Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

sábado, 10 de novembro de 2018

Era Bolsonaro

ENEM VAI TER
BANCA MILITAR

As questões da versão 2018 do ENEM repercutiram negativamente no âmbito do futuro governo. Ao inserir na pauta do exame a problemática LGBT, muitos entenderam o fato como uma contestação da atual banca examinadora. O recado foi dado e o próprio presidente eleito anunciou que em seu governo o Enem terá uma nova roupagem. Jair Bolsonaro chegou a enfatizar que ele mesmo vai ter interesse de olhar as questões antes delas serem aprovadas.
Talvez haja exagero no presidente eleito passando a limpo as questões do Enem, mas o modelo 2018 representou o "último baile do Fiscal" de um estilo de educação que há muito é contestado por setores conservadores. Critica-se, de modo geral, um alto conteúdo ideológico na educação brasileira que viceja desde o ensino médio e passa a ser a marca registrada do ensino superior, tanto na área pública como privada.
Na avaliação dos educadores adeptos do futuro governo, o mal da raiz está justamente no Enem, pois, com sua formatação ideológica acaba influenciando de maneira forte o ensino médio, tanto o público como o privado. Eles alegam que tanto as escolas como os pais querem ver o sucesso dos alunos e filhos e por isso, não há maior contestação ao que chamam de educação esquerdizante.
Para o novo Enem, a partir de 2019, professores que atuam na área militar (Colégios Militares e das unidades do Exército, Marinha e Aeronáutica, a exemplo o Colégio Naval, em Angra dos Reis, deverão ser acionados para compor a nova banca examinadora).
O exame de acesso ao ensino superior deverá contribuir para a implantação em larga escala do que os adeptos do futuro governo chamam de "escola sem partido". A análise é de que a educação brasileira mantém um anacronismo de viés socialista, desconhecendo o desmoronamento do bloco soviético, a queda do muro de Berlim em 1989 e o fim do chamado socialismo real, insistindo em um modelo fora dos padrões do que chamam mundo civilizado ocidental.
A chamada Era Bolsonaro terá um grande componente na Educação e o novo ministro deverá estar afinado com este perfil. Da mesma forma, a Cultura será atingida com um novo padrão de estímulo à artistas até agora colocados em segundo plano, em detrimento dos que também são vistos como estimuladores da bandeira socialista hasteada de maneira quase hegemônica nos meios de comunicação.
Hino Nacional, hasteamento da bandeira, estímulo ao uso do uniforme, punição severa aos atos de indisciplina em sala de aula e na escola, ensino religioso, ética e moral e cívica. Vem aí, a escola sem partido. (Mauricio Figueiredo)

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