Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
sábado, 29 de dezembro de 2012
Feliz Ano Novo
AJUDE A FAZER
DE 2013 UM ANO
MELHOR
Muitas coisas dependem dos governantes, da ação dos políticos,
dos partidos, instituições, igrejas, ongs e organismos nacionais
e internacionais. Mas, outras - e são muitas - dependem de nosso
comportamento e ação como cidadãos.
E vão de coisas simples
como as de não jogar papel na rua até outras um pouco mais
complexas, mas não impossíveis de serem feitas.
E muita coisa pode ser feita por nós, se deixarmos de lado a
nobre intenção de querer endireitar o mundo para começarmos
a consertar as coisas que nos são mais próximas.
E neste aspecto vale o sempre atual soneto
“A cada canto um grande conselheiro”, de Gregório de Matos:
A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana, e vinha,
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um freqüentado olheiro,
Que a vida do vizinho, e da vizinha
Pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha
Para a levar à Praça, e ao Terreiro.
Muitos Mulatos desavergonhados,
Trazidos pelos pés os homens nobres,
Posta nas palmas toda a picardia.
Estupendas usuras nos mercados,
Todos, os que não furtam, muito pobres,
E eis aqui a cidade da Bahia.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Aos amigos leitores
Mensagem de Natal
NASCEU O
MENINO JESUS
Que essa notícia mude a sua vida, fazendo
de você uma pessoa cada vez melhor e
importante para todos os que lhe são próximo.
E a boa nova é "amar ao próximo como a si mesmo".
Um feliz Natal e ótimo 2013
domingo, 16 de dezembro de 2012
AMACORD CABOCLO
Eu e o amigo Paulo Figueiredo recordando nosso encontro com
Taiguara em um festival universitário... Um artista que merece uma
revisão da obra e maior atenção do público jovem atual... Foi o mais
censurado pela ditadura militar...
Paulinho lembrou lances
importantes, como o fato de em plena abertura política ele ainda andar
pela vida temeroso, achando-se perseguido. São coisas que regimes de
exceção pode fazer em mentes sensíveis e talentosas como foi Taiguara,
um poeta que cantava o amor mas com conteúdo altamente crítico...
AMACORD CABOCLO 2
Gostaria de público de dizer que Paulo Fernando Figueiredo foi durante muito tempo companheiro, aliado em trabalho que realizamos diretamente no presídio Milton Dias Moreira, enfrentando todo tipo de barra para podermos ter contato com os presos... Foi em uma época barra pesada e na nossa indignação de jovens com o péssimo estado que os presidiários viviam - como ainda hoje - não deixamos de dar nossa modesta contribuição. Tem gente que olha de maneira depreciativa, quando digo que lá conhecemos o Prof. William que, na ocasião, só queria apoio para que muitos presos já com pena cumprida pudessem ganhar liberdade e também melhores condições (no que históricamente o advogado Sobral Pinto classificou de Direito de ser tratado como os animais - invocando o serviço de proteção aos animais). Fomos postos para correr do presídio e tempos depois William foi um dos fundadores da famosa Falange Vermelha... O resto é história. A triste história da omissão do poder público...
domingo, 9 de dezembro de 2012
A procura do Antonico
Um amigo me liga no fim de semana. Muitas
notícias, muitas novidades e no fim o lamento acompanhado de um pedido.
Em mais um passaralho nas redações de jornais acabou sobrando para um
colega nosso. Não em idade, pois um pouco mais moço. Não matusalém,
talvez um jovem-senhor com um ou dois filhos, que mais que isso nos dias
atuais é considerado falta de juízo. O amigo lamenta o fato de que não
há mais espaço para profissionais experientes. Segundo ele, experiência
só serve para atrapalhar. Muitos veículos de comunicação preferem
trabalhar com a garotada, saída das faculdades e com bastante energia e
esperança em relação à profissão. Na avaliação dele, os mais velhos são
muito críticos e sempre prontos a reclamar. E para dar exemplo faz
menção a manchete de um jornal do dia que ensinava o leitor a gastar o
13º. "A quem pode interessar isso? Será que o infeliz, coberto de
dívidas, não sabe o que fazer com o 13º?", esbraveja.
Prefiro ouvir calado e não me meter em seara alheia. Acho que cada um sabe onde lhe dói o calo e o que para nós pode parecer idiotice pode ser algo genial, confirmado pelos aumentos de vendas e com isso a preservação de empregos, algo tão difícil nos dias atuais, no qual muitos apregoam a extinção dos jornais impressos.
Eu não sei de nada disso. Acho que tanto o livro como os jornais possuem muito espaço. Talvez seja preciso encontrar, no caso dos impressos, um caminho que não seja mera repetição do que muitos já souberam no dia anterior, ouvindo rádio, assistindo televisão ou navegando pela internet. Os jornais do dia seguinte, muitas vezes são apenas o noticioso do óbvio já conhecido por todos. Mas, acho que isso é problema para a garotada nova que em tão pouco tempo já galga postos como chefia de reportagem, editorias, etc, coisa que no passado muitos tinham de ralar muito para conseguir.
Talvez a saída esteja mesmo na inexperiência, como na piada atribuída a uma cantora popular que confundiu a morte de Oscar Niemeyer com a do craque Neymar, levando-a as lágrimas. Muitas gafes também são cometidas por jovens repórteres, mas isso não é culpa deles. Também, nós veteranos também cometemos muitas e muitas, mas com a vantagem de que com o tempo a gente esquece e muitos dos que poderiam lembrar já bateram as botas.
O amigo me faz um apelo para que eu tente ver alguma colocação para o colega desempregado. Sinto-me o próprio Antonico da letra antológica de Ismael Silva. "Oh Antonico vou lhe pedir um favor, que só depende da sua boa vontade. É necessário uma viração pro Nestor que está vivendo em grande dificuldade. Ele está mesmo dançando na corda bamba. Ele é aquele que na escola de samba. Toca cuíca, toca surdo e tamborim. Faça por ele, como se fosse por mim...."
Digo o que vou ver o que posso fazer (mas no íntimo sem saber o que posso fazer). Nas minhas andanças vejo a gurizada esticando cordas entre árvores e postes e se equilibrando na corda bamba. Em um mundo em que a então poderosa Espanha tem metade da sua força de trabalho desempregada e a vizinha Argentina passa por sérias dificuldades em relação ao emprego fico pensando no futuro que nossos jovens e velhos-jovens como o amigo desempregado terão pela frente.
Por via das dúvidas, estico a corda no corredor do apartamento e tento também me equilibrar na corda bamba. Nunca se sabe o dia de amanhã e nunca se sabe se teremos pela frente um Antonico para resolver nossos problemas.
Um Antonico, que como nossos governantes, só precisa tem um pouco mais de boa vontade.
Prefiro ouvir calado e não me meter em seara alheia. Acho que cada um sabe onde lhe dói o calo e o que para nós pode parecer idiotice pode ser algo genial, confirmado pelos aumentos de vendas e com isso a preservação de empregos, algo tão difícil nos dias atuais, no qual muitos apregoam a extinção dos jornais impressos.
Eu não sei de nada disso. Acho que tanto o livro como os jornais possuem muito espaço. Talvez seja preciso encontrar, no caso dos impressos, um caminho que não seja mera repetição do que muitos já souberam no dia anterior, ouvindo rádio, assistindo televisão ou navegando pela internet. Os jornais do dia seguinte, muitas vezes são apenas o noticioso do óbvio já conhecido por todos. Mas, acho que isso é problema para a garotada nova que em tão pouco tempo já galga postos como chefia de reportagem, editorias, etc, coisa que no passado muitos tinham de ralar muito para conseguir.
Talvez a saída esteja mesmo na inexperiência, como na piada atribuída a uma cantora popular que confundiu a morte de Oscar Niemeyer com a do craque Neymar, levando-a as lágrimas. Muitas gafes também são cometidas por jovens repórteres, mas isso não é culpa deles. Também, nós veteranos também cometemos muitas e muitas, mas com a vantagem de que com o tempo a gente esquece e muitos dos que poderiam lembrar já bateram as botas.
O amigo me faz um apelo para que eu tente ver alguma colocação para o colega desempregado. Sinto-me o próprio Antonico da letra antológica de Ismael Silva. "Oh Antonico vou lhe pedir um favor, que só depende da sua boa vontade. É necessário uma viração pro Nestor que está vivendo em grande dificuldade. Ele está mesmo dançando na corda bamba. Ele é aquele que na escola de samba. Toca cuíca, toca surdo e tamborim. Faça por ele, como se fosse por mim...."
Digo o que vou ver o que posso fazer (mas no íntimo sem saber o que posso fazer). Nas minhas andanças vejo a gurizada esticando cordas entre árvores e postes e se equilibrando na corda bamba. Em um mundo em que a então poderosa Espanha tem metade da sua força de trabalho desempregada e a vizinha Argentina passa por sérias dificuldades em relação ao emprego fico pensando no futuro que nossos jovens e velhos-jovens como o amigo desempregado terão pela frente.
Por via das dúvidas, estico a corda no corredor do apartamento e tento também me equilibrar na corda bamba. Nunca se sabe o dia de amanhã e nunca se sabe se teremos pela frente um Antonico para resolver nossos problemas.
Um Antonico, que como nossos governantes, só precisa tem um pouco mais de boa vontade.
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