O cantor Jorge Goulart, de 86 anos, um dos grandes nomes da chamada "Era do Rádio", na década de 1950, morreu no sábado, 16 de março. Era casado com a cantora Nora Ney, outra grande artista da época. Um de seus grandes sucessos foi a marchinha carnavalesca "Cabeleira do Zezé", composta por João Roberto Kelly e Roberto Faissal.
Na época do politicamente incorreto, Goulart cantava: "Olha a cabeleira do Zezé. Olha a cabeleira do Zezé. Será que ele é? Será que ele é?"
Mas, a grande polêmica não foi, na ocasião, em torno da sexualidade do Zezé, na qual, conforme a canção pairava a dúvida se "será que ele é transviado?" e sim com relação a indação de que "será que ele é Maomé?" - levantada por alguns setores do islamismo.
Embora tendo grandes sucessos no carnaval, Jorge Goulart, também, foi o primeiro cantor a gravar o clássico “A voz do Morro” ( “eu sou o samba, a voz do morro sou eu mesmo sim senhor, quero mostrar ao mundo que tenho valor, eu sou o rei do terreiro”), de Zé Keti. Foi tamb ém puxador de samba de grandes escolas como a Império Serrano, Imperatriz Leopoldinense e Unidos de Vila Isabel.
Uma época em que não levávamos as coisas tão a sério.
Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
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