Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

sábado, 7 de abril de 2012

A DOR DA GENTE NÃO SAI NO JORNAL 1

A DOR DA GENTE NÃO SAI NO JORNAL 1 - "Tentou contra a existência. Num humilde barracão. Joana de tal. Por causa de um tal João. Depois de medicada, retirou-se pro seu lar. Aí, a notícia carece de exatidão. O lar não mais existe. Ninguém volta ao que acabou. Joana é mais uma mulata triste que errou. Errou na dose. Errou no amor. Joana errou de João. Ninguém notou. Ninguém morou. Na dor que era o seu mal.

A dor da gente não sai no jornal" (Haroldo Barbosa e Luiz Reis)

A DOR DA GENTE NÃO SAI NO JORNAL 2 -

Nós, os "testemunhas oculares da história", que em nossa atividade diária convivemos com tantas tragédias, falcatruas, roubalheiras, maracutaias e, na medida do possível, muitas vezes, nas entrelinhas, em nome da objetividade dos fatos ou dos interesses patronais, nem sempre coincidentes com o dos leitores, muitas e muitas vezes paramos para pensar sobre a importância do nosso humilde trabalho.

 Nós que como os Tomés incrédulos, estamos sempre preparados para "ver para crer" e prontos para colocarmos as mãos nas feridas.

Nós que seguimos adiante com nossas "mãos sujas de m...", sem temer a fedentina e a sujeirada, sempre em busca da notícia, também, muitas vezes, escondemos nossas dores, na certerza de que elas não saem no jornal.

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