Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

sábado, 28 de julho de 2012

Picareta: peça da engrenagem

O problema da democracia é que achamos sermos sempre os perfeitos. Somos os
iluminados capacitados a escolhermos os bons candidatos. Estamos sempre
alinhado no partido da justiça social e apto a construir o melhor futuro para o nosso
povo. Os candidatos adversários, os dos partidos que não são nossos aliados, são
aqueles que concentram os mais de 300 picaretas, os desonestos e os incapazes.

Os nossos picaretas e aliados picaretas são sempre melhores do que o dos adversários.
Criticamos o eleitor que por protesto ou opção escolhe votar nos candidatos tidos
como "grotescos", ignorando que muitos dos que apoiamos também possuem grande
telhado de vidro.

Quando a nossa turma, que antes não fazia acordo com a parte adversária, rasga a
cartilha e começa a se aliar com tudo e com todos, avaliamos o fato como estratégia
política e continuamos sonhando um sonho dos inocentes.

Não tememos o ridículo e tentamos vender aos outros o nosso peixe, mostrando que
é mais puro e não cheira a estragado.

E seguimos na nossa missão de orientar a massa ignara.

Mas, quanto a mim não: bigorna, martelo, foice, parafuso, prego ou picareta... Eu
mesmo faço a escolha. E cada um que escolha, livremente, a peça da sua
engrenagem.

Papo furado

CAPITALISMO - Há um papo dejavu aqui na internet de se chamar sem vergonhice de capitalismo. Quando eu era criança chamavam isso de imperialismo americano. Um paiseco ao Norte do continente que escolheu o Brasil para ser pobre, sofredor e humilhado e deixou velhos inimigos como Japão, Alemanha e outros se desenvolverem. Capitalismo e todos os demais ismo, inclusive aquele que o Muro caiu... Esse papo está meio ultrapassado. A história do capitalismo é uma só: aos vencedores as batatas, diria Machado de Assis. Ninguém, como no nosso caso, tem culpa de 20 anos de ditadura; de democracia de arremedo durante muitos e muitos anos; de roubalheira desregrada com os culpados não sendo punidos exemplarmente; e tudo o mais. Isso tudo não tem nada a ver com capitalismo...

sábado, 21 de julho de 2012

Política e telhado de vidro


Má utilização das Redes Sociais

Alguns militantes de partidos políticos

 incorrem no grave erro de utilização das 

Redes Sociais com o intuito de angariar 

votos para suas agremiações 

ou candidatos, com a velha e surrada 

tática de tentativa de descredenciar o 

candidato oponente 

de maneira pouco qualificada. 

As recentes pesquisas 

de opinião — como no passado — 

demonstram que grande parte do eleitorado

rejeita esse tipo de

propaganda que soa de forma negativa.


No intuito de “vender o seu peixe” 

o internauta acaba caindo no grotesco,

 procurando colocar o candidato adversário 

como alguém que concorre com 

o único intuito de fazer o pior governo 

para o povo, 

estando compromissado apenas com

 os ricos e poderosos 

(empresários, banqueiros, entre outros). É 

o tipo de discurso que talvez não seduza 

sequer os incautos. 

Sobretudo, em eleições municipais o que 

conta é a qualificação do candidato. São as 

suas reais propostas 

para a cidade e a exequibilidade da 

adoção das medidas prometidas.

De certa maneira, a propaganda 

agressiva de alguns internautas em relação

 a candidatos adversários, 

resulta na antipatia em torno de

 suas legendas e candidatos, dando 

a impressão de que não possuem

 proposta para o município a não ser 

a de atirar pedras 

no telhado do vizinho (e normalmente 

os seus são de 

vidro extremamente vulnerável)