Nas recordações da infância, na época do Papai Noel, um dos presentes mais marcantes que recebi de meus
pais foi um jogo de botão, com as equipes do Flamengo – o meu time – e o do Fluminense – o do meu pai.
Lembro que tinha uns 4 ou 5 anos e na volta à noite, da casa de minha avó, quando retornamos para o aconchego doméstico, eu e minhas irmãs entramos em casa a procura dos presentes. Elas foram as primeiras a achar, mas eu tive grande dificuldade e minha mãe deu uma dica para que olhasse na gaveta de roupa do armário. Foi o que fiz e lá estava o esperado jogo de botão. Durante todo o ano, quando não tinha parceiro costumava jogar sozinho e na maioria das vezes – ou melhor todas as vezes – o Flamengo saia vencedor. Eu procurava ser bastante imparcial, mas, não tinha jeito: Chamorro, Tomires e Pavão, Jadir, Dequinha e Jordan. Joel, Moacir, Henrique Dida e Babá. O Mengo, no chão da sala da minha casa, era um timaço.
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