QUANDO OS DEMÔNIOS GOVERNAM
Com duas cidades riscadas do mapa na II Guerra Mundial atingidas por bomba atômica lançadas pelos Estados Unidos e totalmente destruído após a rendição, o Japão conseguiu se reerguer apostando em um velho remédio do passado que permitiu seu crescimento, mesmo sem ter agricultura, petróleo e outros bens materiais: a EDUCAÇÃO para a qual destinou parte expressiva do PIB.
Esse Japão que figura atualmente como um dos maiores países do mundo em qualidade de vida, ao término da guerra recebeu a intervenção norte-americana com presença de tropas comandadas pelo general Macartur. A presença do exército vencedor não impediu o reerguimento do país. Barbosa Lima Sobrinho, escritor, jornalista, político, e ex-presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), conta um pouco dessa história em seu "Japão, o capital se faz em casa".
Da mesma forma, a Alemanha destruída pela aventura hitlerista saiu do escombro por meio da força dada a Educação de suas crianças e jovens. O país ao término da II Guerra foi divido ao meio formando duas Alemanhas, com a reunificação só ocorrendo, em 1989, com a queda do Muro de Berlim.
Outro exemplo clássico é o da Coreia do Sul que até meados dos anos 60 figurava como um dos países mais atrasados da Ásia, com a economia e índice de qualidade inferiores ao do Brasil, e reverteu o quadro também ao priorizar a Educação. Os países nórdicos também possuem elevada qualidade de vida com a Educação sendo colocada como um dos motivos. A Finlândia é o exemplo da atualidade.
Não há segredo: investimentos em recursos humanos possibilitam crescimentos maiores e mais sólidos do que os efetuados em maquinários, etc. A constatação foi feita por um prêmio Nobel de Economia, Theodore Shultz.
No Brasil, no entanto, a Educação sempre foi colocada como matéria de segundo plano, em que pese os discursos retumbantes por vezes de governantes, como Getúlio que a colocava como "matéria de salvação nacional".
Quando tudo falha, procura-se por heróis e salvadores da pátria. Há os que clamam inclusive intervenção militar, sonhando com um paraíso de cemitérios em que reina a paz absoluta.
A Educação, no entanto custa caro. O Brasil tem optado por obras faraônicas como a construção de Brasília, Transamazônica, usinas nucleares, estádios megalomaniacos de futebol, bolsas misérias, bolsas presidiários, bolsas partidos políticos, etc.
A falta de cultura de nosso povo, não apenas no aspecto curricular da educação, mas na formação de verdadeiros cidadãos é campo fértil para a proliferação de políticos de carreiras que passam o cetro para seus herdeiros e aliados perpetuando a construção de uma falsa democracia que nunca se consolida, por meio do oportunismo de esquerda, direita e centro, que usufruem da benesse da bagunça geral, na qual o demo de governo do povo passa a figurar como demo do governo dos demônios. (Mauricio Figueiredo)
Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
quinta-feira, 31 de maio de 2018
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