Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Copa do Mundo

LÁ VEM O BRASIL
ROLANDO A LADEIRA

Cinco vezes campeão do mundo, o Brasil apesar de ser respeitado pelo seu futebol parece estar no momento rolando uma ladeira e se medidas não forem tomadas, certamente, acabará sendo um mero figurante em Copas.
Como um dos maiores exportadores de atletas para todo mundo, muitos dos quais vão para o exterior ainda criança, o país vem aos poucos perdendo sua identidade futebolística e em termos de seleção a conjuntura social e política contribui para que o próprio povo viva um clima de desilusão com "a pátria em chuteira".
Apesar de bem intencionado, o técnico Tite (que não sabe se cai fora ou se compra um frango) errou ao estimular o "endeusamento" da estrela Neymar, que por sua imaturidade, inclusive futebolística, fez com que a seleção criasse em torno dele uma dependência desnecessária. Nesta Copa, Neymar abusou do individualismo infrutífero com as grotescas cenas de rolamento pelo gramado.
Tite também se equivocou com o tal rodízio de capitão, tirando a identidade do posto e impedindo que surgisse realmente um comandante dentro do campo, capaz de segurar o ímpeto da equipe em  certos momentos ou de colocar ordem na casa quando necessário.
Preocupada com modelo do cabelo, com tatuagens e outros penduricalhos, a seleção passou para o torcedor a ideia de uma equipe sem foco, nadando em um mar de vaidade e individualismo.
O técnico superestimou a importância de convocar atletas que atuam no estrangeiro, em detrimento dos que vestem com bravura as camisas das equipes nacionais e mais identificado com o modo de jogar bola do brasileiro, algo que nos fez tanta falta no mundial.
A Copa da Rússia mostrou que a história do Davi vencendo Golias continua válida. O Brasil como outras seleções acharam que camisa ganhava jogo. Levamos uma pedrada na cabeça e rolamos por terra. Resta saber se teremos humildade, planejamento e competência para levantar a poeira e dar a volta por cima. (Mauricio Figueiredo, editor do Ardbola)

Nenhum comentário:

Postar um comentário