Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Em defesa dos concursos


Raízes da corrupção


Concursos são saída contra empreguismo


Depois do Ministério dos Transportes, 
ocasionando o afastamento do ministro, 
diversos outros órgãos da administração 
pública são alvos de denúncias de corrupção, 
fraudes, irregularidades, obrigando 
a presidente Dilma Rousseff a promover 
uma "limpeza" da casa. 


Até que ponto essa faxina terá 
a profundidade necessária, com o objetivo 
de fazer com que o dinheiro público seja 
realmente utilizado nos interesses da 
população, é a dúvida que fica. 


Uma coisa é certa, esse mar de lama já 
vem atravessando diversos governos, às 
vezes transbordando em demasia e em 
outras ficando próximo da superfície. Ele
tem a sua raiz justamente na utilização da 
máquina pública como instrumento de
barganha política. 


O Brasil tem excessivo número de cargos 
de confiança, onerando a máquina pública 
sem torná-la eficiente. Um exemplo disso 
são as agências governamentais, com 
exceções, campeãs em ineficiência. 


O próprio governo alimenta em seu 
redor 37 ministérios, muitos dos 
quais que não resistiriam sequer a função 
de simples secretarias. Esse inchamento 
da máquina administrativa faz com que 
haja um descompasso, pois, setores 
prioritários são deixados de lado, sem 
contar com número de servidores em
número adequado para um bom 
funcionamento.


 Esse é o caso da Polícia Rodoviária
 Federal (PRF) e tantos outros órgãos 
públicos. A própria Previdência Social 
está em vias de aposentar cerca de 
13 mil servidores, que precisarão ser 
repostos. É importante que o governo 
conte com um eficiente quadro de 
servidores, mas para que esse ideal 
seja cumprido só há uma saída: 
a realização de concursos públicos 
democráticos, no qual prevaleça a 
competência. O atual quadro tem sido 
uma fonte constante de corrupção. 


A presidente Dilma só irá, efetivamente, 
solucionar o problema, se tiver a coragem, 
de em seu governo priorizar os concursos 
públicos, acabando de vez com o nefasto
reinado do favoritismo político.

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