil (MB), por intermédio do Comando do 5º Distrito Naval, participará do evento, que terá início no dia 26 de janeiro e se estenderá até o próximo dia 5 de fevereiro, na Praça Dídio Duhá, no balneário Cassino, das 19h às 22h30.
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OAB de Niterói
O presidente OAB de Niterói, Antonio José Barbosa da Silva, informa que continua mantendo conversações com o Bradesco para a ocupação do espaço deixado pelo Itaú no segundo andar da sede da entidade, que fica ao lado do posto do Banco do Brasil, para dar continuidade ao trabalho realizado pelo Itaú quanto ao recebimento da Grerj.
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Funcraf contrata médico
A Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Crânio-Faciais (Funcraf), instituição associada do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho) da USP em Bauru, está recebendo inscrições para processo seletivo que vai contratar um médico otorrinolaringologista para a unidade ambulatorial de Itapetininga (interior de São Paulo). As inscrições serão recebidas até o dia 1º de fevereiro, na unidade da Funcraf em Itapetininga, na (Av. Pe. Antonio Brunetti, 1.262, Vila Rio Branco Itapetininga), de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13 às 17 horas, ou via correio, e também na sede da Funcraf em Bauru, (Rua José Ferreira Marques, 10-54, Vila Universitária, de segunda a sexta, das 8 às 17 horas.
O edital completo pode ser consultado no site da Funcraf.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
SBT e Globo: a notícia no ritmo do patrão
“Camelô na conversa ele vende algodão por veludo. Não tem
bronca porque nesse mundo tem bobo pra tudo” (Manoel Brigadeiro)
A Luiza, aquela famosa que estava no Canadá, depois de repercutir nas redes sociais ganhou a mídia “tradicional” televisiva. A Globo saiu na frente e levou a “celebridade” diretamente para seus estúdios, onde pontificou, dando autógrafos e deixou-se fotografar com o próprio âncora de um dos jornais matutinos.
Querendo-se ou não, tudo o que é notícia — por mais irrevelante que seja — acaba ganhando o noticiário dos jornais, revistas, rádio ou televisão. Isso se dá, porque, a mídia de maneira geral depende de audiência. É a audiência que atrai os patrocinadores, tanto privados como público.
Os meios de comunicação de massa, como o nome está dizendo é voltado para o grande público. Ele trabalha dentro de uma estrutura comercial. O patrão precisa pagar impostos, luz, gás, empregados, etc. Se o seu veículo dá prejuízo, os salários atrasam, as grandes contratações e projetos são engav etados e se houver bobeira, da noite para o dia, o desastre se torna inevitável, com a falência surgindo rapidamente.
Quando a emissora é estatal, pode se dar ao luxo de experimentalismos; de não ligar para a questão da audiência. Nesse caso, o Estado banca tudo (ou seja, com o dinheiro dos contribuintes). Em muitos casos, elas podem até servir como cabides de emprego.
No Brasil, os meios de comunicação seguem uma ótica própria de um estado capitalista, onde o lucro deve ser perseguido a todo o custo.
A Luiza, nesse caso, passa a ser mais importante que tudo. A Globo teve essa percepção e foi atrás da audiência.
O âncora do SBT, como o Flamengo que perdeu o Tiago Neves para o Fluminense, teve de caminhar por outra linha e na abertura do jornal de sua emissora aparece fazendo análise crítica sobre o episódio, alegando que nós já fomos mais inteligentes.
Talvez, a nossa inteligência tenha ficado enterrada no baú que o patrão enterrou em algum quintal do circo dominical que há anos tem divertido milhares e milhares de pessoas.
A Luiza é de verdade uma bobeira como qualquer outra que de vez em quando aparece no nosso dia a dia.
Tivesse ela aportado no programa do Patrão e o discurso seria outro.
Mas, enquanto isso, muitos se deixam levar pelo mundo da fantasia do que Stanislaw Ponte Preta denominou de “máquina de doidos”.
Bobo é quem compra essa briga, sem ganhar nada.
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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Abandono do navio
E quantas vezes também pulamos do barco, quando deveríamos ser o último a sair? Quantas
vezes colocamos as crianças em último lugar da fila, passando por cima dos verdadeiros
direitos delas. Elas que por serem as mais novas na chegada ao planeta deveriam ser as mais
protegidas, entre todos, na continuidade da vida humana. E da mesma forma atropelamos as
mulheres, jogando-as para baixo cada vez mais, iludindo-as com a conversa fiada de que as
estamos elevando. E, descartamos os mais velhos como fardo pesado a ser carregado e
desdenhamos de suas possíveis lições e experiências? Quantas vezes, nós, que somos os
verdadeiros comandantes também afundamos nossos corpos em direção às rochas e fazemos
naufragar nossas almas levados pela ganância, egoísmo, maledicência e tudo o mais que
deveríamos renunciar, justamente, por sermos o comandante do navio? E nós que tão facilmente
julgamos e repelimos com veemência todos aqueles que nos querem julgar?
vezes colocamos as crianças em último lugar da fila, passando por cima dos verdadeiros
direitos delas. Elas que por serem as mais novas na chegada ao planeta deveriam ser as mais
protegidas, entre todos, na continuidade da vida humana. E da mesma forma atropelamos as
mulheres, jogando-as para baixo cada vez mais, iludindo-as com a conversa fiada de que as
estamos elevando. E, descartamos os mais velhos como fardo pesado a ser carregado e
desdenhamos de suas possíveis lições e experiências? Quantas vezes, nós, que somos os
verdadeiros comandantes também afundamos nossos corpos em direção às rochas e fazemos
naufragar nossas almas levados pela ganância, egoísmo, maledicência e tudo o mais que
deveríamos renunciar, justamente, por sermos o comandante do navio? E nós que tão facilmente
julgamos e repelimos com veemência todos aqueles que nos querem julgar?
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Eles não viram o Barcelona
A temporada de futebol no Brasil já teve início, com a Copinha de São Paulo, na qual surge a expectativa da revelação de alguns novos talentos para o futebol brasileiro, que no momento é tão carente de craques, especialmente no meio campo, onde praticamente é decidido o resultado dos jogos. Pelo visto, a garotada e os técnicos não assistiram a famosa decisão do Mundial de Clubes entre Barcelona e Santos, na qual o time espanhol adotando o estilo do velho futebol brasileiro deu uma aula de bola nos garotos da Vila. Na Copinha continua prevalecendo os chutões, a correria desordenada, a pouca intimidade com a bola e o excesso de individualismo em vários lances.
A equipe do Flamengo, campeã do ano passado, chegou a São Paulo exibindo total arrogância, achando que poderia eliminar facilmente os desconhecidos adversários. Muitos jogadores por já terem estreado no limitado time profissional achavam que podiam decidir os jogos a qualquer hora. A única coisa que o time comandado por Paulo Henrique parece ter aprendido bem, com os marmanjos é a de fazer a coreografia na hora do gol, sem saber que futebol só acaba quando o juiz dá o apito final. Até a comemoração comedida do Barcelona ao ganhar o maior título do futebol mundial não serviu de lição.
O futebol da garotada que deveria ser a grande escola de implantação do bom toque de bola, característica antiga do jogador brasileiro, também rendeu-se ao futebol força na qual se destaca o garoto "parrudão" e "botinado", que entra em cada lance no melhor estilo do futebol americano, só faltando as armaduras. Entre os mais jovens repetem-se os velhos vícios do futebol dos adultos e pouco se herda das qualidades.
Como muitos talentos jovens, mesmo antes de formados acabam sendo transferidos para o exterior (há jogadores brasileiros em tudo que é canto, inclusive no Vietnã), a categoria de base não tem tido tempo suficiente para armar novas e poderosas equipes. Desse modo, o novato chega ao time de time sem a formação ideal e na vitrine o sonho passa a ser o de conseguir algum destaque, o que não é difícil devido a baixa qualidade das equipes, com o objetivo de conseguir transferência para qualquer time no exterior.
Da mesma maneira as equipes perderam a identidade. Seus jogadores principais de verdade pertencem a empresários, com o cluble, quando tem, possuindo mínima participação. Caso típico foi o de Ronaldinho Gaúcho, o clube honrou a sua parte nos pagamentos, mas a empresa detentora do passe, no primeiro descontentamento, suspendeu os salários do atleta. Em outros clubes o problema também é idêntico. Alguns descobriram a fórmula milagrosa do Mega Supervisor, com salários super atraentes. Mas o time de futebol que é a essência do próprio crescimento de cada clube, continua sendo tratado na base do chutão.
Dirigentes, técnicos e jogadores parece que não viram o Barcelona.
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A equipe do Flamengo, campeã do ano passado, chegou a São Paulo exibindo total arrogância, achando que poderia eliminar facilmente os desconhecidos adversários. Muitos jogadores por já terem estreado no limitado time profissional achavam que podiam decidir os jogos a qualquer hora. A única coisa que o time comandado por Paulo Henrique parece ter aprendido bem, com os marmanjos é a de fazer a coreografia na hora do gol, sem saber que futebol só acaba quando o juiz dá o apito final. Até a comemoração comedida do Barcelona ao ganhar o maior título do futebol mundial não serviu de lição.
O futebol da garotada que deveria ser a grande escola de implantação do bom toque de bola, característica antiga do jogador brasileiro, também rendeu-se ao futebol força na qual se destaca o garoto "parrudão" e "botinado", que entra em cada lance no melhor estilo do futebol americano, só faltando as armaduras. Entre os mais jovens repetem-se os velhos vícios do futebol dos adultos e pouco se herda das qualidades.
Como muitos talentos jovens, mesmo antes de formados acabam sendo transferidos para o exterior (há jogadores brasileiros em tudo que é canto, inclusive no Vietnã), a categoria de base não tem tido tempo suficiente para armar novas e poderosas equipes. Desse modo, o novato chega ao time de time sem a formação ideal e na vitrine o sonho passa a ser o de conseguir algum destaque, o que não é difícil devido a baixa qualidade das equipes, com o objetivo de conseguir transferência para qualquer time no exterior.
Da mesma maneira as equipes perderam a identidade. Seus jogadores principais de verdade pertencem a empresários, com o cluble, quando tem, possuindo mínima participação. Caso típico foi o de Ronaldinho Gaúcho, o clube honrou a sua parte nos pagamentos, mas a empresa detentora do passe, no primeiro descontentamento, suspendeu os salários do atleta. Em outros clubes o problema também é idêntico. Alguns descobriram a fórmula milagrosa do Mega Supervisor, com salários super atraentes. Mas o time de futebol que é a essência do próprio crescimento de cada clube, continua sendo tratado na base do chutão.
Dirigentes, técnicos e jogadores parece que não viram o Barcelona.
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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Recado do Repórter
1º de janeiro: primeira caminhada
É preciso manter a vontade de caminhar
Comércio fechado. Uma ou outra farmácia aberta. Bancas de jornais totalmente fechadas, a salvação é um tradicional
vendedor ambulante que aparece sempre em datas especiais e garante a venda dos principais jornais com as notícias
das festas de fim do Ano Velho. Caminhar pela estrada deserta é colocar em prática uma das promessas para o Ano
Novo — são 30 minutos de ida e volta —.
Alguns outros poucos caminhantes estão em marcha um bêbado passa dando feliz Ano Novo. Uma velha padaria
exibe os primeiros frangos na TV dos cachorros. Três cachorros próximos a um posto de gasolina brigam por uma
carniça de um saco de lixo ou resto de ceia. Poucos ônibus e carros transitam pela estrada. O bairro em ressaca
vez em quando ouve um foguete espoucar ao longe. O jornal registra a morte de um jovem e talentoso jornalista
do Estadão (Daniel Pizza - 41 anos). O forte do noticiário, no entanto, é a queima de fogos na virada do ano, com
estaque para as áreas da cidade pacificada e o pioneirismo de fotos feitas na área. No 1º de janeiro, a cidade também
parece que dá a sua primeira caminhada. Resta saber se ela terá segmento ou cairá na acomodação de ver a vida
passando no brilho colorido da tela da televisão ou nas páginas que se multiplicam na internet. Um 2012 que pode
ser altamente promissor. Tudo dependerá da nossa energia e vontade de caminhar.
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É preciso manter a vontade de caminhar
Comércio fechado. Uma ou outra farmácia aberta. Bancas de jornais totalmente fechadas, a salvação é um tradicional
vendedor ambulante que aparece sempre em datas especiais e garante a venda dos principais jornais com as notícias
das festas de fim do Ano Velho. Caminhar pela estrada deserta é colocar em prática uma das promessas para o Ano
Novo — são 30 minutos de ida e volta —.
Alguns outros poucos caminhantes estão em marcha um bêbado passa dando feliz Ano Novo. Uma velha padaria
exibe os primeiros frangos na TV dos cachorros. Três cachorros próximos a um posto de gasolina brigam por uma
carniça de um saco de lixo ou resto de ceia. Poucos ônibus e carros transitam pela estrada. O bairro em ressaca
vez em quando ouve um foguete espoucar ao longe. O jornal registra a morte de um jovem e talentoso jornalista
do Estadão (Daniel Pizza - 41 anos). O forte do noticiário, no entanto, é a queima de fogos na virada do ano, com
estaque para as áreas da cidade pacificada e o pioneirismo de fotos feitas na área. No 1º de janeiro, a cidade também
parece que dá a sua primeira caminhada. Resta saber se ela terá segmento ou cairá na acomodação de ver a vida
passando no brilho colorido da tela da televisão ou nas páginas que se multiplicam na internet. Um 2012 que pode
ser altamente promissor. Tudo dependerá da nossa energia e vontade de caminhar.
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