Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Ética em qualquer época

A ÉPOCA ATUAL
E A NORA DO BOLSONARO
Desde que me entendo por gente há uma ética jornalística que o passar dos anos acredito não deva ter modificado.
Lembro-me que nos diversos meios jornalísticos em que passei, no século passado nós jornalistas ao fazer uma gravação telefônica com um equipamento hoje tido como rudimentar, obrigatoriamente, avisávamos ao entrevistado do outro lado que uma gravação seria feita.
Da mesma forma que se honrava a fonte preservando seu nome, em uma entrevista levava-se em consideração quando o entrevistado pedia para falar em off. Ou seja, que seu nome fosse respeitado.
Hoje, vejo espantado o jornalismo-show da vida com a notícia ou melhor o sensacionalismo buscado a qualquer preço.
Na hora de confessar escolho o padre.
E em alguns casos: de quem eu gosto, nem as paredes confesso.
mauriciopfigueiredo@gmail.com

sábado, 7 de setembro de 2019

Setembro mês da Bíblia

Recado do Repórter

O PREFEITO QUE
CASSAVA LIVROS OU
O PREFEITO QUE
CAÇAVA LIVROS

Ao contrário de outros meios, o livro e a leitura dela consequente é quase que um ato individual, embora possa se ler coletivamente. Em verdade, lê-se muito pouco em todo mundo e ainda muito menos no Brasil repleto de analfabetos que vão desde aos que não foram as escolas até os graduados em alguma faculdade. Alega-se que só a cidade dos hermanos argentinos, Buenos Aires, sozinha tem mais livrarias que todo o Brasil (algo que não fere muito o orgulho nacional, mais preocupado com outros tipos de disputa, como a da beleza de nossas mulheres e para muitos também dos homens).
Por isso, o ato do prefeito do Rio de mandar recolher uma obra infantil da Bienal do Livro (rapidamente sustada pela justiça) parece algo extremamente infeliz, sobretudo por se tratar de um político que se diz originário de uma igreja evangélica. Para os cristãos em geral e com eles os irmãos judeus e islâmicos a leitura da Bíblia é algo da maior relevância, vendo-se aí o encontro com a própria Palavra de Deus. A leitura em busca da verdade é dito que liberta.
Recentemente, até o Mein Kampf (Minha Luta), de Adolf Hitler, acabou sendo liberado depois de grande polêmica. Proibir livro, em si, é algo extremamente inoportuno. Espera-se das pessoas maturidade na leitura de qualquer obra, sabendo elas mesmas separar o joio do trigo. Ou se for o caso deixar de lado qualquer obra que considere inconveniente ou que tenha pouco a acrescentar.
Agora mesmo, na área da literatura infantil as brilhantes Ruth Rocha e Ana Maria Machado completam 50 anos de maravilhosa carreira dedicada a escritos para as crianças. Na área dos Quadrinhos há muito de Mauricio de Souza e Ziraldo, entre outros.
Desse modo, a ação policial do prefeito do Rio só trouxe para a obra questionada todos os holofotes e mostra apenas como estamos empobrecidos em vários setores, entre os quais o mundo da política.
Tudo isso talvez pela falta geral da leitura.
Leia prefeito Crivella. Leia bastante. Principalmente a Bíblia, a Palavra de Deus. Setembro é o mês da Bíblia.

Mauricio Figueiredo - Agência Repórter Digital