Uma velha amiga me telefona. Diz estar passando por um problema de ordem sentimental. Estranho ser eu o procurado, com tantos psicólogos, conselheiros e mesmo outros amigos ou amigas mais qualificados. Ela diz que vê em mim uma pessoa segura (é importante saber como outros olhos nos vêem) e que lembrou de muitas de nossas conversas nos intervalos do curso de Inglês. Apenas - como manda o figurino - fiquei a escutá-la. Nessas horas, as pessoas necessitam mais de um ouvido do que de uma boca, mesmo que amiga. Ela fala de um "relacionamento". De um antigo namorado e que chegaram até a ficar noivos. Fala de brigas e reconciliações, como algo doentio. E, conta que agora tomou uma decisão de não reatar mais e procurar um novo caminho. Contudo, assinala que ele vive insistindo pela nova reconciliação, mas ela definitivamente não quer mais. E, finalmente, explica no que posso contribuir. Me pede uma sugestão para que explique de vez ao ex-namorado que tudo está definitivamente terminado.
Penso um momento, e o que me vem a cabeça é "A Fonte Secou", de Monsueto Menezes, e então começo a cantar a música para ela. Do outro lado do telefone, vem a sonora gargalhada e o "muito obrigado. Você é o máximo".
Acho que vou abrir um consultório sentimental. Para quem precisar:
A fonte secou
Monsueto Menezes
Eu não sou água
pra me tratares assim
só na hora da sede
é que procuras por mim
a fonte secou
quero dizer que entre nós
tudo acabou
teu egoísmo me libertou
não deves mais me procurar
a fonte do meu amor secou
mas os teus olhos nunca mais hão de secar
Eu não sou água
pra me tratares assim
só na hora da sede
é que procuras por mim
a fonte secou
quero dizer que entre nós
tudo acabou
teu egoísmo me libertou
não deves mais me procurar
a fonte do meu amor secou
mas os teus olhos nunca mais hão de secar
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