Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Mensalão: chega de "aves de rapina"






País não tolera mais assaltos aos cofres públicos


 Há quem diga que a roubalheira começou quando a primeira caravela de Cabral aportou na Terra de Santa Cruz, continuando pela Vera Cruz e se consolidando no, finalmente, Brasil. A roubalheira do passado, no entanto, não é justificativa para que o povo e a sociedade brasileira continuem aceitando essa série de crimes (que resultam em mortes de pessoas sem acesso a uma saúde adequada, a habitação digna, a saneamento exemplar, a educação de qualidade, ao lazer prazeroso e ao trabalho mínimamente bem remunerado), cujo cálculo por baixo é apontado como de cerca de 50 bilhões de reais desviados anualmente dos cofres públicos.

Cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) fazer um julgamento histórico, dando aos réus do processo todo direito à defesa, mas usando da firmeza necessária na aplicação da punição, quando as provas forem mais que evidente. O povo brasileiro está cansado de julgamentos que no fim de tudo acabam no que popularmente passou a ser chamado de pizza.

Se realmente houve roubalheiras no passado (desde a caravela de Cabral) são fatos que não justificam mais a continuação dessa perversa trilha em pleno século XXI.

O Brasil que caminha firme para se tornar a quinta maior economia do mundo, não pode mais tolerar a convivência com as suas "aves de rapina".

A roubalheira, a politicagem espúria, o assalto aos cofres públicos, o preenchimento de vagas na administração direta e indireta por meio de ação entre amigos não devem ter mais espaço. A punição exemplar dos culpados pelo Mensalão pode ser o caminho para um novo Brasil e consolidação de nosso Estado democrático. Esse é, sem dúvida, um momento histórico.

Mauricio Figueiredo

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