Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Lei do Estágio

CARLOS LUPI AFIRMA QUE LEI DO ESTÁGIO

DEVE SER APRIMORADA E MELHORADA

Por meio de um vídeo enviado ao Centro de Integração Empresa-Escola(CIEE), para ser exibido aos participantes do seminário sobre o 1º ano da nova Lei do Estágio (11.788/08), promovido no Teatro CIEE, no último dia 28, o ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Carlos Lupi, afirmou que a legislação é benéfica, mas como toda nova lei “precisa ser aprofundada e melhorada”. Sergio Pinto Martins, desembargador do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo e chefe do Departamento de Direito e Segurança do Trabalho da Faculdade de Direito da USP, que proferiu a palestra master do encontro, concorda com a avaliação.

Após analisar artigo por artigo, Martins considerou que a Lei 11.788, em vigor desde 26 de setembro de 2008, é melhor do que a anterior, pois estabelece normas mais modernas para o estágio. Entretanto, como apontou, ainda necessita de aprimoramento, pois imprecisões na sua redação geram dúvidas e insegurança jurídica, que resultam em queda na oferta de vagas para estágio.

De acordo com Luiz Gonzaga Bertelli, presidente executivo do CIEE, a implementação da lei provocou queda de uma queda no início, mas já se nota uma recuperação na oferta de vagas, embora ainda não se tenha retornado aos patamares anteriores. No caso do CIEE, a perda chegou a 10% ou a 50 mil vagas. A entidade mantém atualmente 500 mil estudantes em programas de aprendizagem prática. “Um ponto muito positivo da Lei 11.788 é que ela manteve o caráter pedagógico do estágio, estimulando os contratantes a continuar abrindo novas vagas, por meio da isenção de encargos trabalhistas à atividade.”, explica Bertelli.

Para atenuar o impacto negativo das novas normas, o Centro de Integração Empresa-Escola coloca sua equipe técnica à disposição das organizações contratantes, que podem solicitar esclarecimentos pelo telefone (11) 3046-8222 ou pelo site www.ciee.org.br.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Educação e Competência

Educação e competências

Pontos e contrapontos

Como o termo competência foi introduzido na educação? O ensino por competências representa um avanço em relação aos modelos educativos existentes? Como formar os profissionais da educação para esse modelo de ensino? Essas e outras questões são tratadas ao longo da obra, escrita por dois grandes especialistas em educação.

A qualidade do ensino brasileiro está bem abaixo da desejada. Mas a introdução do conceito de competências na educação pode ajudar a reverter esse quadro, pois se trata de uma oportunidade de refletir e aprofundar um processo de mudança necessário para melhorar o sistema vigente. A introdução de um novo conceito, contudo, requer avaliação. Afinal, o ensino por competências representa ou não um avanço em relação aos modelos educativos existentes? Como formar os profissionais da educação para esse modelo de ensino? Como deve ser o sistema de avaliação nessa perspectiva?Essas e outras questões são abordadas no livro Educação e competências(168 p., R$ 37,80), lançamento da Summus Editorial.

Elaborado em três etapas diferentes e complementares, o livro integra a série Pontos e Contrapontos, cuja proposta é promover um debate acadêmico e científico sobre temas educacionais candentes. Ao longo da obra, o educador espanhol Joan Rué e a educadora brasileira Maria Isabel de Almeida estabelecem um diálogo que, além de defender uma visão sobre o conceito de competências na educação, tem como propósito lançar novas luzes sobre esse debate, permitindo vislumbrar perspectivas inovadoras para melhorar a qualidade do ensino brasileiro, favorecendo o pensamento complexo das próximas gerações.

A primeira parte é composta por artigos originais dos dois educadores, apresentando e sustentando seu ponto de vista sobre o tema da obra. Nessa etapa, o professor Joan, da Universidade de Barcelona, faz uma análise histórica do conceito de competência no campo educacional e conclui com uma síntese que orienta e encoraja os profissionais da educação a enveredar por esse modelo de ensino.

Já a professora Maria Isabel, da Universidade de São Paulo, discorre sobre os diversos significados e usos da noção de competência e os modos como as políticas educacionais a têm incorporado. Assim, faz uma análise cuidadosa de seu surgimento e de suas implicações no contexto atual. Para concluir, fala sobre a figura do professor competente, problematizando desde sua formação até suas ações.

Na segunda parte da obra, cada educador elabora quatro questões contemplando suas eventuais dúvidas e discordâncias a respeito das informações expostas pelo colega. O objetivo é pontuar suas ideias e contrapor as colocações de seu interlocutor.

A terceira e última parte é composta por questões elaboradas pela organizadora da coleção e mediadora do diálogo, Valéria Amorim Arantes, para retomar pontos convergentes e divergentes do diálogo estabelecido e acrescentar a ele novos conceitos. Nessa etapa, a organizadora retoma a problemática da formação de professores e solicita que os autores apresentem uma proposta para tal formação, visando um ensino por competências.

Título: Educação e competências – Pontos e contrapontos

Organizadora: Valéria Amorim Arantes

Autores: Joan Rué e Maria Isabel de Almeida

Editora: Summus Editorial

Preço: R$ 37,80

Páginas: 168

ISBN: 978-85-323-0650-0

Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890

Site: www.summus.com.br

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Twitando

Livros no lixo

O Agora São Paulo (www.agora.com.br) não perdoou na crítica aos livros de uma escola pública encontrados em uma lixeira. A charge do Cláudio, com o título Afastadas diretoras de escola, traz o governador Serra questionando uma diretora: “Que é a responsável pelo escândalo dos livros encontrados na caçamba de lixo? – E a diretora respondendo: “A Prefeitura que não recolheu a caçamba!”

Livros no lixo 2

O episódio dos livros escolares encontrados no lixo, em São Paulo, são apenas o retrato do descaso com a educação no Brasil. Enquanto os governantes vivem seduzidos pela parafernália eletrônica (computadores, laptops, etc e tal), as bibliotecas escolares, quando existem, vivem abandonadas, com obras desatualizadas e pouco atraentes para crianças e jovens.

Livros no lixo 3

Como foi? Na segunda-feira, 26 de outubro, foram encontrados, em uma caçamba de lixo, cerca de 1.500 apostilas de exercícios, das quais muitas ainda embaladas, com o nome e o endereço da escola Estadual Eugênia Vilhena de Morais, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. A Secretaria de Educação afastou a diretora e a vice-diretora do cargo.

Descanso para o Rio

Para deixar o Rio um pouco sossegado, os jornais paulistas registram que o Liceu Coração de Jesus, fundado em 1885, com a participação da Princesa Isabel, encontra dificuldade para sobreviver por causa da cracolândia que funciona em suas imediações. Entre outros famosos, Monteiro Lobato estudou no colégio dos Salesianos.

Livros no luxo

Em Brasília, a instalação de bibliotecas em estações de metro e o hábito francês de se deixar livros em bancos de jardins, ônibus e locais de alcance do público vem ganhando corpo, possibilitando a muitas pessoas o acesso à leitura. É uma prática que poderia se espalhar por outras cidades.

Prova-SP para professor

O governador José Serra assinou a lei que dá 25% de aumento aos funcionários da Educação. Para isso, eles terão de tirar as melhores notas em uma prova a ser ministrada pelo estado. Os testes estão marcados para os dias 3 ou 4 de fevereiro. Já os diretores e supervisores serão avaliados antes: no dia 31 de janeiro. O exame também poderá ser feito pelo pessoal temporário. Os sindicatos da área de Educação são contra a nova medida do governo paulista.

Duas perdas

Duas perdas de pessoas conhecidas, mas não muito próximas: o jornalista Herval Faria, idealizador da Vídeo Clipping e da Agência Rio de Notícias, e o jovem Marcelo, morador da vizinhança.

O silêncio no condomínio – com rádios desligados e televisão à noite com som em nível de altura civilizado – demonstra que, apesar dos pesares, ainda resta um pouco de esperança em nossa sociedade em relação aos que partem. Um dos últimos artigos de Herval no site da Rio de Notícias era em torno da violência no Rio e a expectativa de que uma solução fosse encontrada.

São Judas

28 de outubro é dia de São Judas. Os flamenguistas, devotos do santo, sonhando em chegar ao G4 e quem sabe ao título. Tem o Barueri, nesta quarta, no caminho...

O incrível Hulk

Quem esperava por Ronaldo, o Fenômeno, de volta à seleção, terá de se contentar mesmo com o Hulk, artilheiro do Porto, convocado pelo técnico Dunga.

Fundo Social pode destinar R$ 7,5 bilhões por ano para a educação

O novo Fundo Social que está sendo criado por meio do PL 5940/2009 para gerir os investimentos da União advindos da camada pré-sal pode render até R$ 7,5 bilhões por ano para a educação. Porém, o projeto original precisa ser radicalmente alterado. Segundo estimativas anunciadas no último dia 20 de outubro pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, o Fundo Social deve administrar um montante de R$ 15 bilhões por ano.

Com base em uma proposta da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, a etapa estadual de São Paulo da Conae (Conferência Nacional de Educação) aprovou uma emenda que determina vinculação imediata de 50% dos recursos arrecadados pelo Fundo Social para a educação. Desse total, 30% ficariam com o MEC (Ministério da Educação) e outros 70% seriam transferidos a estados e municípios com pior renda per capta. Assim, caso se confirmem as estimativas do Ministério da Fazenda e seja incorporada ao PL 5940/2009 a proposta aprovada na etapa da Conae do estado de São Paulo, cerca de R$ 5,25 bilhões iriam para redes públicas de educação básica, via transferências a estados e municípios. Outros R$ 2,25 bilhões seriam destinados ao ensino superior e técnico profissionalizante por meio da gestão direta do MEC.

Para o coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, se essa proposição não for incorporada ao PL 5940/2009, o pré-sal colaborará muito pouco com a educação pública. “É claro que qualquer recurso financeiro é importante, mas tomando como referência a dívida histórica educacional brasileira e uma perspectiva de justiça social e regional, até mesmo os R$ 7,5 bilhões são insuficientes, embora sejam muito bem-vindos.”

O CAQi e os recursos do pré-sal - A referência para tal afirmação é o estudo do CAQi (Custo Aluno-Qualidade Inicial), desenvolvido pela Campanha. Segundo a pesquisa, para se garantir uma educação de qualidade para os 47 milhões de alunos que hoje estudam nas redes públicas de educação básica, são necessários investimentos adicionais e anuais na ordem de R$ 29 bilhões. Caso o Estado brasileiro decida cumprir com seu dever diante das metas do Plano Nacional de Educação, é necessário investir R$ 118,9 bilhões por ano.

Atualmente, a Campanha e o Conselho Nacional de Educação estudam uma forma de tornar o CAQi a principal referência para o financiamento público educacional. Emendas parlamentares - As emendas mais promissoras apresentadas por parlamentares ao PL 5940/2009 subsidiam os princípios em que se balizam a proposta da Campanha, porém são mais tímidas. O deputado Luiz Carreira (DEM-BA) estipula vinculação de 25% para a educação, Ivan Valente (PSOL-SP) 15%, Paulo Ruben Santiago (PDT-PE) 18% e Lupércio Ramos (PMDB-AM) propõe uma destinação entre 15% e 30%.

A presidenta da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, Maria do Rosário (PT-RS), também apresentou duas sugestões: 20% do total do Fundo Social para educação na primeira proposta e dois quintos para os dois setores da sua Comissão na segunda (veja todas as emendas). De acordo com esses percentuais, o montante destinado à educação ficaria entre R$ 2,25 bilhões e R$ 4,5 bilhões, ou R$ 6 bilhões compartilhados com a área da Cultura, na proposta da deputada Maria do Rosário (leia entrevista com a presidenta).

Contudo, todas essas emendas, tanto a da Campanha como a dos parlamentares, precisam convencer o deputado Antônio Palocci (PT-SP) e serem incorporadas em seu relatório para, posteriormente, serem aprovadas pela Comissão Especial que analisa a matéria e pelo plenário da Câmara.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Professores, desencanto e abandono

Carta do professor Pedro Quental que está abandonando a rede escolar do Estado do Rio:

" Professores, desencanto e abandono

Nesta semana estive lendo o artigo científico intitulado “Professores,desencanto com a profissão e abandono do magistério” de autoria das pesquisadoras Flavinês Rebolo Lapo e Belmira Oliveira Bueno, da USP. O Artigo retrata a assustadora realidade do abandono do magistério público no estado de São Paulo, bem como os motivos e conflitos que envolvem essadecisão.

Importante ler.Importante ler, pois no Estado do Rio a situação não é diferente,possivelmente até pior. Essa semana conto como mais um que decidiu abandonar a rede estadual de ensino do Rio de Janeiro. Hoje, considerados os descontos, um professor recebe líquido 540, 47 reais por mês. Deste valor ainda precisa ser descontado os gastos com passagem e alimentação. Sobra quanto? Uma bolsa de iniciação científica do CNPq para um estudante de graduação, hoje, é quase o mesmo valor. Mas não é apenas a questão salarial, são as condições de trabalho, assim como a ausência de espaços reflexivos e de real e efetiva participação do professor. Predomina por parte da Secretaria de Educação uma visão claramente administrativa e que enxerga a escola como uma empresa. Uma perspectiva demasiadamente burocrata, onde a discussão sobre educação passa longe, assim como a discussão sobre as condições de trabalho do professor. Basta constatar o artigo de nossa Secretária de educação publicado no “caderno opinião” do “Jornal O Globo” da última segunda-feira, dia 19 de outubro.

A Secretária inicia o texto afirmando que “grandes empresas têm investido na inovação de processos como forma de agregar valor a seus produtos. Na administração pública,essa lógica não pode ser diferente”. Desconsiderando o grande equívoco de transpor uma lógica estritamente empresarial para a esfera da gestão em educação, a Secretária esqueceu-se de comentar que grandes empresas remuneram muito bem seus funcionários. O que não é o caso na rede estadual de educação.Portando um discurso da inovação e modernização da gestão escolar a partir do uso das novas tecnologias, o artigo comunica que se trata de uma “revolução silenciosa” esta que está acontecendo no sistema educacional do Estado do Rio.

Só consigo compreender o sentido deste “silêncio” na constatação da ausência de debates, reflexões, diálogo e efetiva participação de professores, alunos e sociedade neste processo. Quando foi que nos convidaram para esta conversa? Este é o silêncio possível de ver e escutar: as vozes silenciadas de professores, alunos e sociedade. Por este motivo sim, a revolução empresarial que está sendo conduzida é realmente silenciosa.

A postura pedagógica de um professor-pesquisad or, atuante, curioso, investigativo, criativo, reflexivo e tantas outras qualidades que fundamentaram nossa formação e que garantiriam um ensino público de qualidade, são praticamente impedidas de serem realizadas. Eu, comomuitos já fizeram e estão fazendo, estou pedindo exoneração da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro. E não são poucos. Todos jovens, recém formados, inteligentes, sagazes, altruístas, compromissados, sérios e dispostos com trabalho. Depois não entendemos porque as coisas estão como estão nessa cidade. Todos pagamos o preço. A questão é social, diz respeito a todos."

Pedro Quental

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Empregabilidade

Empregabilidade: competências pessoais e profissionais

*Ana Lúcia Barduchi e Josiane Cintra

O mercado de trabalho é o espaço composto pelas pessoas que procuram emprego e por aquelas que oferecem emprego e determina, em função do panorama socioeconômico, o valor do trabalho.
Há muito tempo este mercado vem passando por mudanças e, por isto, tanto o mundo corporativo quanto as pessoas precisaram se adaptar para sobreviver. As empresas mudaram seus processos de trabalho e enxugaram seus quadros de funcionários. Ocupações desapareceram, como por exemplo, a de datilógrafo; outras surgiram, como por exemplo, a de webdesigner; e outras ainda surgirão.
Os nascidos entre as décadas de 70 e 80 provavelmente conhecem pessoas que iniciaram e concluíram suas carreiras em uma mesma empresa. Mas, isto é coisa do passado. A chamada “estabilidade no emprego”, antes tão valorizada pelas empresas no momento da contratação, começou a ser vista como acomodação no emprego. Atualmente, se valoriza o aprendizado e o crescimento obtido através do trabalho. Dessa maneira, torna-se comum e até certo ponto desejável que os profissionais mudem de função e de área dentro da mesma empresa ou mudem de empresa.
As mudanças são a maior certeza em mundo globalizado e aproximado pelas tecnologias da informação e comunicação. Para serem competitivas, pessoas e empresas precisam ser ágeis, flexíveis, versáteis, proativas, resilientes, empreender, acompanhar e promover mudanças, inovar, diferenciar-se. Os profissionais com essas características têm elevado o valor do seu trabalho e da sua empregabilidade. São os chamados “talentos”, nem generalistas nem especialistas, são multiespecialistas. Empregabilidade é mais do que a capacidade de o indivíduo conseguir novas oportunidades de emprego, manter-se empregado e conseguir promoções. É definida por Rueda, Martins e Campos (2004) como as ações empreendidas pelas pessoas para desenvolver habilidades e buscar conhecimentos favoráveis, com vistas a conseguir uma colocação no mercado de trabalho, seja ele formal ou informal.
Já a empresariedade é a capacidade da empresa em reter seus talentos por meio de ações como: ambiente incentivado e saudável; salário competitivo; benefícios iguais ou acima do mercado; excelente clima organizacional; política de recursos humanos clara, objetiva e voltada para o desenvolvimento do indivíduo; objetivos e metas que permitam o crescimento do indivíduo alinhado ao crescimento da empresa; lideranças proativas e voltadas para os resultados globais; feedback que aponte as soluções; reconhecimento; respeito às diferenças, compreensão de pessoas enquanto capital intelectual e valor atribuído ao conhecimento.
Considerando todo esse contexto, como se configura o panorama atual do mercado de trabalho? Alguns dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicilio (PNAD), de 2007, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), auxiliam a responder essa questão e apontar algumas tendências. Do total da população ocupada, entre os anos de 2006 e 2007 houve aumento do número de pessoas empregadas e redução do número de empregadores. Em 2007, do número total de pessoas ocupadas, 57,4% era de empregados e 21,2% de trabalhadores por conta própria.
De 2003 a 2007 houve diminuição da taxa de desemprego. Em 2008, mesmo com o início da crise econômica mundial, o mercado de trabalho mantinha o comportamento de evolução positiva. Entretanto, a CEPAL e a OIT projetam para 2009 uma taxa de desemprego de 8,5% para a América Latina e Caribe. Subiu a demanda por mão de obra mais qualificada. A faixa de trabalhadores com 11 anos ou mais de escolaridade completa cresceu acima de 70% entre 2001 e 2008.
Trabalhadores com menos tempo de estudo vêm perdendo posição no total de pessoas ocupadas. Entre 1992 e 2006, o nível de escolaridade média aumentou na população em idade ativa (PIA): com 9 a 11 anos de estudo (de 14.8% em 1992 para 30% em 2006) e com 12 anos ou mais (de 7,1% para 12.9%). Também há maior valorização da escolaridade nos processos de contratação, bem como uma correlação positiva entre anos de estudo e taxa de participação no mercado de trabalho (Fonte: CEPAL, PNUD e OIT).
Relacionando estes dados com nossa experiência profissional junto às Instituições de Ensino Superior e na área de R.H, é possível concluir que as pessoas têm buscado cada vez mais na educação o modo para sua qualificação pessoal e profissional. Por outro lado, é comum ouvir dos profissionais da área de gestão de pessoas, responsáveis por identificar esses talentos no mercado, que há postos de trabalho em aberto por falta de pessoal qualificado.
O que está causando esse descompasso? A educação formal, de nível superior, está preparando jovens e adultos para este século? As profissões se modificam e se atualizam constantemente, sendo importante uma maior aproximação entre as instituições de ensino superior e o mundo corporativo. Também é preciso que ambos trabalhem no desenvolvimento para além das competências técnicas, considerando as competências intelectuais e humanas como fatores essenciais na construção de uma nova história, de inclusão, de desenvolvimento e de realização.
No Brasil, algumas empresas têm reconhecido e procurado atender a demanda por capacitação e desenvolvimento de seus colaboradores. Na edição especial do Guia das “150 melhores empresas para você trabalhar” (Editora Abril), nota-se que as políticas de desenvolvimento de pessoas das 10 melhores empresas têm um índice de satisfação dos colaboradores entre 78,9% a 100%. Vale ressaltar que esses dados não são representativos da realidade brasileira.
As relações sociais estão em reconstrução, valores precisam ser rediscutidos e incorporados às pessoas, ao mundo corporativo e ao mercado de trabalho. Seria muito bom que pessoas, empresas e instituições de ensino norteassem cada vez mais suas ações pelo saber ser, conviver, aprender e fazer, com iguais pesos e dedicação de esforços.
Para finalizar, deixamos outras perguntas que ajudam a pensar nas tendências do mercado de trabalho: desenvolvimento pessoal e profissional, responsabilidade de quem? Cada participante desse mercado tem desenvolvido o seu papel?

* Psicólogas, professoras, pesquisadoras e consultoras de RH. As duas especialistas lançaram recentemente o livro “Empregabilidade: competências pessoais e profissionais”, pela Editora Pearson.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Personalidade Educacional de 2009

Ocorre nesta quinta-feira, 22 de outubro, às 19 horas, no auditório do Jockey Club, no Centro do Rio, a solenidade de entrega do título "Personalidade Educacional de 2009". A iniciativa é da Associação Brasileira de Educação (ABE), da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Folha Dirigida e tem como objetivo homenagear aqueles que se dedicam, de maneira marcante, à educação. Segundo os organizadores, a escolha foi feita espontaneamente por meio de votação direta por um colégio eleitoral constituído por 5.674 representantes das comunidades educacional e cultural do Rio de Janeiro.

Cultura Inglesa


A Cultura Inglesa, em sua unidade Centro, realiza sexta-feira, 23 de outubro, em diversos horários, uma série de seis palestras com representantes de universidades londrinas. Cada aluno da Cultura pode participar de até duas palestras.




Turismo

CIEE LANÇA CURSO PARA APRENDIZ EM TURISMO

O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) lança um

novo módulo para o Programa Aprendiz Legal: a capacitação

em Turismo. Jovens de 14 a 24 anos interessados em se

candidatar a vagas de aprendiz em empresas da área turística

já podem procurar a unidade do CIEE mais próxima

ou acessar o site www.ciee.org.br.

O objetivo do novo curso é atender à demanda de mão-de-obra

capacitada para um mercado que não para de crescer. Eventos

internacionais como os que o País receberá em breve, como

a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, proporcionarão

um desenvolvimento ainda maior. "Só com a Copa, a receita está

estimada em US$ 3,5 bilhões e geração de 170 mil empregos, sendo

100 mil deles no turismo. A potencialidade da área turística é enorme",

afirmou recentemente Nilo Sergio Felix, presidente da Companhia

de Turismo do Estado do Rio de Janeiro (TurisRio), em entrevista

ao jornal DCI.


Os jovens e as empresas interessados em participar do Programa

Aprendiz Legal podem obter mais informações e se cadastrar

no sitewww.ciee.org.br.

Professor de 40 horas no Plano de Carreira

O secretário Estadual de Planejamento do Estado do Rio, Sérgio Ruy Barbosa, declarou em encontro com a participação da presidente da UPPES, Teresinha Machado, que governo envia ainda este mês à Alerj, projeto de inclusão dos professores de 40 horas no Plano de Carreira do Magistério. A presidente da UPPES disse que a decisão é mais uma vitória do sindicato e da categoria.

“Finalmente o governo apresentou proposta de inclusão dos professores de 40 horas no Plano de Carreira, com a promessa de que o projeto será votado pela Alerj até o fim deste mês de outubro. Essa é uma luta travada pela UPPES há vários anos e que contou com o aval do ex-secretário de Administração Hugo Leal, que reconheceu, na ocasião, se tratar de uma medida de justiça”, frisou.

A professora Teresinha afirmou que, no atual governo, o sindicato não envidou esforços para ter a questão resolvida, mantendo entendimentos com o secretário de Planejamento, Sergio Ruy, com a secretária de Educação, Tereza Porto e com a Secretaria de Administração. “Também foi decisivo o apoio que tivemos da Comissão de Educação da Alerj e dos deputados Paulo Melo e Aparecida Gama, lideranças do atual governo”, assinalou.
VEJA MAIS EM www.uppes.com.br

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

CIEE: estágio em Engenharia

CIEE TEM 316 VAGAS DE ESTÁGIO
EM ENGENHARIAS ABERTAS EM TODO O PAÍS

O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) está recrutando estudantes do primeiro ao penúltimo ano de cursos de Engenharia para 316 vagas ofertadas em todo o País. A maior parte das oportunidades é voltada para Engenharia Civil (154); Engenharia de Produção (40) e Engenharia Mecânica (39) estando as demais distribuídas entre várias outras especialidades.

A maioria das vagas exige conhecimentos do Pacote Office, principalmente planilha Excel e AutoCAD, e aproximadamente 40% delas solicita o idioma inglês, do nível básico ao intermediário. Os valores de bolsa-auxílio variam de R$ 150 a R$ 950, para jornadas de 4 horas, e de R$ 170 a R$ 1.868, para jornadas de 6 horas, além de benefícios, como auxílio-transporte e vale-refeição (exceto para jornadas de 4 horas), sendo que algumas ainda oferecem vale-farmácia. Além dessas oportunidades, o CIEE está com mais de 5 mil vagas para estudantes dos ensinos médio e superior no Estado de São Paulo.

Os interessados em consultar as ofertas podem se inscrever pelo site www.ciee.org.br.

ENGENHARIA - 2 vagas
ENGENHARIA AMBIENTAL - 4
ENGENHARIA CARTOGRAFICA - 2
ENGENHARIA CIVIL - 154
ENGENHARIA DA COMPUTACAO - 6
ENGENHARIA DE AUTOMACAO E CONTROLE - 1
ENGENHARIA DE PETROLEO - 1
ENGENHARIA DE PRODUCAO - 40
ENGENHARIA DE PRODUCAO - ELETRICA - 1
ENGENHARIA DE PRODUCAO - MECANICA - 2
ENGENHARIA DE PRODUCAO ELETRICA/TELECOMUNICACOES - 1
ENGENHARIA DE TELECOMUNICACOES - 3
ENGENHARIA ELETRICA - 30
ENGENHARIA ELETRICA - ELETRONICA7ENGENHARIA ELETRICA - ELETROTECNICA - 2
ENGENHARIA ELETRONICA - 5
ENGENHARIA MECANICA - 39
ENGENHARIA MECANICA - AUT.E SISTEMAS - MECATRONICA - 4
ENGENHARIA MECATRONICA - 4
ENGENHARIA METALURGICA - 1
ENGENHARIA QUIMICA - 6
ENGENHARIA TEXTIL -1

TOTAL - 316 vagas

Vem aí a Concursobras

Ao participar da audiência pública sobre a fraude no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), realizada pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara, o ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu a criação de uma estatal para a organização de concursos públicos. A seu ver, é preciso que o Estado brasileiro tenha estrutura própria para garantir segurança em todas as fases de elaboração e aplicação de concursos públicos. O ministro afirmou que a organização deve ter condições inclusive de imprimir as provas.

Em seu depoimento aos membros da Comissão, o ministro Haddad enfatizou que o modelo atual de concursos são vulneráveis, mesmo considerando o fato da existência de órgãos do “mais alto nível de inteligência no setor”. Para ele, a vulnerabilidade dos concursos públicos exige imediata solução, devendo ser enfrentada de “peito aberto”.

“Temos hoje inteligência acumulada em alguns órgãos de Estado que precisam contribuir para garantir procedimentos de segurança em todos os concursos”, frisou o ministro, além de citar o exemplo da Casa da Moeda ao considerar que as provas de concursos públicos “valem dinheiro”, só perdendo o valor após a aplicação do exame.

O ministro informou, ainda, que o Inep abriu auditoria para apurar a responsabilidade civil na fraude, que provocou prejuízo de cerca de R$ 36 milhões ao MEC. Ele adiantou que a Polícia Federal investiga o caso e já indiciou cinco pessoas.

A sugestão da criação da Concursobras partiu dos deputados Chico Abreu (PR-GO) e Alice Portugal (PCdoB-BA). Para a deputada, por exemplo, a Polícia Federal deveria ter uma delegacia própria para cuidar de fraudes em concursos e, do mesmo modo, “o Congresso deve fomentar uma legislação que defenda mais o Estado nessa área”, assinalou.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Brasília: nunca na história deste país...


Estive em Brasília na semana passada. Foi tempo de muita chuva de madrugada e sol esplêndido de manhã e tarde.

O Palácio do Planalto está em obras, demonstrando que o PAC também está passando por lá. O lago foi esvaziado (para onde levaram os peixes?). Já o Palácio Alvorada está em plena forma. Conversei com o Oficial do Dia, mas não perguntei sobre o Maioral e sim sobre o pobre do soldadinho, com feições indígena, perfilado na entrada com o uniforme dos Dragões da Independência. Imóvel, no estilo dos soldados ingleses de Londres, o oficial explicou que o plantão de cada soldado era de duas horas. Não arrisquei perguntar se os "punidos" eram os soldados mal comportados. O oficial autorizava que os turistas fizessem fotos ao lado do soldadinho. Contudo, para um grupo de japoneses, a grande atração era fotografar, entusiasmados, uma Mangueira carregada de frutas.

Nunca na história deste país tinham visto algo igual...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Dia do Professor

Os professores estão entre alguns dos mais importantes profissionais, pois deles é que se depende a formação dos demais. Infelizmente, no Brasil, a categoria nem sempre recebe o tratamento adequado principalmente em termos salariais.

A valorização do professor é fundamental para que construamos uma sociedade mais justa e feliz. (15/10/2009)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Vagas para executivos

A Right Management, consultoria organizacional especializada em gestão de talentos e carreira, revela que o número de vagas para executivos no Brasil mostrou aquecimento de 10% em setembro na comparação com o mês anterior. Na comparação com setembro do ano passado, no entanto, houve queda de 8% na contratação dos executivos, segundo o estudo da consultoria.

A indústria voltou a liderar as contrações com 33% das oportunidades, seguida pelo setor de serviços (28%). Os segmentos que mais ofertaram na indústria foram:construção civil (18%), bens de consumo (11%), automóveis (11%) e o segmento petroquímico (10%). Já no setor de serviços, os destaques são os serviços especializados (39%), TI (18%) e Telecom (8%).

Para a Diretora de Transição de Carreira da Right Management, Matilde Berna, os resultados do semestre refletem um movimento positivo já esperado do mercado para este trimestre. “O mercado já mostra sinais de recuperação frente aos anúncios de crise dos trimestres anteriores”, afirma Matilde Berna. Segundo a executiva, não é esperada uma enorme mudança para este ano, com aumentos elevados na contratação de executivos. “O que se espera é que o mercado continue num movimento positivo de contratações, porém modesta, até o final do ano”.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Ações afirmativas

Políticas públicas e ações afirmativas

Coleção Consciência em Debate

O sociólogo Dagoberto José Fonseca revisa as principais políticas públicas que marcaram nosso país. Sua analise acurada permite ao leitor entender parte das reivindicações da população negra brasileira, que busca a implementação de ações afirmativas, entre elas o Estatuto de Igualdade Racial e as cotas nas universidades.

Frases e ditos populares afirmam que os brasileiros não têm memória, pois esquecem facilmente o que se passou. Não é o casodaqueles que foram excluídos ao longo da história. O livro Políticas públicas e ações afirmativas (144 p., R$ 19,90), lançamento da Selo Negro Edições, mostra que o passado do Brasil não foi esquecido e merece mais de uma interpretação. Partindo dessa premissa, o sociólogo Dagoberto José Fonse ca revisa as principais políticas públicas que marcaram o país – do período colonial aos dias de hoje. Com base em sua análise é possível entender as reivindicações da população negra brasileira, que busca a implementação de ações afirmativas no país.

A obra é a primeira da Coleção Consciência em Debate, coordenada por Vera Lúcia Benedito, mestre e doutora em Sociologia/Estudos Urbanos pela Michigan State University (EUA) e pesquisadora e consultora da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. O objetivo desse projeto é debater temas prementes da sociedade brasileira, tanto em relação ao movimento negro como no que concerne à população geral.

O autor - Dagoberto José Fonseca é graduado, mestre e doutor em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). É docente da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista (Unesp), estando vinculado ao Departamento de Antropologia, Política e Filosofia e ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia da mesma instituição. Entre 2005 e 2007, foi coordenador geral do Programa de Ações Afirmativas para a População Afro-Brasileira do Núcleo Negro da Unesp para Pesquisa e Extensão (Nupe). Atualmente, coordena o Centro de Estudos das Culturas e Línguas Africanas e da Diáspora Negra (Cladin), também da Unesp.

Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890

Site: www.selonegro.com.br

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Jornal Alef


Em novo livro, o psiquiatra
Irvin Yalom leva o
Holocausto para o divã


“Vou chamar a polícia - e outras histórias
de terapia e literatura” (Ediouro),
A perseguição aos judeus durante
a II Guerra Mundial é o principal tema
de título do novo livro do psiquiatra
americano Irvin Yalom, que chega às
lojas nesta semana. Ele é conhecido
como o autor dos best-sellers
“A cura de Schopenhauer” (130 mil
exemplares vendidos no país)
e “Quando Nietzche chorou” (410 mil).



Será lançada em novembro a biografia de Clarice Lispector, escrita pelo jornalista americano Benjamin Moser.

O diretor Silvio Tendler concorre com o documentário "Utopia e Barbárie" na quarta edição do “Festival do Paraná de Cinema Brasileiro e Latino”. Em uma história amadurecida por quase 20 anos, o cineasta aborda os grandes conflitos ideológicos, as barbaridades do século XX e também fala sobre os sonhos de liberdade que movimentaram toda uma geração, tomando como eixo o ano de 1968.

No dia 20 de outubro a terapeuta ambiental Sandra Strauss vai ministrar uma aula gratuita com o tema “Hebraico para cabala” no Midrash Centro Cultural. Fundamentada nos escritos judaicos, nas 22 letras do alfabeto hebraico e na mística da cabala. “Abraão em seu livro diz que estas 22 forças (letras) energéticas distintas, quando combinadas entre si, formam toda a matéria espiritual e física, existente no universo. Cada letra contém um significado literal, numérico e energético”, afirma ela. Informações: 2239-1800 e 2239-2222.

PS: Os registros são do jornal Alef, da comunidade judaica


Sistema Globo de Rádio

O Sistema Globo de Rádio prorrogou até 13 de outubro as inscrições para o programa de Estágio 2010, com oferta de vagas para o Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. A jornada de trabalho é de seis horas, com bolsa-auxílio de R$ 735 para nível superior.

Podem participar estudantes de qualquer curso de graduação, com previsão de formatura para dezembro de 2010. Há vagas vagas para alunos de cursos técnicos.

Os interessados devem se inscrever pela Internet - SGR - Sistema Globo de Rádio.

domingo, 11 de outubro de 2009

Defesa dos animais


Defenda os animais domésticos dizendo NÃO ao projeto de lei!

Segundo a Lei de Crimes Ambientais, é crime praticar ato de violência contra qualquer animal. Porém, tramita no Congresso Nacional um Projeto de Lei (PL 4.548/98) que visa acabar com essa proteção para os animais domésticos.

A intenção do Projeto de Lei é alterar o art. 32 da Lei de Crimes Ambientais, retirando a expressão “domésticos e domesticados” e, assim, descriminalizar atos de abuso e maus-tratos contra esses animais.

Essa alteração significaria um enorme retrocesso na história da proteção animal no Brasil, ao tornar ainda mais branda a legislação animal vigente, favorecendo a impunidade.

Os inúmeros casos de maus-tratos que se repetem diariamente no país deixariam de ser crime. O combate às condenáveis rinhas de cães e galos, por exemplo, seria dificultado ao extremo.

Você faria algo bem simples para ajudar os animais domésticos no Brasil?

O momento é delicado, sendo de fundamental importância que todos aqueles que se importam com os animais se manifestem. Lembre-se que a opinião popular é essencial para a aprovação ou rejeição de leis.

A WSPA Brasil elaborou uma carta online a ser enviada aos deputados federais, pedindo que NÃO APROVEM o Projeto de Lei 4.548/98, que modifica o art.32.

Detalhes podem ser vistos em comunicado@revistaclinicaveterinaria.com.br


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Qualidade do ensino

A parceria entre a Campanha Nacional pelo Direito à Educação e o CNE (Conselho Nacional de Educação) em torno do CAQi (Custo Aluno-Qualidade Inicial) terá um novo capítulo até o fim de 2009. Será promovida, em São Paulo, uma nova audiência para discutir a melhor maneira de tornar o mecanismo uma referência para o financiamento da educação pública brasileira. O novo encontro deve apresentar uma nova versão do parecer construído pela Câmara de Educação Básica do Conselho, já com as contribuições que surgiram na audiência de quinta-feira, 8/10, em Brasília.

“Tão importante quanto o valor monetário é ressaltar os insumos”, destacou um dos sistematizadores do livro do CAQi, José Marcelino Rezende, que leva em conta custos de remuneração e formação de profissionais, materiais didáticos, estrutura do prédio e equipamentos. A minuta do relatório reafirma o Custo Aluno-Qualidade Inicial como um elemento indispensável para minimizar as diferenças educacionais existentes no país e agregar à área parâmetros mínimos de qualidade que devem ser viabilizados por um financiamento adequado.

“A seiva do CAQi é a proposta de equidade contida nele”, declarou o coordenador geral da Campanha, Daniel Cara. Para que a idéia do CAQi comece a surtir efeito para os 47 milhões de estudantes brasileiros, a União, o Distrito Federal, os estados e os municípios devem investir, por ano, no mínimo R$ 29 bilhões a mais na educação.

Calendário – O parecer será enviado para debate nas etapas estaduais e nacional da Conae (Conferência Nacional de Educação) e dará origem a uma resolução que deve ser aprovada pelo CNE em abril de 2010. O documento será, então, encaminhado ao MEC como proposta de política pública.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Custo Aluno-Qualidade

CNE faz audiência pública para debater Custo Aluno-Qualidade

Encontro apresentará os avanços da parceria entre a Campanha Nacional pelo Direito à Educação e o Conselho Nacional de Educação em torno do CAQi


A Câmara de Educação Básica do CNE (Conselho Nacional de Educação) vai realizar nesta quinta-feira, 8/10, audiência pública para apresentar o parecer sobre a articulação entre o órgão normativo e a Campanha Nacional pelo Direito à Educação feita para estudar uma forma de tornar o CAQi (Custo Aluno-Qualidade Inicial) uma referência para o financiamento da educação pública brasileira. O encontro começa às 9 horas, no auditório Professor Anísio Teixeira, avenida L2 Sul, quadra 607, em Brasília.

O trabalho conjunto dará origem a uma resolução que será encaminhada ao Ministério da Educação em 2010. Antes, porém, o parecer apresentado na audiência pública será enviado para discussão nas etapas estaduais e nacional da Conae (Conferência Nacional de Educação). “Vamos apontar que o Conselho reconhece o CAQi como política de financiamento e recomenda sua implantação em todas as escolas públicas até 2014”, declarou o vice-presidente da Câmara de Educação Básica do CNE, Mozart Ramos.

Para o coordenador geral da Campanha, Daniel Cara, trabalhar junto com o Conselho na concretização do CAQi é um grande avanço para a “consagração da qualidade na educação brasileira e aumento justo do financiamento”. Segundo ele, a aprovação da resolução significa que a Campanha terá dado uma contribuição inédita e decisiva para o setor. O termo de cooperação interinstitucional foi assinado pelas duas partes em 5 de novembro de 2008.

CAQi – Em 2008 a Campanha lançou o livro Custo Aluno-Qualidade Inicial: rumo à educação pública de qualidade no Brasil. O CAQi é um estudo inédito desenvolvido ao longo de mais de três anos, com a colaboração e a participação de especialistas de universidades, institutos de pesquisa, professores, estudantes, ativistas e gestores das várias áreas da educação. Levando em conta custos de remuneração e formação de profissionais, materiais didáticos, estrutura do prédio e equipamentos, entre outros, o CAQi determina quanto é preciso ser investido por aluno de cada etapa e modalidade da educação básica para que o país comece a oferecer um ensino com o mínimo de qualidade. O estudo propõe a inversão da lógica de financiamento adotada hoje, que parte de um montante previamente estipulado para depois aplicar os valores em educação.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A avaliação do Enem

A avaliação do Enem

O desastre do Enem, que era mais do que previsível devido ao gigantismo do exame, ocorre devido a um erro institucionalizado no Brasil que é o de confundir Avaliação como critério de fiscalização e instrumento de punição às instituições de ensino.
Quando o exame é utilizado como um irmão stalinista dos vestibulares, injetando o sangue da nobreza estatal na seleção dos jovens para o ensino superior, trai os verdadeiros objetivos da avaliação, transformando-se em moeda de troca pela luta de uma vaga.
A prova do Enem com isso ganha status econômicos. O inescrupuloso pai que vive de maracutaias na sociedade brasileira, não mede esforços para conseguir a prova e o gabarito para o seu “fiolo”, como forma de garantir uma vaga em uma universidade pública, que além de gratuita tem a vantagem de oferecer um padrão de ensino mais elevado.
É por isso, que todo salafrário de plantão está disposto – a qualquer custo – a meter a mão grande em um exemplar de prova do Enem. Ela tem uma boa cotação no mercado. Vale ouro.
Ao tirar das universidades públicas e privadas o direito de selecionarem, sem interferências, seus alunos, o Estado stalinizado sai atropelando o processo educacional. A recente lambança é apenas consequência deste ato pouco educacional.
Agora o MEC remarca as provas do Enem para 5 e 6 de dezembro, afetando até mesmo o calendário de concursos públicos como o da Receita Federal e do IBGE.
Os pobres jovens são obrigados a uma maratona de provas de vestibulares, a qual se soma o ENEM, praticamente, obrigatório.
Eis aí o efeito nefasto de uma ação do Estado.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Direito à Educação

Carta Comemorativa Dez anos da Campanha Nacional pelo Direito à Educação Brasil, 5 de outubro de 2009.

Há exatos dez anos, na manhã de 5 de outubro de 1999, foi lançada na Estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Era um momento em que sociedades civis de muitos países se preparavam para participar da II Conferência Mundial da Educação de Dakar (Senegal), realizada em 2000 e que culminou com o firmamento do Tratado Educação para Todos.

Também em 1999 e no mesmo contexto, surgia a Campanha Global pela Educação, da qual a Campanha brasileira foi fundadora e até hoje é membro de sua direção. Dedicada às demandas e necessidades educacionais do Brasil e conectada a uma articulação internacional, a Campanha surge impulsionada pelo sonho de um pequeno conjunto de entidades e ativistas. Hoje, tecida diariamente por milhares de educadoras e educadores, estudantes, profissionais, técnicos, gestores, mães, pais, familiares, pesquisadoras e pesquisadores e outros ativistas espalhados por esse grande e diverso país, nas escolas públicas, nas universidades, nos movimentos sociais, em ONGs, sindicatos, conselhos, grupos juvenis e comunitários, na cidade e no campo, a Campanha é a maior e mais ampla rede em defesa do direito à educação pública gratuita, inclusiva e não-discriminatória e de qualidade no Brasil.

Como rede, no engendrar de sua trama e trajetória, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação acumulou inúmeras conquistas. Entre elas, merecem especial destaque a elaboração e disseminação do estudo do CAQi (Custo Aluno-Qualidade Inicial), as jornadas para a criação e regulamentação do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação) e sua intensa participação junto ao movimento educacional para estabelecer uma agenda oficial de Conferências de Educação.

Por suas decisivas ações de incidência na tramitação do Fundeb, em outubro de 2007 a Campanha foi agraciada pela Câmara dos Deputados, em nome do Congresso Nacional, com o prêmio Darcy Ribeiro. Hoje, mesmo sob impacto da crise econômica mundial, este fundo garante mais de R$ 70 bilhões à educação básica pública.

Já no caso do CAQi, após tê-lo aprovado amplamente na Coneb (Conferência Nacional de Educação Básica, abril 2008), em novembro de 2008 a Campanha firmou um inédito termo de cooperação com o Conselho Nacional de Educação (CNE) para torná-lo uma referência oficial do financiamento da área. E ainda, no âmbito da Conae (Conferência Nacional de Educação), que será concluída no início do ano que vem, o CAQi é um dos temas mais debatidos, devendo se concretizar como uma das principais referências da nova edição do Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020).

Em seus dez anos de trajetória, a Campanha celebra e agradece a todos e todas que a tornaram a maior, a mais plural, a mais aguerrida, a mais crítica, criativa e propositiva articulação em defesa do direito à educação pública de qualidade. Saúda os homens e as mulheres que participaram e participam de sua enorme roda, dedicando seus dias úteis e fins-de-semana movidos pelo desejo de tornar a sociedade brasileira mais justa pelo percurso da educação.

Congratula todas as entidades que apostaram e apostam nesse coletivo e, assim, o tornam a cada momento mais forte e denso. Reconhece a centralidade do apoio de todas as instituições parceiras, que permitem que o trabalho seja viabilizado e realizado. E enaltece todos os outros movimentos de educação do campo dos direitos educacionais que antecederam e inspiraram a criação dessa rede pulsante.

Enfim, nós temos certeza de que todos aqueles e aquelas que acreditam na urgência e na importância da consagração do direito humano à educação fazem no Brasil parte de nossa história. Hoje a Campanha Nacional pelo Direito à Educação conta com 19 comitês regionais e está presente em 21 estados brasileiros e no Distrito Federal. Congrega mais de 200 grupos e organizações em todo o país. Mobilizou mais de 100 mil pessoas na Semana de Ação Mundial 2009. Nosso desejo e nosso empenho são para que nos próximos dez anos, com a nova edição do Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020), ancorada pela incorporação do CAQi como principal referência do financiamento da educação, e com o Fundeb, o direito à educação pública de qualidade no Brasil alcance a mesma amplitude da riqueza da economia brasileira. Seguimos na luta!

Equipe de Coordenação Nacional - Daniel Cara, Iracema Nascimento, Cíntia Santos, Diones Soares e Maitê Gauto. Comitê DiretivoAção Educativa, Actionaid Brasil, Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca/CE), Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF/PE), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente, Movimento Interfóruns de Educação Infantil (MIEIB), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme).

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Na vitrola

Na vitrola nossa homenagem a Mercede Sosa:

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Graças à vida que me deu tanto
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto
Me deu o risoe me deu o pranto
Así yo distingo dicha de quebranto
Assim eu distinguo fortuna de quebranto
Los dos materiales que forman mi canto
Os dois materiais que formam meu canto
Y el canto de ustedes que es el mismo canto
E o canto de vocês que é o mesmo canto
Y el canto de todos que es mi propio canto
E o canto de todos que é meu próprio canto

sábado, 3 de outubro de 2009

Dom Orani visita Irsaned


Arcebispo do Rio visita Irsaned

e abre expectativas para novos avanços sociais

A visita do Arcebispo do Rio, Dom Orani, Dom Orani João Tempesta, a convite do Padre José Sans Artola, à comunidade de Brás de Pina, primeira favela urbanizada da America Latina, no domingo, 27 de setembro, foi apontada pelas lideranças comunitárias como “uma enorme expectativa de que novos avanços sociais sejam obtidas na área, tendo em vista a alta relevância social e política do Arcebispo do Rio.”

Na sede da Irsaned (Irmandade Santa Edviges de Brás de Pina), Dom Orani foi recepcionado pelo Embaixador Marcilio Marques Moreira, Grão-Chanceler da Informália e presidente do Fórum Mundial da Informalidade, que apresentou um breve histórico da urbarnização nas áreas das favelas, sendo Brás de Pina a pioneira, além de explicar a relevância do estudo do fenômeno “Informalidade” e duas questões transversas. Vários religiosos se fizeram presentes, dando o apoio de outras comunidades à iniciativa do Padre Artola.

Líderes comunitários, empresários formais e informais da comunidade presentes ao evento destacaram o fato de que a presença da Igreja, representada pelo Arcebispo do Rio, torna mais viável o encaminhamento de questões como a do entendimento da Informalidade como uma opção válida para o combate ao desemprego. O ex-ministro Marcílio Marques Moreira disse que com a realização do Fórum Mundial da Informalidade, a Irsaned procura trazer subsídios importantes ao estudo do tema e formulação de propostas concretas para os governos.

Uma caminhada de Dom Orani pelas ruas da favela despertou alegria e a curiosidade de vários moradores. O Padre Artola frisou que a visita do Arcebispo do Rio era “uma honra para todos, pois mostrava de maneira clara a proximidade da Igreja da população pobre da cidade”.

Dom Orani frisou que tem visitado diversas comunidades, sendo algumas até de surpresa, com o objetivo de mostrar que a Igreja está cada vez mais próxima do povo. Ele disse que a questão da informalidade precisa ser analisada de maneira a não tolher as iniciativas legítimas, mas levando em conta também as questões trabalhistas, de forma a que não haja uma utilização do processo de forma equivocada, em prejuízo dos trabalhadores.

DOM ORANI –O novo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, tomou posse dia 19 de abril deste ano, durante cerimônia realizada na Catedral de São Sebastião. Ele sucede no cargo o cardeal Eusébio Scheid, que havia apresentado sua renúncia ao completar 75 anos, em dezembro de 2007, em conformidade com o Código de Direito Canônico.

Dom Orani nasceu no dia 23 de junho de 1950, em São José do Rio Pardo (São Paulo). É religioso da Ordem Cisterciense, no seio da qual foi ordenado sacerdote em 1974. Foi bispo de São José do Rio Preto (São Paulo) e arcebispo de Belém (Pará).

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Um sonho olímpico

A vitória do Brasil, com a escolha do Rio como sede das Olimpíadas de 2016 abre uma série de perspectiva não só para a cidade como para o próprio país, em diversas áreas. Se fizermos o dever de casa com perfeição poderemos aumentar grandemente nosso potencial turístico. A construção de novos hotéis, equipamentos esportivos e melhorias estruturais, em termos de transportes e, principalmente, segurança, podem servir de alavanca na geração de empregos, muitos deles de forma permanente, se o sucesso das Olimpíadas servirem de atrativo para a manutenção e crescimento do fluxo turístico.

Mas, não é só em infraestrutura que deveremos concentrar nossos esforços. Precisamos de um salto qualitativo em termos educacionais. É preciso criar maiores perspectivas para as crianças e jovens, principalmente em termos de futuro profissional.

As escolas e universidades podem servir de base para o crescimento desse novo Brasil, que desponta com a possibilidade de se tornar, em breve, a quinta economia mundial. A Educação continua sendo o instrumento básico para esse salto qualitativo, mas sozinha não faz milagre. A geração de empregos e melhoria das condições de vida do brasileiro (saúde, habitação, lazer e esperança em torno da vida) são fundamentais.

Uma criança que nascer no Brasil de 2009 terá 7 anos em 2016. O Brasil não pode falhar em relação a ela. Da mesma forma, a criança que hoje tem 6 anos terá 13 em 2016 e o jovem que hoje tem 16 contará com 23 anos, podendo ser um potencial competidor olímpico. É preciso preparar o país para a competição, não apenas para ganhar medalhas (elas são apenas resultado de um trabalho), mas, principalmente, para que sejamos de fato um país democrático em que prevaleça a justiça social. Por enquanto, isso tem sido apenas um sonho olímpico.


Mahatma Gandhi

2 de outubro - 140 anos do nascimento do Mahatma Gandhi, líder pacifista indiano, que entre outras coisas disse:

"Tenha sempre bons pensamentos,
porque os seus pensamentos
se transformam em suas palavras.

Tenha boas palavras,
porque as suas palavras
se transformam em suas ações.

Tenha boas ações
porque as suas ações
se transformam em seus hábitos.

Tenha bons hábitos
porque os seus hábitos
se transformam em seus valores.

Tenha bons valores porque os seus valores
se transformam no seu próprio destino."

Rio e também posso chorar



Que o Rio e o Brasil tenha o melhor resultado. Qualquer que seja ele, o
importante é que os governantes também passem a priorizar o povo brasileiro. Como diz a piada: "Rio de Janeiro, que lugar maravilhoso, que povo hospitaleiro. Por que Deus privilegiou esse lugar? - Em compensação, olha só os governantes que são colocados lá..."




"Dessa Janela Sozinha


Olhar A Cidade Me Acalma


Estrela Vulgar A Vagar


Rio E Também Posso Chorar."





Hotel Das Estrelas


Jards Macalé


Composição: Jards Macalé / Duda

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

"Elementar, meu caro Haddad"

A fraude ocorrida no provão com o gigantismo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está entre as coisas cuja possibilidade de ocorrência é mais do que previsível. Também em Educação, temos a mania de optarmos pelo gigantismo. O maior estádio do mundo, a maior estrada do mundo e na lista, o maior exame nacional do mundo.



É por isso, que já houve até quem questionasse a importância da existência do próprio Ministério da Educação ou do Conselho Nacional de Educação, tendo em vista os primeiros níveis de ensino estarem a cargo dos municípios e dos estados e a universidade, lutando por maior autonomia, vive a tentativa de ganhar maior independência em relação ao ministério.



Na falta do que fazer, o MEC pois em campo o Enem, procurando dar cabo do antigo vestibular (que no fundo acaba apenas mudando de nome). Quando praticamente não valia nada, nenhum cachorro morto se interessava pelas provas e questões do Enem. Agora é diferente, ele pode garantir o acesso a uma universidade pública. A ação do Enem ganhou status na bolsa educacional.



Por isso, no maior exame de avaliação do mundo cresce o interesse dos fraudadores e em um mecanismo gigantesco, envolvendo um esquema operacional com milhares de pessoas (gráfica, motoristas, digitadores, banca examinadora, fiscais, etc), nada mais previsível de que uma mão boba apareça para surrupiar um dos milhares de exemplares da prova.



O ministro da Educação, Fernando Haddad, vai a televisão e anuncia que o MEC vai apurar como ocorreu o vazamento das questões. Ele diz que há fortes indícios de que "houve a subtração de um exemplar" da prova. O teste, que ocorreria no próximo fim de semana, foi cancelado na madrugada desta quinta-feira, assinalam os noticiários.

“Este exemplar da prova está comprometido. A equipe técnica constatou que o material correspondia a alguns itens da prova. Será feita uma investigação para identificar em que momento da impressão da prova um exemplar foi furtado. É a primeira vez que [isso] aconteceu em uma prova do Enem”, afirmou. “Nós vamos ter que fazer junto ao consórcio [que aplica o exame] uma investigação para chegar aos responsáveis e prendê-los. Isso não pode acontecer, em virtude da vigilância severa", registra o G1 do O Globo.



Esse exame gigantesco estará sempre sujeito as tentativas de fraudes. Para quem estuda sério, é bom que elas sejam descobertas. A adoção de exames regionais ou estaduais seria o melhor caminho. Ou seja, o velho e tradicional vestibular.



Como diria aquele famoso detetive inglês: "elementar, meu caro Haddad"