Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

De chafariz a estátua de Renato Russo: o dinheiro público



"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã"
 
 
 
Marco do governo Cesar Maia, na Ilha do Governador, dois imponentes chafariz (apelidados pela população de Bráulios) são exemplos claros da maneira como o poder público gasta o dinheiro do contribuinte ao seu bel prazer.

Com imponentes ladrilhos que eram para brilhar à noite com a água a jorrar, os elefantes brancos situados no bairro da Portuguesa, na Estrada do Galeão, em pouco tempo foram relegados ao abandono, servindo de foco de mosquito e um deles para abrigo de mendigos. 

Uma das passarelas erguida nas imediações também teve as lâmpadas arrancadas e por defeito de construção, em dias de chuvas, apresentam várias goteiras. A maioria das pessoas dá preferência ao sinal existente no local, evitando a passarela, praticamente, abandonada.

O ex-prefeito que construiu outras obras consideradas absurdas, entre as quais a cidade da música, reaparece no cenário político, com a informação de não possuir mais rendimento, tendo doado seu dinheiro para terceiros.
Agora na Ilha, o atual alcaide, em boa hora, mandou derrubar um dos chafariz, dando lugar a uma pracinha furreca (sem árvores, sem brinquedos) em um espaço exíguo, na qual foi colocada uma estátua do Legião Urbana, Renato Russo.

O ex-líder da Legião nasceu na Ilha do Governador, onde passou a infância e adolescência, antes de mudar para Brasília, com os pais. A informação é de que voltou a residir na Ilha, nos seus últimos dias de vida, tendo morrido em 1996, aos 36 anos de idade.

Uma justa homenagem a um jovem poeta, cultuado por muitos. Ao elaborar a estátua, o artista Ique foi providencial, colocando Renato Russo, agarrando de maneira firme o microfone, parecendo cantar um de seus muitos sucessos. 

Pelo menos, roubar o microfone do líder do Legião parece ser tarefa difícil, como é comum com outros homenageados, a exemplo do óculos de Drummond, na Praia de Copacabana.

Ou quem sabe, no futuro, outro governante apresentar novo projeto para a área, deslocando a estátua para outro local. 

Para a população, em si, na da muda. Como cantava Renato Russo “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”.
 
 

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