Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
O dia em que o Brasil acreditou que poderia ser grande
3 de outubro: 60 anos da Petrobras
Por Mauricio Figueiredo
Desde o período colonial havia indícios da existência de petróleo no país. Contudo, durante muito tempo, muitos defendiam a ideia de que a exploração do chamado "ouro negro" pelo Brasil era contraproducente, pois as reservas eram insignificantes. Outros argumentavam que o país não tinha capacidade técnica para promover a exploração e se algum dia isso ocorresse deveria caber a grupos estrangeiros.
O início de tudo ocorreu quando o Marquês de Olinda concedeu a José de Barros Pimentel o direito de extrair betume em terrenos situados nas margens do rio Maraú, na Bahia, em 1858. Mas, a primeira jazida de petróleo só foi descoberta em 1939, no bairro de Lobato, na periferia de Salvador.
A partir daí começou a crescer a conscientização da importância da exploração do petróleo, caso quisesse de fato ser independente e passar de um simples país agrícola para uma fase de franca industrialização, como ocorria com as grandes nações no mundo. Houve, no entanto quem dissesse que o Brasil não deveria abandonar sua vocação agrícola.
Entre os que pensavam diferente estava o escritor paulista Monteiro Lobato, autor da frase célebre "O petróleo é nosso", despertando entre os brasileiros a campanha nacionalista deflagrada a partir de 1946 em defesa da soberania nacional sobre o recurso natural. O sucesso da campanha resultou no surgimento, sete anos depois, da Petrobras.
Foi em 3 de outubro de 1953, que o presidente da República Getúlio Vargas assinou a Lei No. 2004 durante cerimônia no Palácio do Catete, criando a Petrobras. Ela dispõe sobre a política nacional de petróleo e define as atribuições do Conselho Nacional de Petróleo. Institui a sociedade por ações do petróleo brasileiro como sociedade anônima e dá outras providências.
Contudo, durante muito tempo, muitos defendiam a ideia de que a exploração do chamado "ouro negro" pelo Brasil era contraproducente, pois as reservas eram insignificantes. Outros argumentavam que o país não tinha capacidade técnica para promover a exploração e se algum dia isso ocorresse deveria caber a grupos estrangeiros.
Vargas, na ocasião, declarou que “… a Petrobras assegurará não só o desenvolvimento da indústria petrolífera nacional, como contribuirá decisivamente para eliminar a evasão de nossas divisas. Constituída com capital, técnica e trabalho exclusivamente brasileiros, a Petrobras resulta de uma firme política nacionalistas no terreno econômico, já consagrada por outros arrojados empreendimentos em cuja viabilidade sempre confiei.”
Desde os primeiros passos, em 1930, quando o engenheiro agrônomo Manoel Inácio Bastos tomou conhecimento de que os moradores de Lobato, na Bahia, utilizavam uma “lama preta”, oleosa, para iluminar suas residências, passando a realizar pesquisas e coletas de amostras da lama oleosa, sendo considerado, na época, por muitos que seguiam a tese de que o Brasil não possuía petróleo, como "maníaco" até o surgimento da Petrobras - a maior empresa estatal brasileira e entre as maiores do mundo - o sonho de muitos brasileiros tornou-se realidade, criando as condições para o país crescer e avançar em muitas outras áreas.
Líder mundial em tecnologia para exploração de petróleo em águas profundas, a empresa tem agora o desafio de estabelecer parcerias para a retirada de óleo em águas ultraprofundas na camada pré-sal.
O binômio educação-tecnologia, no qual a Petrobras dá contribuição inestimável, é fundamental para que o Brasil consiga o grande ideal de um desenvolvimento sustentável, no qual a sua população não figure como mero espectador, mas, principalmente, como agente desse crescimento. Nesse aspecto, educação de qualidade passa a ser a palavra de ordem.
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